O Ministério da
Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com o Instituto Brasileiro da
Cachaça (Ibrac), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ANPAQ
e GS1 Brasil, divulgou o Anuário da Cachaça 2024. A publicação é o principal
levantamento de dados oficiais do setor, para a difusão de dados, referentes ao
ano anterior, e para o fomento de discussões relevantes.
“O anuário comprova
que o Brasil está se consolidando como um dos grandes produtores de alimentos e
bebidas do mundo, graças a sua vocação. Produzimos com qualidade e o Ministério
da Agricultura tem a régua muito elevada para garantir a segurança dos nossos
produtos. Isso nos garante oportunidades”, destacou o ministro da Agricultura e
Pecuária, Carlos Fávaro. “O Brasil é a bola da vez para produtos de qualidade.
Vamos trabalhar para fazer da cachaça, cada vez mais, um orgulho brasileiro”,
completou.
Segundo os dados,
em 2023 o número de cachaçarias registradas foi de 1.217, sendo um crescimento
de 7,8% com base no ano anterior. Minas Gerais é o estado com maior número de
estabelecimentos registrados, com a marca de 504 estabelecimentos, o que
corresponde a 41,4% das cachaçarias do país. Para alcançar tal marca o estado
apresentou um crescimento de 7,7%, com 36 estabelecimentos a mais em relação a
2022. Esta é a primeira vez que uma unidade da federação supera a marca de 500
cachaçarias registradas.
Destacam-se também
os estados de São Paulo, com 11 cachaçarias a mais em relação a 2022, e Paraná,
com aumento de 10 cachaçarias em relação ao ano anterior. Estes números
representaram um crescimento de 7,0% e 37,0%, respectivamente. Por região, o
Sudeste, com 819 cachaçarias, possui o maior número de estabelecimentos
registradas, concentrando 67,3% do total de cachaçarias do Brasil.
O registro de
estabelecimentos é a formalidade administrativa que autoriza as cachaçarias a
funcionarem, considerando a atividade e linha de produção, bem como a sua
capacidade técnica e condições higiênico-sanitárias. O registro é coordenado
pelo Mapa e a solicitação é gratuita e deve ser realizada por meio do Portal
Único gov.br, utilizando-se o Sipeagro.
“Os dados são
animadores. Apesar do cenário desafiador que o setor da Cachaça tem enfrentado
nos últimos anos, demonstram uma certa resiliência para o enfrentamento dessas
dificuldades e, sobretudo, a relevância dos micro e pequenos produtores”,
destaca Carlos Lima, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça.
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Confira a integra do Anuário da Cachaça 2024 – Ano referência 2023
PRODUTOS
Após a concessão do
registro de estabelecimento é preciso que a cachaçaria registre os produtos com
que pretende trabalhar. Em 2023, houve um crescimento de 18,5% em relação ao
total de produtos registrados que havia em 2022, alcançando o número de 5.998.
O estado mineiro
também possui o maior número de cachaças registradas, com 2.144 produtos, o que
corresponde a 35,7% das cachaças do país. Já Sergipe detém a média mais
elevada, com 16 produtos registrados por estabelecimento. A média brasileira é
de 4,9 cachaças registradas por cachaçaria.
EXPORTAÇÕES
Em 2023 houve um
aumento de 0,7% no valor total das exportações, alcançando a marca de US$
20.242.453, o maior montante da série. O resultado demonstra uma valorização de
9,3% do produto exportado, que em 2022 teve o preço médio de 2,15 US$/L e no
ano passado chegou a 2,35 US$/L.
O Estados Unidos
mantém-se como o maior mercado de exportação para a cachaça, avaliado em US$
4.653.002, o que representa quase 23% do mercado de exportação de cachaça.
Destaca-se também a Europa, com sete países entre os 10 principais parceiros
econômicos na compra de cachaça. O continente foi responsável por um mercado de
US$ 10.142.990, o que representa 50,1%. Atualmente, há países compradores de
cachaça em todos os continentes do planeta.
EMPREGOS
O setor de cachaça
no Brasil apresenta um histórico de fomento da economia brasileira. Entre os
resultados, está a geração de empregos diretos e indiretos em toda cadeia.
Segundo os dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho
e Emprego, a atividade de fabricação de bebidas gerou um estoque de 134.678 empregos
diretos em 2023, com variação positiva de 3,35% em relação a 2022. Neste
cenário, 4,7% do estoque de empregos da atividade de fabricação de bebidas
deve-se à fabricação de aguardente de cana-de-açúcar, o que corresponde a 6.371
empregos.
O Sudeste é a
região com maior estoque de empregos em 2023, com a marca de 3.062 posições, o
que corresponde a 48% de todos os empregos da fabricação de aguardente de
cana-de-açúcar. Já o Nordeste é segunda região em estoque de empregos, com
2.444 posições, apresentou o maior aumento absoluto em números de empregos
gerados, com 87 novas posições criadas em 2023, o que corresponde a uma
variação de 3,69%.