sexta-feira, 28 de junho de 2024

PortosRS debate com o DNIT a dragagem das hidrovias e canais de acesso ao Porto de Rio Grande

O presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, coordenou uma reunião nesta semana debateu a dragagem das hidrovias e dos canais de acesso com o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fabrício de Oliveira Galvão. O encontro híbrido foi promovido pelo deputado federal Márcio Biolchi, em razão dos recentes eventos climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul.

A hidrovia e o canal de acesso ao Porto do Rio Grande se constituem como o caminho natural para o encontro das águas provenientes das enchentes com o Oceano Atlântico e durante o escoamento muitos materiais foram trazidos pela correnteza e assoreados no fundo, causando diminuição das profundidades e obrigando a redução do calado para a segurança da navegação.

A Portos RS é responsável pela manutenção do sistema hidroviário e a situação de assoreamento causada pelo pós-enchente compromete as atividades, pois limita o acesso das embarcações no complexo portuário. Nos últimos dias foi iniciada uma batimetria para promover a dragagem e recuperar as profundidades existentes no cenário anterior às inundações.

A partir de agora, com a apresentação dos resultados da batimetria, do volume a ser dragado e dos valores para a execução da obra, o DNIT se compromete em realizar o desenvolvimento do projeto, no prazo máximo de 15 dias, para que seja encaminhado ao Ministério de Portos para o processo de contratação e definição da data de início da dragagem.

Participaram da reunião pela Portos RS os diretores de Gestão, Administrativa e Financeira, João Alberto Gonçalves, de Meio Ambiente, Henrique Ilha, de Operações, Romildo Bondan, de Infraestrutura, Lucas Meurer, e de Relações Institucionais, Sandro Oliveira, além do chefe de gabinete da presidência, Flávio Ferreira, do superintendente regional do DNIT no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro da Silva, e do diretor de infraestrutura aquaviária do DNIT, Erick Moura.

 

 

Exportações de cachaça ganham mais espaço nos mercados internacionais


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ANPAQ e GS1 Brasil, divulgou o Anuário da Cachaça 2024. A publicação é o principal levantamento de dados oficiais do setor, para a difusão de dados, referentes ao ano anterior, e para o fomento de discussões relevantes.

“O anuário comprova que o Brasil está se consolidando como um dos grandes produtores de alimentos e bebidas do mundo, graças a sua vocação. Produzimos com qualidade e o Ministério da Agricultura tem a régua muito elevada para garantir a segurança dos nossos produtos. Isso nos garante oportunidades”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. “O Brasil é a bola da vez para produtos de qualidade. Vamos trabalhar para fazer da cachaça, cada vez mais, um orgulho brasileiro”, completou.

Segundo os dados, em 2023 o número de cachaçarias registradas foi de 1.217, sendo um crescimento de 7,8% com base no ano anterior. Minas Gerais é o estado com maior número de estabelecimentos registrados, com a marca de 504 estabelecimentos, o que corresponde a 41,4% das cachaçarias do país. Para alcançar tal marca o estado apresentou um crescimento de 7,7%, com 36 estabelecimentos a mais em relação a 2022. Esta é a primeira vez que uma unidade da federação supera a marca de 500 cachaçarias registradas.

Destacam-se também os estados de São Paulo, com 11 cachaçarias a mais em relação a 2022, e Paraná, com aumento de 10 cachaçarias em relação ao ano anterior. Estes números representaram um crescimento de 7,0% e 37,0%, respectivamente. Por região, o Sudeste, com 819 cachaçarias, possui o maior número de estabelecimentos registradas, concentrando 67,3% do total de cachaçarias do Brasil.

O registro de estabelecimentos é a formalidade administrativa que autoriza as cachaçarias a funcionarem, considerando a atividade e linha de produção, bem como a sua capacidade técnica e condições higiênico-sanitárias. O registro é coordenado pelo Mapa e a solicitação é gratuita e deve ser realizada por meio do Portal Único gov.br, utilizando-se o Sipeagro.

“Os dados são animadores. Apesar do cenário desafiador que o setor da Cachaça tem enfrentado nos últimos anos, demonstram uma certa resiliência para o enfrentamento dessas dificuldades e, sobretudo, a relevância dos micro e pequenos produtores”, destaca Carlos Lima, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça.

>> Confira a integra do Anuário da Cachaça 2024 – Ano referência 2023

PRODUTOS

Após a concessão do registro de estabelecimento é preciso que a cachaçaria registre os produtos com que pretende trabalhar. Em 2023, houve um crescimento de 18,5% em relação ao total de produtos registrados que havia em 2022, alcançando o número de 5.998.

O estado mineiro também possui o maior número de cachaças registradas, com 2.144 produtos, o que corresponde a 35,7% das cachaças do país. Já Sergipe detém a média mais elevada, com 16 produtos registrados por estabelecimento. A média brasileira é de 4,9 cachaças registradas por cachaçaria.

