segunda-feira, 30 de setembro de 2024

OOCL recebe o último porta-contêiner de uma série de 12 navios de 24 188 teus


A OOCL recebeu os 24.188 TEU “OOCL Portugal”, completando assim uma série de 12 navios Megamax de propulsão convencional que os estaleiros Nantong COSCO KHI Ship Engineering (NACKS - 7 navios) e Dalian COSCO KHI Ship Engineering (DACKS - 5 navios) construíram para transporte marítimo.  A entrega de todas as unidades será finalizadas até o final do ano.

O primeiro dos novos navios porta-contêineres da OOCL foi entregue em março de 2023 como “OOCL Spain” e, com exceção do “OOCL Abu Dhabi”, todos os navios porta-contêineres desta classe operam atualmente no serviço OCEAN Alliance na rota Ásia - Europa ' NEU1'. A OOCL se refere a ela como 'LL1' e a COSCO como 'AEU1'.

Os navios irmãos medem 399,99 m de comprimento e 61,30 m (24 linhas) de largura e têm 215 mil dwt. Eles são movidos por motores principais da série WinGD 12X92 que foram reduzidos para desenvolver 61.000 kW para uma velocidade de cerca de 22,5 nós e estão equipados com lavadores de gases de escape.

Embora o “OOCL Portugal” seja um dos navios construídos em Nantong, na verdade foi entregue em Dalian, uma vez que o DACKS foi utilizado como base para os seus testes de mar e alguns trabalhos de adaptação final. Estão planejados mais 12 navios Megamax com propulsão dupla de metanol para se juntarem à COSCO (DACKS - 5 navios) e à OOCL (NACKS - 7 navios) em 2027 e 2028. Espera-se que esses navios sejam gêmeos virtuais da série atual.

Começa hoje consulta pública para arrendamento de terminal no Porto de São Sebastião

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) aprovou abertura de audiência e consulta públicas para tratar do arrendamento do terminal SSB01, localizado no Porto de São Sebastião (SP).

A área, localizada no Porto de São Sebastião (SP), é destinada à movimentação e armazenagem de granéis sólidos e cargas gerais e conteinerizadas. O prazo do arrendamento é de 35 anos e o investimento estimado é de R$ 660 milhões.

A Audiência Pública 13/2024 visa obter contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos relativos à realização de certame licitatório da área.

As minutas jurídicas e documentos técnicos relativos a audiência pública estarão disponíveis neste link em breve. O período de contribuições será do dia 30 de setembro de 2024 até às 23h59 do dia 28 de novembro de 2024. A data da sessão virtual será definida oportunamente.

As contribuições devem ser feitas exclusivamente por meio e na forma do formulário eletrônico disponível no site da ANTAQ, não sendo aceitas contribuições enviadas por meio diverso.

Será permitido anexar imagens digitais, tais como mapas, plantas e fotos exclusivamente através do email: anexo_audiencia132024@antaq.gov.br mediante identificação do contribuinte e no prazo estipulado neste aviso. O envio do anexo em email não dispensa o envio da contribuição por escrito no formulário eletrônico.

Caso o interessado não disponha dos recursos necessários para o envio da contribuição por meio do formulário eletrônico, poderá fazê-lo utilizando o computador da Secretaria-Geral (SGE) desta Agência, em Brasília/DF, ou nas suas Unidades Regionais, cujos endereços se encontram disponíveis no sítio da ANTAQ.

 

Platafoma Brasil Exportação propõe logistica descomplicada para as vendas externas

A contratação de serviços e profissionais experientes é uma excelente oportunidade para facilitar seus negócios e evitar gastos desnecessários relacionados à armazenagem, despacho aduaneiro, frete e outros processos logísticos durante as suas exportações.

Pensando nisto, a Plataforma Brasil Exportação convidou representantes de diferentes entidades para apresentar as melhores práticas e serviços que podem facilitar os processos logísticos no comércio exterior. O webinar “Logística descomplicada para suas exportações” será realizado no dia 3 de outubro, às 10h. Para se inscrever gratuitamente basta acessar o link.

