A Hapag-Lloyd recebeu Memorando de Informação (IM) da Samsung Securities, principal prestadora de serviços para a venda da HMM, o que significa que está considerando participar da oferta pública de aquisição da companhia de navegação sul-coreana. Mesmo não confirmado oficialmente o fato, foi relatado que escolheu a Goldman Sachs como sua consultoria em relação à transação e que espera, com a aquisição de 40% da armadora, expandir sua presença na Ásia no setor marítimo transporte de contêineres e buscar se posicionar como a terceira linha marítima do mundo.
O analista da indústria marítima Lars Jensen disse que “se a Hapag-Lloyd tiver sorte, poderá adquirir a HMM a um preço atraente. E se não, sua oferta poderia servir para aumentar o preço para os outros licitantes, o que por sua vez colocaria os novos proprietários em uma ligeira desvantagem competitiva.” Do ponto de vista operacional, indicou que se tratava de uma questão simples, uma vez que a Hapag-Lloyd e a HMM fazem parte da THE Alliance.
“Mesmo que seja uma participação acionária de apenas 40%, de fato isso poderia levar a uma situação em que a Hapag/HMM deveria ser vista como uma entidade única. Com base no tamanho atual da frota, tal entidade seria quase tão grande quanto a Cosco”, projetou. Os resultados preliminares da oferta pública de aquisição da HMM seriam divulgados em 21 de agosto. Inicialmente as empresas sul-coreanas foram consideradas entre os possíveis concorrentes: grupos LX, SM Group, Dongwon, Harim e Global Sae-A.
Até o último minuto não havia certeza se os grupos Hyundai Motor e Posco participariam. A última palavra sobre o assunto está nas mãos das estatais sul-coreanas The Korea Development Bank (KDB) e Korea Ocean Business Corporation (KOBC), com 20,69% e 19,96% de participação na HMM, respectivamente. O preço de venda estimado da indústria, incluindo um prêmio de administração, é de cerca de US$ 3 bilhões.
O Korea Times, no entanto, informou que o KDB parecia estar enfrentando um dilema sobre seu plano de privatizar a HMM até o final deste ano, já que grandes empresas sul-coreanas estavam indiferentes quanto à participação na oferta preliminar. E embora haja uma pequena chance de que o KDB venda o HMM para uma empresa estrangeira como a Hapag-Lloyd, antes dos resultados preliminares da oferta, cresceram as especulações de que a instituição bancária poderia adiar seu plano de escolher o licitante preferencial até novembro , uma vez que não descartou a possibilidade de cancelamento ou modificação do procedimento de venda.
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