EXPORTAÇÕES

Em 2023 houve um aumento de 0,7% no valor total das exportações, alcançando a marca de US$ 20.242.453, o maior montante da série. O resultado demonstra uma valorização de 9,3% do produto exportado, que em 2022 teve o preço médio de 2,15 US$/L e no ano passado chegou a 2,35 US$/L.

O Estados Unidos mantém-se como o maior mercado de exportação para a cachaça, avaliado em US$ 4.653.002, o que representa quase 23% do mercado de exportação de cachaça. Destaca-se também a Europa, com sete países entre os 10 principais parceiros econômicos na compra de cachaça. O continente foi responsável por um mercado de US$ 10.142.990, o que representa 50,1%. Atualmente, há países compradores de cachaça em todos os continentes do planeta.

EMPREGOS

O setor de cachaça no Brasil apresenta um histórico de fomento da economia brasileira. Entre os resultados, está a geração de empregos diretos e indiretos em toda cadeia.

Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a atividade de fabricação de bebidas gerou um estoque de 134.678 empregos diretos em 2023, com variação positiva de 3,35% em relação a 2022. Neste cenário, 4,7% do estoque de empregos da atividade de fabricação de bebidas deve-se à fabricação de aguardente de cana-de-açúcar, o que corresponde a 6.371 empregos.

O Sudeste é a região com maior estoque de empregos em 2023, com a marca de 3.062 posições, o que corresponde a 48% de todos os empregos da fabricação de aguardente de cana-de-açúcar. Já o Nordeste é segunda região em estoque de empregos, com 2.444 posições, apresentou o maior aumento absoluto em números de empregos gerados, com 87 novas posições criadas em 2023, o que corresponde a uma variação de 3,69%.

 

Assinado o protocolo para a obra de alargamento e aprofundamenteo do canal de acesso à Baía da Babitonga

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, assinou em junho um protocolo de intenções que tem o objetivo de buscar alternativas para viabilizar a obra de alargamento e aprofundamento do canal de acesso à Baía da Babitonga. O Porto de São Francisco do Sul e o Porto Itapoá integram o acordo, que envolve definir o modelo de financiamento, licenças ambientais, contratação, execução e acompanhamento dos trabalhos. O protocolo de intenções é a primeira etapa para viabilizar o custeio da obra, orçada em aproximadamente R$ 300 milhões. O modelo é inédito no Brasil.

O governador disse que esse passo será fundamental para aumentar ainda mais o potencial dos portos da região Norte. “Estamos dando todo nosso apoio e esforço pra gente avançar com as licenças e demais processos para que possamos executar esse projeto. Estamos falando em entregar duas grandes obras: o alargamento da Baía da Babitonga e também o alargamento da praia de Itapoá”, destacou Jorginho Mello.

Com a obra de dragagem de aprofundamento e alargamento do canal externo que dá acesso aos Portos de São Francisco do Sul e de Itapoá a profundidade passará dos atuais 14 metros para 16 metros e permitirá a navegação de embarcações de até 366 metros de comprimento. Hoje o complexo portuário recebe navios com até 310 metros de comprimento.

Parte da areia dragada será utilizada para o engordamento da faixa de areia da orla do município de Itapoá que, nos últimos anos, tem sofrido com erosão costeira. Será a primeira vez no Brasil que os sedimentos de uma dragagem portuária terão como destino o alargamento de uma praia.

O presidente do Porto de São Francisco do Sul, Cleverton Vieira, reforça que a obra é extremamente importante para Santa Catarina porque permite que o Estado preserve a sua condição logística diferenciada, mantendo as cargas que movimenta hoje e possibilitando a atração de novos negócios. ‘’Isso gera receita, renda e desenvolvimento para o Estado, uma vez que vai permitir que o Porto Itapoá receba os maiores conteineiros que navegam na costa brasileira. E para o Porto de São Francisco é uma obra extremamente relevante já que vai assegurar uma maior segurança à navegação, assim como a possibilidade de ganhos de eficiência na movimentação de navios de grande calado, tanto graneleiros, quanto de carga geral’’.

Para o presidente do Porto de Itapoá, Cássio José Schreiner, esse projeto vai se refletir em mais renda, geração de empregos e o desenvolvimento ainda maior de toda a região. “Essa obra vai trazer um grande avanço para os próximos anos nas operações portuárias. A indústria que é muito forte em Santa Catarina precisa dessa estrutura para escoar a produção”, destacou Schreiner.

 

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Preços de navios capesize usados estão 23% mais caros em maio, desestimulando o investimento neles


É pouco provável que investir em navios Capesize usados ​​a valores atuais gere retornos suficientes para justificar os riscos associados e o custo de capital, com base nas projeções de taxas de fretamento de longo prazo para este tamanho, indica uma análise da Drewry. A consultora acrescenta que as compras de segunda mão no mercado Capesize aumentaram desde o final de 2023, e as transações de janeiro a maio de 2024 duplicaram em termos homólogos e superaram as transações anuais no período 2020-22.