O encontro promoverá um debate com os especialistas das entidades parceiras sobre as melhores práticas, serviços disponíveis e profissionais que podem facilitar o processo logístico e evitar gastos desnecessários ao fechar negócios internacionais.

No webinar já estão confirmados representantes da ApexBrasil, Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx), Sindicato Estadual dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (SINDASP), Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegários (ABTRA), Associação Nacional das Empresas Transitárias, Agentes de Carga Aérea, Comissários de Despachos e Operadores Intermodais (ACTC) e Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI).

De acordo com Juarez Leal, do Núcleo de Plataformas Digitais da ApexBrasil, “a plataforma Brasil Exportação já oferece diversos serviços relacionados ao processo logístico em parceria com instituições que podem indicar profissionais especializados para realizar o despacho aduaneiro, contratar frete internacional, preparar a documentação de acordo com a legislação internacional e muito mais.

Estes serviços auxiliam empresários que nunca exportaram ou já exportam e desejam facilitar o seu processo por meio de profissionais especializados que conhecem a fundo todas as exigências e etapas necessárias. Na maior parte das vezes, o exportador não fica responsável por realizar as etapas logísticas e a contratação de profissionais experientes é a melhor forma de economizar, ganhar agilidade e evitar erros durante o processo”.

 

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Evergreen lidera ranking de armadores com maior margem operacional no primeiro semestre


Uma análise dos ganhos por contêiner carregado mostra uma mudança significativa nas classificações comparativas das companhias marítimas. O estudo da Alphaliner sobre lucro operacional (EBIT, ou lucro antes de juros e impostos) por TEU para os primeiros seis meses de 2024 mostra que HMM e ZIM assumiram a liderança com lucros operacionais de US$ 390 e US$ 364 por TEU, respectivamente.

As duas companhias avançam à frente da Matson – líder em 2023 – que caiu para o terceiro lugar em 30 de junho com média de US$ 326/TEUs. A Evergreen subiu do sexto para o quarto lugar depois de registrar um enorme aumento anual de 29% nos volumes para 5,2 MTEUs nos primeiros seis meses de 2024, um ganho muito maior do que outras companhias marítimas, registrando a maior margem operacional do ano.

Isto ocorreu apesar de uma pequena contração na sua frota, que passou de 1,67 MTEU para 1,66 MTEU no mesmo período. Embora a companhia marítima não tenha comentado o aumento no volume, segundo a Alphaliner, quando multiplicado por um aumento de 15% nas tarifas, o resultado é mais que suficiente para reivindicar a maior margem operacional do semestre, apesar de ter classificação mais baixa em lucros por TEU.

Segundo a consultora, isto revela as vantagens das maiores companhias marítimas, uma vez que, apesar dos atuais custos mais elevados envolvidos nos desvios em torno do Cabo da Boa Esperança, ao contrário de há um ano, todas as principais companhias marítimas obtiveram um lucro operacional global para cada TEU transportado.

A Evergreen registrou a maior margem operacional em quase 50% dos trimestres desde janeiro de 2021. Seus volumes continuam aumentando no atual terceiro trimestre e seu aumento em agosto foi de 37% ano a ano. Já a Hapag-Lloyd passou de companhia marítima com maior receita por TEU no primeiro semestre de 2023 para o sexto lugar no mesmo período deste ano, à medida que os ganhos tarifários foram transferidos para a Transpacífica.

A companhia marítima já havia beneficiado de preços mais fortes no Transatlântico, e particularmente na América Latina, onde opera quase um quarto da sua frota de 2,2 MTEUs. No extremo inferior da escala, os lucros da Regional Container Lines (RCL) com sede na Tailândia permaneceram praticamente inalterados em US$50/TEU. De acordo com a Alphaliner, os seus lucros mais baixos refletem o seu foco na rota intra-asiática de curta distância e no subcontinente indiano.

