O presidente Luís Inácio Lula da Silva anunciou no lançamento da Navalshore, nesta semana, que planeja incentivar a construção de navios em solo brasileiro, por meio de investimentos da Petrobras. Essa não foi a primeira vez que ele falou da retomada da indústria naval no Brasil. Em fevereiro, disse que iria "voltar a construir navios nos estaleiros do Rio de Janeiro e retomar os investimentos na indústria de óleo e gás".
A retomada de estaleiros nacionais e o fomento à indústria naval brasileira são temas recorrentes na fala do presidente Lula, como parte da estratégia de "retomar os investimentos na indústria de óleo e gás". Entre 2005 e 2012, o Fundo de Marinha Mercante liberou R$33,6 bilhões (em valores atualizados) para reformas e construção de estaleiros, que, principalmente, atenderiam à Petrobras.
Agora, com a inclusão do setor de petróleo e gás no PAC 3 (Programa de Aceleração do Crescimento), a Petrobras deve aquecer a demanda por embarcações. Estão considerados 47 projetos envolvendo a empresa, em um momento de investimentos que chegam a R$ 323 bilhões.
É neste contexto de reaquecimento da indústria naval que acontece, na semana que vem, a 17a edição da Navalshore - Feira e Conferência da Indústria Marítima, encontro de stakeholders da indústria marítima da América do Sul. O encontro reúne, de 22 a 24 de agosto, no Expomag, no Rio de Janeiro/RJ, toda a cadeia da indústria naval, com a presença de 90 empresas e 350 marcas nacionais e internacionais, entre estaleiros e fornecedores de navipeças.
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