terça-feira, 26 de setembro de 2023

Setor marítimo da União Europeia enfrentará custos por emissões a partir de 2024


O setor marítimo da União Europeia (UE) estará imerso a partir de janeiro no Regime de Comércio de Emissões, constituindo um marco nos esforços da UE para combater os gases poluentes. Como resultado, os navios terão de suportar o custo das suas emissões de carbono, informa a Bloomberg.

Empresas de transporte marítimo como a MSC e a Maersk poderão enfrentar contas significativas, possivelmente atingindo centenas de milhões de dólares. Para ilustrar a situação, a DNV indica que o custo das emissões de um único navio porta-contêineres a operar rotas entre a Europa e a Ásia poderá aumentar para 864.500 dólares no próximo ano.

Nos próximos dois anos, espera-se que as empresas cubram ainda mais as suas emissões, o que poderá resultar em custos mais elevados. Um dado importante é que, no primeiro ano, serão consideradas apenas 40% das emissões qualificadas. Este novo regime de comércio de emissões aplica-se a navios com arqueação bruta igual ou superior a 5.000 e é implementado em portos da UE e do Espaço Económico Europeu.

Apesar destes ajustamentos, é pouco provável que as taxas sejam suficientemente elevadas para conduzir a uma mudança imediata para combustíveis mais limpos. Isto porque pode ser mais barato para as companhias marítimas utilizar produtos petrolíferos poluentes e suportar os custos das emissões, em vez de biocombustíveis mais caros. Cabe destacar que houve flutuações significativas nos preços dos combustíveis nos últimos anos que excedem em muito as taxas de carbono.

É importante citar que em 2025 entrará em vigor o regulamento da UE denominado FuelEU Maritime, que estabelece limites máximos anuais para a intensidade de gases com efeito de estufa da energia utilizada pelos navios. Estas tornar-se-ão mais rigorosas ao longo do tempo, o que deverá incentivar as companhias marítimas a adotar energias mais limpas.

 

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