No mesmo período de 2023, faturou US$ 52/TEU. Em contraste, a Maersk, a segunda maior empresa de transporte marítimo do mundo em capacidade, ficou abaixo do RCL, com ganhos médios de apenas 26 dólares/TEU. Embora o seu desempenho tenha melhorado no segundo trimestre, as taxas caíram em média -8% durante o semestre. Outras companhias marítimas europeias em posições semelhantes tiveram melhores resultados financeiros, sugerindo menos eficiência no seu nível de custos.

Porto de Açu fecha acordo com a HIF Global para desenvolver planta de e-Metanol

O Porto do Açu (RJ) assinou contrato de reserva de terras com a HIF Global para desenvolver uma planta de produção de e-Metanol. A instalação terá capacidade para produzir até 800 mil toneladas desse combustível por ano. O acordo foi formalizado durante a feira de energia ROG.e, realizada no Rio de Janeiro.

Como parte do acordo, a HIF Global terá um site dentro do complexo portuário do Açu para a execução do projeto e receberá apoio do porto no desenvolvimento da planta. O diretor executivo de Desenvolvimento de Negócios da Prumo, Mauro Andrade, comentou que “o acordo com a HIF Global é um marco para o Porto do Açu e para a região nesta nova indústria.

“Estamos empenhados em promover o desenvolvimento sustentável e contribuir para um futuro mais limpo e com maior eficiência energética”, disse Andrade. Por sua vez, o presidente e CEO da HIF Global, César Norton, afirmou que “há mais de um ano operamos Haru Oni ​​​​no sul do Chile, a primeira instalação de e-Fuels no mundo, demonstrando que eles são uma solução real e concreta para combater as alterações climáticas agora. O Porto do Açu será um pilar fundamental na construção de um futuro sustentável e estamos entusiasmados em trabalhar juntos neste primeiro desenvolvimento HIF Global no Brasil.”

A HIF Global seleciona os locais dos seus projetos com base numa série de condições-chave, como o acesso a energia renovável de baixo custo, a disponibilidade de fontes de dióxido de carbono, um quadro jurídico estável, condições de mercado favoráveis ​​e a existência de portos adequados.  

Os e-Fuels são produzidos por meio de eletrolisadores que, utilizando energia renovável, separam o hidrogênio do oxigênio na molécula de água. O hidrogénio é então combinado com dióxido de carbono reciclado para criar combustíveis neutros em carbono, como o e-Metanol. Estes podem ser utilizados em diversos meios de transporte sem a necessidade de modificar os motores atuais.

Ibama autoriza obra de dragagem da Baía da Babitonga, em Santa Catarina

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu a Licença de Instalação (LI) para a obra de alargamento e aprofundamento do canal de acesso à Baía da Babitonga. Com a concessão da LI, a autoridade portuária, já pode iniciar o processo de licitação para a contratação da empresa responsável pela execução da obra, estimada em R$ 300 milhões.

O projeto de dragagem vai aumentar a profundidade do canal externo de 14 metros para no mínimo 16 metros, permitindo a navegação de embarcações de até 366 metros de comprimento. A Baía da Babitonga fica no norte de Santa Catarina e abriga os portos e São Francisco do Sul e Itapoá.

 

Para o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Cleverton Elias Vieira, a obra é uma conquista de Santa Catarina. “A frota marítima está sempre se atualizando, fazendo com que os navios se tornem maiores e, consequentemente, necessitem maior profundidade. Com essa obra, colocaremos o Complexo Portuário da Baía da Babitonga e nosso estado na rota das grandes embarcações”, diz.

 

diretor de Operações, Tecnologia e Meio Ambiente do Porto Itapoá Sergni Rosa Júnior, afirma que a obra amplia as vantagens naturais da Babitonga. “Nossa baía é bastante beneficiada pela natureza por suas águas calmas e profundidade natural, que precisa de pouquíssima manutenção. Agora vamos tornar nosso complexo portuário ainda mais competitivo”, conclui.

