quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Portos de Santos e Paranaguá sofrem prejuízos com bloqueios de caminhoneiros

     Os portos de Santos (SP) e Paranaguá (SP) foram os primeiros terminais a sentir os efeitos dos protestos dos caminhoneiros que já atinge oito estados. O viaduto de acesso ao complexo santista foi interditado na altura do quilômetro 64 da Via Anchieta, impedindo o tráfego dos veículos que se dirigiam ao terminal. A administração portuária não soube precisar o número de carretas que não conseguiram seguir viagem. O porto de Paranaguá recebeu apenas 45 dos 900 caminhões carregados que deveriam chegar ao terminal paranaense e a previsão das autoridades portuárias é de que nos próximos dias poucos dos 1,600 caminhões que deveriam operar nos terminais efetivamente chegarão. A Superintendência do Porto do Rio Grande (RS) emitiu nota garantindo que a paralisação ainda não prejudicou as operações nos terminais gaúchos. As manifestações levaram os frigoríficos da Alibem, em Santa Rosa e JBS, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, a suspender temporariamente os abates porque não está recebendo animais. O movimento dos caminhoneiros, com apoio de agricultores, principalmente contra o aumento no preço do diesel, já está provocando desabastecimento e corte de produção em diversas regiões do país. A BRF suspendeu os trabalhos em duas plantas no Paraná, por falta de matéria-prima. A Fiat liberou seis mil operário por não dispor de peças para a montagem de carros. No Rio Grande do Sul, o presidente do Setcergs (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas), Afranio Killing, disse que a entidade não concorda com este tipo de manifestação, mas afirmou que considera justas as reivindicações. A Justiça Federal determinou a desobstrução de rodovias federais bloqueadas, mas até o momento a decisão ainda não foi acatada.

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