sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Paralisação dos caminhoneiros provoca prejuízos à economia gaúcha e brasileira

     O porto de Rio Grande admite que 60% das operações foram paralisadas ontem por causa do bloqueio das estradas pelos caminhoneiros, contra o aumento do preço do diesel, o limite na jornada de trabalho e as condições das rodovias. Os problemas começam na chegada de carretas até o embarque de cargas nos navios. O Tecon local comunica que o recebimento de produtos está bem abaixo da média e que a queda impactará no movimento de fevereiro. Os prejuízos atingem também os produtores e as indústrias de leite e laticínios que deixaram de recolher quatro milhões de litros na quinta-feira, de um total de 13 milhões de litros processados diariamente. A produção de grãos está reduzida porque as lavouras não estão conseguindo receber o diesel para as máquinas. O movimento dos caminhoneiros ignorou a proposta do governo federal e mantém os bloqueios em diversas BRs, especialmente nos estados do Sul, os mais atingidos pela greve, mesmo com ordem da Polícia Rodoviária Federal para a liberação das pistas. O governo, em represália, ameaça com multas para cada caminhoneiro que tiver se caminhão em situação irregular nas estradas. Assessores do Palácio do Planalto, que não quiseram se identificar, revelam que o governo admite dificuldade e erros na negociação.O fato é que hoje mais de quatro mil caminhoneiros permaneceram concentrados em estradas como a BR-101, principalmente em Três Cachoeiras, conhecida como a cidade dos caminhões. Levantamento da PRF indica que existem bloqueios ou concentração de caminhoneiros em pelo menos 60 pontos de estradas federais em todo o Brasil.

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