 

Modelo inédito

O modelo de financiamento dessa obra é inédito no Brasil. O valor será financiado pelo Porto Itapoá, terminal privado, que será ressarcido através das tarifas pagas pelos navios à autoridade portuária.

 

governador de Santa Catarina – atualmente licenciado –, Jorginho Mello, assinou em junho o protocolo de intenções para viabilizar a obra e na ocasião destacou a importância da emissão da Licença de Instalação para o desenvolvimento da região Norte do estado. "Esse é um passo fundamental para aumentarmos ainda mais o potencial dos nossos portos. Estamos focados em avançar com os processos necessários para entregar essa grande obra de infraestrutura, tanto o alargamento da Baía da Babitonga quanto o alargamento da praia de Itapoá", afirmou Mello.

 

O governador se referiu a outro aspecto inédito desta obra: a utilização dos sedimentos retirados durante a dragagem para o alargamento da faixa de areia da orla de Itapoá, que nos últimos anos tem sofrido com problemas de erosão costeira. Essa será a primeira vez que resíduos de uma obra portuária serão usados para a recuperação de uma praia.

 

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Possivel greve dos estivadores da Costa Leste e Golfo do México, nos EUA, deverá afetar rotas marítimas globais


Os 45 mil estivadores dos principais portos da Costa Leste (USEC) e do Golfo (USGC) preparam-se para iniciar uma greve no dia 1º de outubro, numa iniciativa que deverá afetar as rotas marítimas que movimentam mais de metade de todas as mercadorias transportada em contêineres de e para os Estados Unidos. “As consequências serão graves”, antecipa Peter Sand, analista-chefe da Costa Oeste dos EUA [USWC].”

À medida que a contagem regressiva avança, a linguagem das partes em conflito, a Associação Internacional dos Estivadores (ILA), que reúne os trabalhadores portuários, e a Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX), que representa os operadores de terminais, revela a nula existência de diálogo, segundo Lars Jensen, analista da indústria marítima, que aponta mais para estratégias de comunicação que procuram culpar a contraparte pela greve.

A ILA afirmou que “ambas as partes comunicaram várias vezes nas últimas semanas que o impasse permanece nas negociações do Contrato Mestre porque a USMX continua a oferecer aos estivadores da ILA um pacote de aumento salarial inaceitável" . A entidade destaca que a "USMX sabe qual deve ser o nosso resultado final com os salários".

Por outro lado, a USMX afirmou que "apesar das tentativas adicionais da USMX de se envolver com a ILA e retomar as negociações, não conseguimos agendar uma reunião para continuar as negociações sobre um novo Contrato Mestre. "Não há indicação de que a ILA está interessada em negociar neste momento."

A FMC presta atenção à prisão e sobreestadia. Já a Comissão Marítima Federal (FMC), aguardando o pior cenário, fez uma espécie de marcação judicial para o que se espera que seja o cenário do próximo, indicando que todas as normas e regulamentos permanecem em vigor em caso de eventual greve. "Os regulamentos da FMC exigem que as taxas de detenção e sobreestadia sirvam como incentivos financeiros legítimos para encorajar a movimentação de carga. Consistente com estes requisitos, a Comissão irá rever quaisquer taxas de detenção e sobreestadia avaliadas durante o encerramento de terminais."

Jensen esclarece o significado do acima exposto: “não olharão com bons olhos para quem tenta beneficiar de acusações de detenção e sobreestadia que resultam de uma incapacidade física para utilizar os portos durante uma greve”. As companhias marítimas jogam suas cartas A Hapag-Lloyd já anunciou uma “sobretaxa de interrupção de trabalho” (WDS) de US$ 1.000 para rotas marítimas da maior parte do mundo para o USEC e USGC.

