quarta-feira, 26 de julho de 2017

Nova área para estacionamento de caminhões no Porto de Santos não atende a demanda

         A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) liberou um novo terreno para servir como estacionamento rotativo aos caminhoneiros autônomos que atuam no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Porém, segundo a categoria, neste novo local, não há espaço para receber todos os veículos.
         A nova área está localizada na confluência das avenidas Almirante Tamandaré com Siqueira Campos. Segundo a autarquia, o espaço foi escolhido para que o terreno, conhecido como Lloydbratti, localizado na Avenida Mário Covas, seja desocupado.
         O imóvel é da União e foi cedido à companhia para a construção de um viaduto, que permitirá o acesso de caminhões que trafegam na Avenida Mario Covas (Avenida Portuária) à área do Porto, na região do terminal da Libra. Esse viaduto integra o trecho 4 da Avenida Perimetral, entre o Canal 4 e a Ponta da Praia, que já está em obras.
         O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam) intermediou as negociações entre os caminhoneiros autônomos e a Codesp, para que o Lloydbratti começasse a ser esvaziado. Porém, segundo o diretor do Sindicam, José Cícero Rodrigues Agra, conhecido como Souza, o novo terreno não supre a demanda da categoria.
       
         Atualmente, cerca de 170 caminhoneiros autônomos utilizam o estacionamento, e o novo local poderá abrigar apenas 80. "Tivemos três reuniões com a Codesp. O presidente informou que ali seria um viaduto e indicou outra área para ficarmos. Mas, não cabem todos, alguns ficaram descontentes. Existe a demanda da construção do viaduto e não temos documento para ir contra isso. Precisamos arrumar um local para o restante dos caminhoneiros", disse.
         O diretor-presidente da Codesp, José Alex Oliva, se reuniu com os caminhoneiros e realizou uma cerimônia de abertura do novo estacionamento, nesta segunda-feira (25). Oliva admitiu que o espaço não suporta todos os veículos, mas garantiu que vai buscar soluções para o problema.
         “Isso é sinal de confiança e seriedade. Mais vale uma boa palavra do que vários papéis na Justiça. Vai dar para todo mundo? Não, não vai dar. Mas a gente resolve o que podemos agora, e os outros que forem chegando vamos conversando e resolvendo. A melhor política é a aproximação e fazer junto”, falou o presidente para os caminhoneiros.
         Nesta quarta-feira (26), representantes do Sindicam devem se reunir com engenheiros da Codesp para encontrar uma nova área. Enquanto isso, parte dos caminhoneiros deve estacionar os seus veículos na antiga área, e outra no novo estacionamento.
         "Não existe esse terreno que vá caber todos. Teremos que dividir. Cerca de 50% vão continuar ocupando o Lloydbratti, e o resto vai para o novo espaço até resolver essa questão", disse o diretor do Sindicato.

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