terça-feira, 18 de julho de 2017

Petrobras vai acelerar processo de venda de ativos a partir de setembro

         Mesmo com o anunciado IPO da BR Distribuidora, a Petrobras deve acelerar seu processo de parcerias e desinvestimentos e comunicar a venda de outros ativos nos próximos meses, principalmente a partir de setembro, após as férias no hemisfério norte, segundo a coluna apurou.
         A empresa mantém o foco em reduzir o endividamento. A companhia tem uma dívida elevada, que foi refinanciada, mas uma das iniciativas mais importantes para a melhor a relação dívida/Ebitda é o programa de venda de ativos. A estatal tem cerca de 34 processos de desinvestimento. A meta para 2017 e 2018 é desinvestir US$ 21 bilhões.
      O portfólio com que a empresa trabalha hoje é de US$ 42 bilhões, o dobro, porque vários dos projetos não terão êxito neste prazo.
       Quanto foi feito neste ano? Zero. O preço do barril de petróleo, apontado como um dos fatores que mais causaram lentidão, não foi o maior obstáculo, segundo se diz considerar na empresa.
       A avaliação é que segue grande o interesse pelo segmento de óleo e gás no Brasil. A companhia melhorou a competitividade dos ativos, e aperfeiçoou-se a regulação.
       A lentidão deve-se também a outros fatores, como o problema com o TCU, que bloqueou temporariamente vendas da estatal, sob a alegação de falta de transparência.
      A empresa demonstrou disposição em fazer ajustes, embora os processos tivessem sido competitivos. Chegou-se a um consenso, as regras foram alteradas, e a diretoria decidiu que todos os processos voltassem à estaca zero.
        Quanto entrará desse desinvestimento ainda em 2017? É difícil estimar, porque não se sabe o percentual da BR que irá a mercado. Se a emissão se concretizar, a operação é liquidada na semana seguinte e vai para o caixa de imediato. A estatal já valeu US$ 300 bilhões na Bolsa. O valor atual é de cerca de US$ 53 bilhões.

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