Além disso, eles adicionaram uma “sobretaxa de interrupção de trabalho no destino” (WID), US$ 1.000/. TEU, dos portos do Extremo Oriente ao USEC e USGC. A CMA CGM, por sua vez, adiou uma sobretaxa de US$ 1.000/TEU do subcontinente indiano e do Oriente Médio para o USEC e USGC de 1º de outubro para 1º de novembro. A MSC anunciou sobretaxas de e para USEC e USGC, variando de US$ 800/TEU a US$ 3.000/FEU e US$ 3.000 para contêineres de 45 pés.

A ONE disse que continuaria a aceitar reservas de contêineres secos, mas suspenderia todas as reservas de carga refrigerada a partir de 1º de outubro. A Maersk também adicionou uma sobretaxa de interrupção portuária local para todas as cargas movimentadas de e para os terminais USEC e USGC, para cobrir os custos mais elevados de "potenciais interrupções trabalhistas". /TEU, US$ 3.000/FEU incluindo hi-cubes e US$ 3.780 por contêiner de 45 pés.

A greve iminente também teve um impacto positivo nas companhias de navegação ao nível do mercado de ações. É o caso da Maersk, cujas ações subiram para 4,9%, dadas as claras expectativas de que o fracasso das negociações entre a ILA e a USMX gerará novas perturbações no transporte marítimo global, o que, por sua vez, aumentaria as tarifas de frete, sem considerar as sobretaxas acima mencionadas. (imagem do Porto de Houston, Texas)

Exportações alcançam US$ 247 bilhões até a terceira semana de setembro

A Balança Comercial registrou na 3ª semana de setembro de 2024 superávit de US$ 271 milhões e corrente de comércio de US$ 12,5 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,4 bi e importações de US$ 6,1 bi. Esses foram alguns dos resultados apresentados nesta semana pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC).

No mês de setembro, até a 3ª semana, as exportações somam US$ 20,4 bi e as importações US$ 16,9 bi, com saldo positivo de US$ 3,5 bilhões e corrente de comércio de US$ 37,4 bilhões. Já de janeiro até a terceira semana de setembro, as exportações totalizam US$ 247,5 bilhões e as importações US$ 189,9 bilhões. O superávit é de US$ 57,6 bilhões e a corrente de comércio de US$ 437,3 bilhões.

Nas exportações, comparadas as médias até a 3ª semana de setembro/2024 (US$ 1,366 bi) com a de setembro/2023 (US$ 1,436 bi), houve queda de 4,9%. Em relação às importações, houve crescimento de 15,7%:  US$ 976,6 milhões em 2023 contra US$ 1,130 bi em 2024.

Assim, até a 3ª semana de setembro/2024, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,496 bi. O saldo, também por média diária, foi de US$ 235,69 milhões. Comparando-se este período com a média de setembro/2023, houve crescimento de 3,5% na corrente de comércio.

No acumulado até a 3ª semana do mês de setembro/2024, o desempenho das exportações dos setores, pela média diária, apresentou queda de US$ 55,4 milhões (16,9%) em Agropecuária e de US$ 110,79 milhões (28,6%) em Indústria Extrativa, mas crescimento de US$ 95,64 milhões (13,5%) em produtos da Indústria de Transformação.

Nas importações, o desempenho pela média diária mostrou crescimento de US$ 2,87 milhões (14,8%) em Agropecuária; de US$ 29,76 milhões (56,1%) em Indústria Extrativa e de US$ 120,42 milhões (13,4%) em produtos da Indústria de Transformação.

 

Governo de Pernambuco comemora investimento de R$ 2 bilhões na primeira indústria de e-metanol em Suape

O Estado de Pernambuco vai receber a primeira indústria de produção de e-metanol do Brasil, a ser instalada no Complexo Industrial Portuário de Suape. O contrato foi firmado entre o Governo do Estado e a empresa European Energy, nesta semana, durante cerimônia no Palácio do Campo das Princesas. Na ocasião, a governadora Raquel Lyra assinou o termo e anunciou a instalação da planta em Suape, numa área de 10 hectares, com estimativa de R$ 2 bilhões em investimentos.