Além disso, os valores dos navios com cinco anos têm apresentado uma tendência ascendente desde agosto de 2023 e dispararam 23% em termos anuais em maio de 2024, atingindo um nível historicamente elevado de 62 milhões de dólares. De acordo com Drewry, a agitação do mercado é atribuída a uma perspectiva positiva a longo prazo baseada em fortes fundamentos do lado da oferta, justapostos a tendências promissoras da procura.

A relação carteira de encomendas/frota era de apenas 6,1% (em termos de dwt) no final de maio de 2024, enquanto a procura por navios Capesize deverá crescer a uma CAGR de 3,1% nos próximos cinco anos, a mais elevada entre todos os tamanhos de navios. Além disso, a demanda sustentada por minério de ferro e a crescente demanda por bauxita sustentaram a alta demanda por navios Capesize.

Como o mercado charter desafiou a fraqueza sazonal no primeiro trimestre de 2024, as taxas permaneceram historicamente altas. As taxas de fretamento dinâmicas, juntamente com o aumento dos preços dos navios usados, resultaram num rácio preço/EBITDA modesto, levando os compradores a comprar mais navios durante este período.

No entanto, apesar das perspectivas positivas para a procura e dos lentos acréscimos de capacidade esperados no mercado nos próximos três anos, devido às entregas programadas limitadas de novos navios, os preços atuais dos navios em segunda mão, segundo Drewry, estão “sobreaquecidos, ”sugerindo que o investimento a preços correntes pode não proporcionar os retornos esperados pelos compradores.

Para a consultoria, um investimento de US$ 62 milhões em um navio Capesize com prazo de 5 anos deverá oferecer uma taxa interna de retorno (TIR) ​​de 4,5%, significativamente inferior ao Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) de 7,9. %. Da mesma forma, a TIR sobre o capital para este investimento é de 3,2%, o que compara com o custo de capital de 9,1%. Drewry explica que eles chegaram a resultados semelhantes nos outros dois cenários, onde usaram previsões de taxas de afretamento de 1 ano e projeções de contratos de frete a termo em seu modelo de TIR, resultando em uma TIR de projeto de 6,5% e 3,5%, respectivamente.

Entretanto, recorrendo à análise do VAL, chegaram a um Valor Presente Líquido (VPL) do capital de 13,2 milhões de dólares negativos e a um VAL do projecto de 14,4 milhões de dólares negativos, “o que sugere que o investimento num navio de cinco anos, o velho Capesize não-verde, a preços atuais não é lucrativo”, afirma Drewry.

A consultora destaca ainda que se um navio semelhante tivesse sido adquirido há seis meses por 48 milhões de dólares, a TIR do projeto teria sido de 7,5%, três pontos percentuais a mais que a TIR do projecto gerada pelo investimento a preços correntes. “A TIR das ações teria sido bem maior anteriormente, 8,2%, ante 3,2% no cenário atual, quando o mercado de segunda mão está superaquecido”, finaliza Drewry.

Reunião do Arranjo Global sobre Comércio e Gênero, no Rio de Janeiro, discute aumento da presença da mulher no setor

 

Foi realizada nesta semana, no Rio de Janeiro, a primeira reunião presencial do Arranjo Global sobre Comércio e Gênero (GTAGA, na sigla em inglês). A reunião ocorre às margens da 3ª reunião do Grupo de Trabalho de Comércio e Investimentos do G20.

O Arranjo é um acordo que foca na cooperação entre os países, e tem como objetivo principal promover políticas comerciais e de gênero que se apoiem mutuamente para melhorar a participação das mulheres no comércio. O Brasil aderiu ao acordo em fevereiro deste ano, e o grupo atualmente é composto Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Nova Zelândia e Peru.

Durante as discussões, os países compartilharam experiências sobre metodologias e estatísticas desenvolvidas para quantificar a participação feminina no comércio internacional, assim como maneiras para estimar o impacto de acordos comerciais com uma ótica de gênero. As discussões estão na fronteira do que é feito mundialmente em termos de métodos matemáticos e estatísticos para quantificar a participação feminina no comércio, e o impacto do comércio sobre as mulheres.

Estudo publicado pelo MDIC em 2023, “Mulheres no Comércio Exterior – uma análise para o Brasil”, aponta que, em 2019,  2,6 milhões dos empregos nas firmas que atuam no comércio exterior brasileiro foram ocupados por mulheres, representando 32,5% dos empregos totais dessas empresas; e que apenas 14% das empresas exportadoras pertencem em sua maior parte a mulheres, demonstrando o espaço atual para que as mulheres se beneficiem do comércio exterior, seja como trabalhadoras ou empreendedoras.

“O Brasil é um dos poucos países que têm um diagnóstico sobre a participação feminina no comércio internacional. Precisamos avançar na discussão, compartilhar e aprender com as experiências dos outros. É necessário um esforço global para que o comércio seja mais inclusivo”, afirma a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.

