Os problemas de infraestrutura na região são conhecidos de quem
investe, produz, compra, ou simplesmente visita a Zona Franca de Manaus (AM). O terceiro maior polo industrial do
País, com cerca de 600 indústrias que recolhem, anualmente, mais de R$ 17
bilhões em impostos e contribuições, não vê estes recursos retornarem em forma
de investimentos públicos. A crescente perda de autonomia da Suframa
(Superintendência da Zona Franca de Manaus) agrava ainda mais a situação,
alerta o CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas). A
entidade tem pleitos antigos, como a pavimentação do distrito industrial, que é
precária, o investimento de no mínimo 3% de tudo o que é recolhido pelo governo
do Amazonas das indústrias em infraestrutura, bem como a criação de conselhos
de transparência no uso deste dinheiro; e o fim da burocracia para a aprovação
de PPB (Processo Produtivo Básico), que autoriza novas indústrias na ZFM. “A
Zona Franca é um dos principais pontos de geração de receitas públicas do
Brasil. Os cofres federais recolhem 56% da riqueza produzida pelas indústrias
locais. O modelo responde, sozinho, por 55% dos impostos federais de toda a
Região Norte”, lembra Wilson Périco, presidente do CIEAM. “A região
desenvolveu-se apartada do restante do país. Um divórcio que se perpetua, salvo
na hora de recolher os impostos e divisas geradas pela economia da borracha e
da Zona Franca, embora esta seja frequentemente bombardeada pela incompreensão
do seu papel,” denunciou.
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