segunda-feira, 10 de julho de 2017

Codesp concentra dragagem no trecho 1 do canal de de navegação do Porto de Santos

         Autoridades e entidades do Porto de Santos se reuniram na última sexta-feira para discutir a questão da dragagem do complexo portuário. Após avaliação do encontro, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), órgão responsável pela administração do cais santista, informou que deve retomar, na manhã de hoje, 10, a manutenção da profundidade no trecho 1 do canal de navegação.
         Há uma semana, o limite do calado operacional (fundura máxima que os navios podem atingir quando totalmente carregados) foi reduzido. Até a última sexta-feira, era permitida a navegação de embarcações com até 13,2 metros de calado. Agora, a restrição é para navios de até 12,3 metros, em condições normais de maré.
         Agora, a ideia da estatal é fazer uma dragagem regular na região que vai da entrada da Barra até o Entreposto de Pesca. Este é o local que apresentou assoreamento (deposição de sedimentos) na semana passada. Durante todo o mês de julho, os trabalhos devem ser concentrados apenas nesta área.
No último sábado (01) , a Dratec Engenharia, contratada pela Codesp, chegou a realizar dragagem neste ponto crítico, das 8 às 15 horas. O trabalho deveria ser retomado na quarta-feira, dentro da programação da empresa, mas não pode ser realizado devido a problemas de maré. 
         No setor, há a expectativa de que a análise da profundidade (batimetria), que está sendo realizada pela Docas, seja entregue ainda hoje à Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP).
         Durante a reunião de ontem, o presidente da Codesp, José Alex Oliva, explicou o andamento da obra e pediu o esforço conjunto para que se consiga resolver a questão.
        “Por parte da Capitania, acordamos que, assim que tivermos uma nova batimetria, faremos esforços para dar toda a agilidade ao processo”, afirmou o comandante da CPSP, o capitão de mar e guerra Alberto José Pinheiro de Carvalho.
         Além da Codesp e Capitania, estavam presentes representantes da Praticagem de São Paulo e do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar).
         Em seguida, Oliva se reuniu com o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), ao final do dia. Por meio de nota, a entidade informou que “aguarda as providências que a Codesp está tomando para reestabelecer o mais rápido possível o calado oficial do Porto”.
         Enquanto a profundidade não é retomada, os usuários do setor adotam medidas para garantir as operações e cumprir contratos firmados antes da redução do calado.
Segundo dados do Sindamar, a cada centímetro a menos de calado, deixa-se de embarcar entre sete e oito contêineres. Com a redução atual, isso representa uma perda de carregamento de até 720 caixas metálicas ou 5 mil toneladas de carga por viagem.
         Por conta da localização dos pontos de assoreamento, todas as instalações do cais santista foram afetadas. No início da mudança do calado, por exemplo, dois cargueiros, que atracaram nas instalações da Brasil Terminal Portuário (BTP), tiveram suas operações e prejudicadas e atrasadas por conta deste problema.
         Apesar da redução da profundidade ter acontecido no final da última semana, a Praticagem já havia detectado o problema há cerca de três semanas.


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