Além da sessão dedicada a estatísticas e estimativas, o grupo discutiu também os próximos passos e iniciativas do Acordo. A participação ativa do Brasil no Acordo vai ao encontro de outras iniciativas que abrem oportunidades de cooperação e de elaboração de políticas públicas que permitam que o comércio promova o empoderamento feminino e a equidade de gênero.

A participação feminina no comércio internacional é também uma prioridade da presidência brasileira no G20. Nas reuniões que ocorrem nos dias 27 e 28, do Grupo de Trabalho sobre Comércio e Investimentos, também no Rio, o Brasil pretende avançar com os membros do G20 na discussão a respeito das barreiras que as mulheres encontram para operar no comércio internacional.

 

Movimentação de cargas rodantes no Porto do Rio Grande ultrapassa 2.500 unidades entre janeiro e maio

A movimentação de cargas rodantes no Porto do Rio Grande alcançou um marco significativo, ultrapassando 2.500 unidades entre janeiro e maio de 2024. Durante esse período, o Porto movimentou automóveis, motocicletas, reboques, tratores, entre outros, consolidando-se como um hub logístico crucial para o Conesul.

Nesta semana, o navio Roll-on Roll-off (RoRo) Chesapeake Highway atracou, desembarcando 549 unidades da nova versão do Chevrolet Equinox, produzido no México. Os veículos foram nacionalizados "em água", permitindo um desembarque rápido e eficiente, contribuindo para a redução de custos e tempo de armazenamento.

A chegada desses automóveis marca o início das vendas do segundo semestre de 2024. O Rio Grande do Sul, com sua ampla rede de concessionárias e densa malha rodoviária, facilita a distribuição e venda de veículos, sustentando uma movimentação econômica significativa no setor automotivo.

"O complexo portuário do Rio Grande conta com a característica da multimodalidade a seu favor. Isso permite a realização de operações diversas, como o embarque e desembarque de cargas rodantes. Possuímos um pátio automotivo com capacidade para armazenamento de veículos que atende tanto as importações como as exportações. Sua proximidade com a área de cais permite que as operações ganhem em agilidade, o que se reflete em um menor tempo de permanência do navio no Porto", pontuou o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger.(Fonte: PortosRS)

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Regime de Origem do Mercosul terá mudanças significativas a partir do dia 18 de julho

O Regime de Origem do Mercosul (ROM), que define as regras para determinar se um produto pode ser considerado originário de um dos países membros do bloco, terá mudanças significativas a partir do próximo dia 18 de julho. As alterações, que haviam sido acordadas pela cúpula do bloco em julho do ano passado, têm como objetivo facilitar o comércio intrabloco e impactam diretamente empresas que exportam e importam produtos dentro do Mercosul.

Fim da obrigatoriedade do Certificado de Origem — Uma das principais mudanças é o fim da obrigatoriedade de emissão do Certificado de Origem para produtos exportados entre os países do Mercosul. Em vigor há décadas, o documento é exigido para comprovar a origem da mercadoria e garantir a aplicação das tarifas preferenciais do bloco. A partir de agora, o Brasil poderá solicitar que os sócios do Mercosul aceitem a "autodeclaração de origem", um procedimento mais ágil e menos burocrático. No entanto, cabe ressaltar que essa solicitação deve ocorrer seis meses antes da implementação da autocertificação.

O novo modelo proporciona facilidade e redução de custos ao permitir o uso de uma prova de origem de emissão mais rápida e menos onerosa. O fim da obrigatoriedade do documento implicará em uma economia estimada em R$ 10 milhões por ano aos exportadores. São emitidos anualmente cerca de 600 mil certificados, sendo que 35% do total é endereçado ao Mercosul.

A certificação de origem, no entanto, segue válida. O modelo híbrido atende à realidade de diferentes tipos de produtores e exportadores brasileiros, sobretudo as pequenas e médias empresas que precisam de auxílio para a comprovação de origem.

Menos burocracia e mais agilidade na liberação de mercadorias — As aduanas dos países importadores poderão fazer, quando se julgue necessário e suficiente, consultas simples diretamente aos produtores ou exportadores, sem a necessidade de abertura de um procedimento formal de investigação de origem. Desta forma, será possível, nesses casos, liberar as operações comerciais sob dúvida com maior agilidade, reduzindo o ônus para exportadores e importadores, atendendo-se, assim, outro importante pleito da indústria brasileira de celeridade nas eventuais investigações de origem.

Essa nova forma de investigação também reduz o custo administrativo para os governos. Ao mesmo tempo, esses procedimentos visam a dar mais condições de controle e fiscalização por parte da Receita Federal do Brasil, investindo mais tempo e recursos na aplicação da gestão de risco para combater fraudes.

