A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) divulgou dados globais de carga aérea para fevereiro de 2025, destacando que as companhias aéreas latino-americanas tiveram um crescimento anual na demanda por carga aérea de 6,0% em fevereiro, o maior entre as regiões globais. Enquanto isso, a capacidade aumentou 7,6% em relação ao ano anterior.
Em relação à demanda total, medida em toneladas de carga-quilômetro (CTKs), houve queda de 0,1% em relação aos níveis de fevereiro de 2024 (+0,4% nas operações internacionais). Este é o primeiro declínio desde meados de 2023. Enquanto isso, a capacidade, medida em toneladas de carga disponível-quilômetros (ACTKs), diminuiu 0,4% em comparação a fevereiro de 2024 (+1,1% para operações internacionais).
“Fevereiro viu uma pequena contração na demanda de carga aérea, o primeiro declínio ano a ano desde meados de 2023. Muito disso é explicado pelo extraordinário fevereiro de 2024 — um ano bissexto que também foi impulsionado pelo tráfego do Ano Novo Chinês, fechamentos de rotas de navegação e um boom no comércio eletrônico. As crescentes tensões comerciais são, obviamente, uma preocupação para a carga aérea. Com os mercados de ações já mostrando seu descontentamento, pedimos aos governos que se concentrem no diálogo sobre tarifas”, disse Willie Walsh, diretor Geral da IATA.
Em janeiro, o índice de produção industrial aumentou 3,2% em relação ao ano anterior, o maior crescimento em dois anos, e o comércio global cresceu 5%. Também foi impactado o preço médio do combustível de aviação, que ficou em US$ 94,6/barril em fevereiro, uma queda de 2,1% em relação a janeiro. Em fevereiro, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) para a produção industrial global também subiu acima da marca de 50 (51,5), indicando crescimento.
O PMI de novos pedidos de exportação subiu ligeiramente para 49,60 em relação ao mês anterior, permanecendo logo abaixo do limite de 50, que é o limite de crescimento. Por fim, em fevereiro, a inflação ao consumidor permaneceu alta nos Estados Unidos, Europa e Japão, diminuindo apenas ligeiramente em comparação ao mês anterior.
Em contraste, a China registrou seu primeiro declínio nos preços ao consumidor em 11 meses, reforçando sinais de pressões deflacionárias persistentes na economia. As companhias aéreas da Ásia-Pacífico relataram um crescimento anual na demanda de carga aérea de 5,1% em fevereiro. A capacidade aumentou 2,7% em relação ao ano anterior.
Enquanto isso, as transportadoras norte-americanas registraram um declínio de 0,4% no crescimento da demanda por carga aérea em fevereiro, em relação ao ano anterior, e a capacidade diminuiu 3,5% em relação ao ano anterior. As companhias aéreas europeias tiveram um declínio de 0,1% no crescimento da demanda por carga aérea em fevereiro, em relação ao ano anterior.
A capacidade diminuiu 0,2% em relação ao ano anterior. As companhias aéreas do Oriente Médio registraram um declínio de 11,9% no crescimento da demanda de carga aérea em fevereiro, o mais lento entre as regiões, e a capacidade caiu 4,0% na comparação anual. Por fim, as companhias aéreas africanas registraram um declínio de 5,7% na demanda por carga aérea em fevereiro, em relação ao ano anterior.
A capacidade diminuiu 0,6% em relação ao ano anterior. Vale ressaltar que a rota Transpacífica continuou sendo a mais movimentada em fevereiro. A região Intra-Asiática liderou o crescimento, tornando-se a quinta mais movimentada. As rotas Europa-Ásia e transatlânticas também cresceram, enquanto as rotas Oriente Médio-Ásia e Europa diminuíram.
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