A carteira de encomendas de construção de navios-tanque de Gás Natural Liquefeito (GNL) atingiu um recorde em 2024, com 78 encomendas nos primeiros cinco meses do ano. O número representou um aumento de 129% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram realizadas 34, relata Vesson. Os preços dos novos petroleiros, especialmente aqueles com capacidade de 174 mil metros cúbicos (CBM), também atingiram valores históricos, situando-se em 269 milhões de dólares por unidade.
Este valor representa um crescimento de 6,1% face ao ano passado. Globalmente, o valor dos navios-tanque de GNL aumentou em todas as categorias desde o início do ano. Por exemplo, aqueles com capacidade de 140 mil CBM e idade de 20 anos registraram um crescimento no seu valor de aproximadamente 10 milhões de dólares, passando de 62,85 milhões de dólares para 72,40 milhões de dólares, o que equivale a um aumento de 15% desde 1 de janeiro.
O setor conta atualmente com uma carteira de pedidos equivalente a 64% da frota ativa. A maioria destas encomendas, 74%, correspondem a grandes navios-tanque de GNL, seguidos de navios da classe QMAX com 23%. Este interesse nos QMAXs, que não recebiam novas encomendas desde a década de 2000, sugere um esforço significativo para a renovação da frota.
O Catar lidera a lista de encomendas de construção com 44% de participação, seguido pelos Emirados Árabes Unidos com 13% e pela China com 9%. Apesar desta evolução, os rendimentos do setor têm-se mantido estáveis mas em níveis baixos, uma situação típica desta altura do ano, segundo Vesson. Os preços spot do GNL aumentaram 12%, embora os lucros tenham diminuído 1% face ao ano anterior. A procura sustentada de novos navios de GNL deve-se, em parte, às incertezas geopolíticas e ao aumento do fornecimento de GNL aos portos da União Europeia para substituir o gás russo transportado por gasodutos, bem como ao impulso para navios mais modernos e ecológicos.
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