Aumento do limite de componentes estrangeiros — O Regime de Origem também define um percentual máximo de componentes estrangeiros que um produto pode ter para ser considerado originário de um país do Mercosul. Esse limite, que era de 40%, passa para 45% a partir de 18 de julho. Com isso, para que possa ser considerada nacional, uma mercadoria pode ter no máximo 45% da matéria-prima comprada de países fora do Mercosul.  Essa flexibilização vale para 100% dos produtos industriais e 80,5% dos agrícolas – os outros 19,5% tiveram o percentual mantido em 40%.

Exportação a partir de outro país — Outra novidade trazida pelas novas regras é a possibilidade de exportar um produto brasileiro a partir de um recinto alfandegado em um terceiro país. Essa medida visa facilitar a logística e reduzir custos para as empresas exportadoras.

O novo ROM começou a ser negociado em 2019, com base em acordos comerciais mais modernos do mundo.

Para o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, as medidas vêm para simplificar processos e reduzir custos, melhorando o ambiente de negócios no país. “Esta é nossa obsessão. Desburocratizar e diminuir custos para o produtor e o exportador são essenciais para dinamizar a indústria e o comércio exterior”, afirma.  Ele lembra que, embora a economia seja globalizada, a força do comércio internacional é essencialmente intrarregional.

“As mudanças no Regime de Origem do Mercosul são um passo importante para facilitar o comércio intrabloco e fortalecer a integração econômica dos países membros. As novas regras favorecem o fluxo comercial entre os países, impulsionando a competitividade das empresas e gerando novas oportunidades de negócios”, afirma a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres.

É importante destacar que as novas regras do Regime de Origem do Mercosul são válidas apenas para o comércio entre os países membros do bloco. Ou seja, as exportações para países terceiros continuam a seguir as normas específicas de cada país.

A Secex recomenda que as empresas exportadoras e importadoras se familiarizem com as novas regras do Regime de Origem do Mercosul para se adequarem às mudanças e aproveitar ao máximo os benefícios das novas medidas. Para mais informações, as empresas podem consultar o Manual do Novo Regime de Origem do Mercosul.

 

ONE lança novo serviço nas América do Norte e Central com escalas em El Salvador e Honduras


A ONE anunciou o lançamento do seu novo serviço 'Marex 2', que foi concebido para oferecer uma escala dedicada ao porto de Acajutla, que cobrirá os mercados de El Salvador e Honduras. O novo serviço complementa o serviço líder de mercado 'Marex', que também fazia escala em Acajutla, e operará com itinerário atualizado para garantir sua confiabilidade.

A primeira saída do serviço ‘Marex 2’ será realizada pelo navio “Spirit of Dubai” no dia 9 de julho. O serviço terá frequência de 10,5 dias. O tempo de trânsito do porto de Lázaro Cárdenas ao de Acajutla será de três dias, enquanto, vice-versa, será de cinco dias.

Enquanto isso, o serviço atualizado 'Marex' está programado para zarpar no dia 2 de julho no porto de Los Angeles; Terá uma frequência semanal coberta por quatro navios que completarão o itinerário em 28 dias. Os portos de escala do 'Marex' atualizado serão: Los Ángeles, Manzanillo Mex), Lázaro Cárdenas, Puerto Quetzal, Corinto, Puerto Caldera, Puerto Quetzal, Manzanillo (Mex), Los Ángeles.

terça-feira, 25 de junho de 2024

Maersk entende que agilidade na cadeia de abastecimento é vantagem significativa na América Latina


A agilidade na cadeia de abastecimento é uma vantagem significativa para as empresas latino-americanas, pois os usuários de cargas refrigeradas podem garantir o frescor e a qualidade de seus produtos por meio de tempos de resposta rápidos e gerenciamento proativo de temperatura. Os estudos “Compete Caribbean” mostram que as taxas de deterioração na América Latina podem chegar a 50% para produtos perecíveis, o que destaca a importância de uma solução logística ágil, indica um relatório da Maersk.

Da mesma forma, as empresas de retalho e de bens de consumo podem se beneficiar de soluções ágeis que permitem a previsão e o cumprimento flexível, minimizando as rupturas de stock, permitindo-lhes acompanhar as tendências de consumo em constante evolução. Para o integrador logístico Maersk, compreender esta dinâmica única estabelece as bases para passar da fragilidade à agilidade, onde a adaptabilidade e a racionalização das operações se tornam elementos essenciais para o sucesso sustentado.

Após diversas perturbações devido a situações geopolíticas e condições meteorológicas, o mundo da logística teve que se adaptar com agilidade para poder fazer alterações de última hora e conseguir levar os produtos ao destino no momento em que os consumidores precisam deles. Tecnologia para uma logística eficiente A eficiência em logística refere-se à capacidade de maximizar a produção, por exemplo, o número de bens entregues ou serviços prestados, ao mesmo tempo que minimiza os insumos, como tempo, recursos ou custos.

