segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Congestionamento impede BTP de atender escalas de navios em Santos

Operando com 95% de sua capacidade, o BTP (Terminal Portuário Brasil), no porto de Santos, está rejeitando navios, informou o Datamar News. A BTP – uma joint venture entre a APM Terminals, parte da Maersk, e a Terminal Investment’s Ltd (TIL) da MSC – não conseguiu acomodar a escala de dois navios porta-contêineres programados para operar na semana passada. Os dois navios tentaram desviar para os outros dois terminais, Santos Brasil e DP World Santos, que também não puderam receber as embarcações.

Segundo os operadores, esta situação mostra que o porto já não tem espaço para imprevistos, acrescentou a comunicação social brasileira. Nesse sentido, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sugere que o limite de ocupação do terminal para manter a eficiência seja de até 70% (pátio) e de até 65% (atracação).

Os planos de expansão portuária, incluindo a licitação de um novo terminal em Santo, prevista para 2022, foram paralisados ​​pelo atual governo. O ministro dos Portos, Márcio França (PSB), anunciou que vai reavaliar a necessidade de manter o porto sob controle estatal e o tamanho necessário para a expansão necessária para evitar que o terminal perca cargas para os portos vizinhos.

Por outro lado, em conjunto com a Capitania dos Portos de Santos, entidade estatal que tutela o maior porto da América Latina, França afirmou que o porto ainda tem capacidade para movimentar contêineres. Segundo o Datamar News, “dados da própria Capitania dos Portos de Santos mostram que, desde 2019, o porto opera no seu limite de ocupação (70% da capacidade instalada).

Naquele ano foram movimentados 4,2 milhões de TEUs, o limite operacional”. Este ano, as projeções de volume de carga para Santos de 5,3 milhões de TEUs deverão exceder a capacidade operacional de 4 milhões de TEUs. Isto equivale a 70% da capacidade instalada (5,7 milhões de TEUs), um limite acima do qual as operações se tornam ineficientes, segundo a OCDE. Entretanto, os operadores privados defendem a privatização total para acelerar os investimentos.

 

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