O presidente Donald Trump está reconsiderando sua proposta de impor taxas portuárias a navios construídos na China, com o objetivo de diminuir o impacto nas exportações dos EUA e nos custos operacionais nos principais portos do país. A nova abordagem contempla o estabelecimento de custos diferenciados com base na capacidade de cada navio, o que reduziria os custos para embarcações menores, informou a Reuters.
A revisão também busca aliviar a carga sobre embarcações que transportam produtos agrícolas, como soja e madeira, setores que seriam particularmente afetados pelos aumentos iniciais propostos. Essas medidas teriam um impacto direto em portos de alto tráfego, como Los Angeles, Nova York, Savannah (Geórgia) e Oakland (Califórnia), centros importantes para o comércio exterior dos EUA.
O plano original, divulgado em fevereiro pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR), propunha impor sobretaxas entre US$ 500.000 e US$ 1,5 milhão por escala em embarcações construídas na China. A proposta faz parte de uma estratégia mais ampla impulsionada pelo governo Trump para reduzir a dependência dos EUA da indústria de construção naval chinesa.
Nesse contexto, o presidente assinou um decreto que visa revitalizar a construção marítima nacional. A ordem orienta o USTR a continuar elaborando o esquema tributário e inclui disposições para aumentar o investimento público no setor. Além das taxas portuárias, a portaria prevê a aplicação de novas tarifas sobre guindastes STS e outros equipamentos de movimentação de carga fabricados com componentes de origem chinesa, ou produzidos por empresas direta ou indiretamente ligadas ao capital chinês. O Departamento de Segurança Interna também é obrigado a fortalecer os controles para evitar a evasão tarifária usando rotas por portos no México ou Canadá e, em seguida, trazendo cargas para os Estados Unidos por terra.

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