Isto envolve a otimização de processos, fluxos de trabalho e recursos para alcançar operações tranquilas e simplificadas em toda a cadeia de abastecimento. Em suma, a eficiência centra-se na simplificação de processos e na maximização da poupança. A tecnologia é a parceira perfeita para uma logística eficiente. Assim, por exemplo, o software de otimização de rotas pode reduzir significativamente os custos de transporte, que a UNCTAD estima serem 15% mais elevados na América do Sul em comparação com a UE, um fator crucial tendo em conta as grandes distâncias que os veículos devem percorrer.

Além disso, os sistemas de armazém automatizado podem acelerar o atendimento de pedidos, resultando em prazos de entrega mais rápidos. Sem dúvida, e mais importante ainda, os insights derivados dos dados obtidos das operações logísticas podem permitir que as empresas tomem decisões informadas sobre a gestão de inventários, a alocação de recursos e a otimização geral da cadeia de abastecimento, observa o relatório. Concluindo, para a Maersk, a ênfase estratégica na agilidade e eficiência marca uma era transformadora para a logística na América Latina. Ao priorizar a adaptabilidade e a rentabilidade, os fornecedores de logística estão preparados para abrir novos caminhos de crescimento para empresas de todos os setores.

APS recebe propostas para o projeto para as obras da segunda fase da Avenida Perimetral da Margem Esquerda

A Autoridade Portuária de Santos (APS) recebeu nessa semana 15 propostas para elaboração do projeto básico para as obras de implantação da segunda fase da Avenida Perimetral da Margem Esquerda do Porto de Santos (em Guarujá). A contratação se dará por um prazo de 21 meses, nos termos e condições estabelecidas no Edital da Licitação n° 27/2024.

A primeira colocada no certame será convocada para apresentar proposta comercial atualizada e documentos de habilitação, em fases distintas e sucessivas, os quais serão analisados quanto ao atendimento dos requisitos solicitados no Termo de Referência e Edital. No caso de desclassificação, os mesmos procedimentos serão adotados com as próximas colocadas, seguindo a ordem de classificação, até que seja declarado um vencedor.

O presidente da APS, Anderson Pomini, explica que “em 2023 foi aprovada pela Diretoria da Companhia a revisão do traçado conceitual para redução de desapropriações e atualização do projeto, considerando mudanças de cenário na região, desde a concepção do projeto, assim como o atendimento a solicitações da Prefeitura de Guarujá, em função da atualização do Plano Diretor do Município”.

O projeto consiste na complementação do Sistema Viário Perimetral da Margem Esquerda do Porto de Santos, promovendo a segregação e a racionalização do tráfego de veículos pesados, provenientes, principalmente, das atividades portuárias. Além da adequação do traçado das Avenidas Santos Dumont e Perimetral, prevê adequação de de passeios e ciclovias, implantação de dispositivos de conexão viária e adequações hidráulicas, elétricas, bem como sinalização rodoviária. O projeto conceitual prevê, aproximadamente, 7.000 m de extensão entre novas vias e renovação de vias existentes e 2.000 m de novos viadutos.

Está prevista a construção de viaduto de transposição à Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP 55) que interligará os terminais portuários à SP 55 (sentido São Paulo), eliminando o tráfego pesado das vias urbanas de Vicente de Carvalho. Também contempla a execução de um viaduto na Avenida Santos Dumont, sobrepondo-se à Avenida Perimetral e outro para acesso ao Sítio Conceiçãozinha.

 

Prefeitura de Estrela passa a administrar o porto fluvial da cidade no Vale do Rio Taquari

O secretário estadual de logística e transportes do Rio Grande do Sul, Juvir Costella,  participou, nessa semana, em Porto Alegre, da reunião que formalizou a cedência da área do Porto de Estrela pelo governo do estado à Prefeitura do município localizado no Vale do Taquari. A assinatura contou com a presença do prefeito de Estrela, Elmar Schneider.

A unidade estava inoperante desde o ano de 2014 e em 2020 um contrato de cessão de uso foi firmado entre a antiga Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul e a Prefeitura de Estrela para melhor utilização da área. No ano seguinte, houve a criação da Empresa Pública de Logística Estrela (ELOG) para a administração do Porto.

Esse avanço permitiu a atração de investimentos, inclusive para a utilização dos silos que pertenceram a extinta Companhia Estadual de Silos e Armazéns (CESA). Em razão disso surgiu a necessidade da retomada da área por parte do município, setor que é considerado extremamente representativo para a administração municipal.

De acordo com a secretária de desenvolvimento econômico de Estrela, Andressa Traesel, “o Porto está localizado em uma área de entroncamento hidro, rodo, aero e ferroviário, com logística adequada para o desenvolvimento de empresas”. Mesmo que tenha sido afetada pela enchente de maio, ela acredita que a área merece continuar sendo vista com olhar diferenciado.

“Em razão de sua proximidade com a BR 386 e a ERS 453, que faz a ligação com a Serra, estamos em um local estratégico e privilegiado. Precisamos reconstruir a região dos vales e acreditamos fortemente nessa área”, completou Andressa. Ela também fez um agradecimento à Portos RS e ao governo do estado para que o momento fosse concretizado com a assinatura.

Segundo o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, a cedência significa a efetivação da proposta de desenvolvimento de todo o sistema hidroportuário. "Com o repasse dessa área, o município poderá atuar mais fortemente na busca por novos investimentos, fortalecendo e aprimorando a utilização do nosso complexo", avaliou.

Já para o diretor de relações institucionais da Portos RS, Sandro Oliveira, o ato desta segunda-feira foi revestido de um simbolismo muito grande, pois o Porto de Estrela é fundamental para o desenvolvimento da região dos vales. “Tenho certeza que hoje demos o primeiro passo para que o Porto de Estrela volte a ser uma grande opção de transporte para que os produtos gaúchos daquela região tenham mais competitividade”.

 

segunda-feira, 24 de junho de 2024

RG Logística recebe novo guindaste em operação de desembarque minuciosa no Porto de Rio Grande

Uma operação minuciosa marcou o desembarque de um guindaste móvel no Porto do Rio Grande. O equipamento é o segundo adquirido pela Rio Grande Logística Portuária (RGLP) e irá se somar ao que já é utilizado pela empresa desde janeiro de 2023 nas operações no cais público.

De fabricação alemã, o guindaste tem capacidade de movimentar aproximadamente dez mil toneladas por dia. Avaliado em cerca de R$ 30 milhões, ele funciona dentro dos mais rigorosos padrões de emissão de poluentes e a previsão é de que entre em operação já na próxima semana, depois de concluídos os procedimentos de nacionalização.

Presente durante o desembarque, o diretor-presidente da RGLP, Ivan Faria, afirmou que um equipamento deste porte permite operações mais rápidas, que se refletem em um menor tempo de permanência de um navio no Porto. Ele também destacou o benefício para o meio ambiente, frente ao baixíssimo índice de emissão de poluentes.

O diretor de operações da Portos RS, Romildo Bondan, também acompanhou a atividade e enalteceu o investimento da operadora frente a um dos momentos mais delicados vividos pelo Rio Grande do Sul. Segundo ele, a chegada deste equipamento materializa a confiança da comunidade portuária no trabalho desenvolvido pela Empresa Pública.

 

Estaleiro chinês entrega novo navio de 14 092 teus à Cosco Shipping Company


O estaleiro Cosco Shipping Heavy Industry (Yangzhou) entregou nessa semana o quarto de uma série de seis navios de 14.092 TEU com propulsão convencional e equipados com purificadores para sua empresa irmã Cosco Shipping. Com o nome “Cosco Shipping Mexico”, o novo navio segue seus três gêmeos denominados “Brasil”, “Argentina” e “Uruguai”.

O Grupo Cosco encomendou o sexteto de 14.092 TEU em julho de 2021 e concordou em pagar o equivalente a 146 milhões de dólares por cada uma das embarcações. O novo “Cosco Shipping Mexico” se juntará a dois dos seus gêmeos que o precedem no Extremo Oriente – serviço ECSA, ‘ESA2’, que utiliza uma frota de doze navios entre 8.000 e 14.000 TEUs. Este serviço é prestado com capacidade da Cosco, CMA CGM, PIL e Evergreen.

Em linha com a maioria dos novos navios de 14.000 TEU, os navios Neopanamax Compact têm 335,90 m de comprimento, 51,00 m (20 linhas) de largura, 145.000 dwt e calado de 15,50 m. Além disso, possuem motor principal WinGD 9X92B-LPSCR que entrega 58.000 kW e confere às embarcações uma velocidade de serviço de 22 nós, podendo fornecer energia elétrica para até 1.000 contêineres frigoríficos.

Presidente Lula assina termo de execução de projeto para alavancar atividade portuária no Piauí

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, assinaram o termo para execução de um projeto fundamental para alavancar o desenvolvimento social e econômico do estado: a disponibilização de terrenos e espaços físicos em águas públicas da União para a finalização do Complexo Portuário e Industrial do Piauí, que permitirá, ainda, a implementação da primeira hidrovia estadual do país. O ato ocorreu em Terezina (PI).

Demanda esperada pelo povo piauiense há quase 65 anos, o Complexo Portuário e Industrial do Piauí é o maior investimento do Governo Federal no estado quando se fala em obra de infraestrutura. O polo será implementado na cidade de Luís Correia. Conforme cronograma previsto, a sede administrativa do Porto Piauí, o pátio de mercadorias e duas etapas do Terminal Pesqueiro de Luís Correia (TPLC) serão entregues ainda este ano. Além da implementação de um novo modal logístico capaz de importar e exportar mercadorias para todo o mundo, gerando novos postos de trabalho e contribuindo para o aumento da renda dos moradores.

Durante seu discurso, o presidente Lula fez questão de destacar que o porto é uma obra prioritária para o desenvolvimento do país. Ele enfatizou que o governo continuará trabalhando para que bons projetos saiam do papel e se tornem realidade. “Quando se apresenta um projeto factível, com opções, não há como a gente não batalhar para encontrar recursos para que o projeto seja viabilizado. Iremos contribuir para que o Piauí tenha seu primeiro porto e faça com que o Rio Parnaíba seja navegável para transportar as riquezas deste estado”.

Silvio Costa Filho ressaltou que graças ao trabalho do governo o país passará a contar com complexo portuário em todas os estados litorâneos. Com a finalização do porto do Piauí, demanda histórica do estado, a população será a grande beneficiada deste empreendimento. "O presidente Lula nos determinou, que a gente pudesse, ao lado da ministra Esther e de toda equipe do governo, autorizar a área para o porto em Luiz Correia, para que a gente pudesse gerar desenvolvimento. Depois desse porto pronto, o estado vai crescer, em média, mais de 2% do Produto Interno Brasileiro", afirmou.

Investimento no Maranhão

No período da tarde, a comitiva presidencial pousou em solo maranhense. O segundo maior estado do Nordeste em extensão territorial também receberá investimentos na área portuária. Por lá, o Porto do Itaqui terá a expansão do Berço 98, uma das áreas especializadas em granéis sólidos vegetais. A ampliação da área vai representar um incremento de 8 milhões de toneladas/ano na capacidade do Porto, permitindo atender mais de 106 navios por ano. Atualmente, os berços 103 e 100 do Itaqui são considerados os mais produtivos do país.

Principal porto do Corredor Centro-Norte do país, o complexo portuário do Itaqui é o quarto maior porto público brasileiro. No ano passado, mais de 36 milhões de toneladas foram transportadas pelo complexo.

O empreendimento contará com investimento da ordem de R$ 300 milhões. Na opinião do ministro, além de aumentar as operações no local, a expansão do complexo vai gerar emprego ao moradores do estado. "Uma obra que vai fazer um novo berço no porto, criando mais empregos e movimentando a economia. Obras como essa vão ajudar o Brasil a crescer, melhorar a renda e a qualidade de vida dos brasileiros".

O evento foi realizado na Avenida Litorânea, em São Luís, e contou com a presença dos ministros Juscelino Filho (Comunicações); André Fufuca (Esporte); Alexandre Silveira (Minas e Energia); Jader Filho (Cidades); Laércio Portela (Secom). A solenidade contou também com as presenças do governador do Maranhão, Carlos Brandão; do vice-governador Felipe Camarão; e de parlamentares do estado.

 

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Congestionamentos de navios começam a diminuir em junho, depois de atingir o pico em maio


A disponibilidade de navios porta-contêineres permanece muito baixa em meados do ano e a frota global está quase totalmente implantada. Em muitos tamanhos, o número de barcos disponíveis para fretamentos spot é zero. Além disso, os poucos navios disponíveis para fretamento atingiram alturas astronômicas e uma grande companhia marítima pagou no início deste mês mais de 100.000 dólares por um contrato de curto prazo para um navio moderno de 7.000 TEU.

Antecipando a crescente pressão sobre as cadeias de abastecimento globais no final deste ano, alguns grandes proprietários de carga voltaram-se mais uma vez para os envios diretos, transportando bens de consumo para a Europa e a América mais cedo do que o inicialmente previsto para aumentar os seus stocks. A procura é, portanto, invulgarmente forte para a época do ano e para o clima econômico prevalecente.

A frota está esticada ao máximo Do lado da oferta, as ameaças à navegação comercial no Mar Vermelho e os resultantes desvios de navios ao redor do Cabo da Boa Esperança ainda exigem que a frota global realize milhões de TEU/milhas adicionais. Só esta procura “artificial” absorveu cerca de 5% a 6% da frota mundial em termos de capacidade de slots.

Mais recentemente, outro fator entrou em jogo: o congestionamento portuário reapareceu em vários centros e portos de entrada importantes, e parte da capacidade da frota global de navios porta-contentores está agora imobilizada à espera de atracar ou a desviar-se para evitar os navios mais congestionados. terminais.

No entanto, a monitorização do congestionamento portuário da Alphaliner mostra que, após aumentos notáveis ​​de Abril a Maio, os atrasos dos navios nos portos diminuíram novamente em Junho. Dado que a grande maioria dos serviços nas rotas do Extremo Oriente - Europa e outras rotas do Extremo Oriente - Costa Leste dos EUA são atualmente desviadas em torno do continente africano, os navios nelas utilizados já não conseguem satisfazer as necessidades do Médio Oriente que costumavam fazer no passado. Assim, portos como Jebel Ali, Salalah, Jeddah ou King Abdullah já não são cobertos por alguns serviços de alta capacidade, fazendo com que aumentem os volumes de transbordo nos centros do Estreito de Singapura, Tanjung Pelepas ou