A chegada da companhia marca mais um passo para o desenvolvimento de uma economia limpa em Pernambuco e tem previsão de gerar 250 empregos diretos e mais 15 mil indiretos. "A atração de um investimento deste volume representa um grande diferencial competitivo para Pernambuco”, disse a governadora.

“Iremos sediar a indústria da European Energy em razão da nossa posição geográfica, da oportunidade que existe no Porto de Suape, da geração de biocombustível e do potencial de produção de energia eólica e solar, em Pernambuco e no Nordeste como um todo. Então o Governo de Pernambuco dialoga com a economia do futuro para gerar emprego para a nossa população durante a construção do empreendimento e depois do funcionamento, posicionando Pernambuco de maneira pioneira na produção de e-metanol", ressaltou Raquel Lyra.

 


 


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Mesmo com neblina em agosto, Porto de Santos quebra novo recorde de movimentação de cargas

O Porto de Santos bateu novos recordes de movimentação de cargas no mês de agosto de 2024. Foram 15,9 milhões de toneladas no mês e 121,5 milhões no acumulado desde janeiro. As marcas foram obtidas mesmo com o registro no mês de 116 horas de navegação suspensa devido à neblina.

Faltando ainda um trimestre para o fim do ano, o Porto de Santos já superou toda a movimentação de oito anos atrás (2016), quando foram registradas 113,8 milhões de toneladas. O crescimento em relação ao recorde anterior, janeiro a agosto de 2023, foi de 9 %.

O presidente da APS, Anderson Pomini, lembrou que os números mostram todos os meses que Santos é um porto mundial de 1ª classe: “Assim que fomos classificados, por exemplo, pela terceira maior armadora do mundo, a empresa francesa CMA GCM, que vai investir R$ 6,3 bilhões no mais importante porto do hemisfério sul”.

Os embarques no ano já ultrapassam 90,3 milhões de toneladas, aumento de 8,3% em relação a 2023. Destaque para o complexo soja (grãos e farelo), que já somam 34,1 milhões, seguido do açúcar (17,8 milhões) e milho (5,6 milhões). Mas o maior crescimento no período foi do café em grãos, que teve aumento de 53,5% nos carregamentos e já chega a quase 1,6 milhão de toneladas.

Nos desembarques, o aumento nos oito meses do ano foi de 11,2% em relação a 2023, ultrapassando 31,2 milhões de toneladas. A carga mais descarregada foi o adubo, com 4,9 milhões de toneladas (a 5ª mais movimentada do Porto de Santos, superada por soja, açúcar, milho e celulose). Um destaque foi o trigo, que subiu 23,4% e marcou 829,3 mil toneladas.

A movimentação de contêineres também foi recorde, com 3,5 milhões de TEU, aumento de 15,1% em comparação ao mesmo período de 2023. Os 15,9 milhões de toneladas no mês equivalem a um aumento de 4,9% ante agosto de 2023. Mais da metade (8,5 milhões) são granéis sólidos. Destaque para as exportações de açúcar e soja em grãos, que apresentaram crescimento de 23,8% e 17,2%, respectivamente. Açúcar (2,9 milhões), milho (2,8 milhões) e complexo soja (2 milhões) foram as cargas de maior movimentação no mês.

Mas o maior crescimento, de 29,6%, foi do embarque de carnes (31,5%), passando de 218,3 mil toneladas. O crescimento da movimentação de contêineres foi de 6% ante agosto de 2023, passando de 476 mil TEU. Melhor marca para o mês de agosto.

A participação acumulada de Santos na corrente comercial brasileira apresentou aumento ao registrar 28,5% em agosto de 2024 frente ao mesmo período do ano anterior (28,3%). O número de atracações no ano subiu de 3.584 em 2023 para 3.700 em 2024. No mês, mesmo com os recordes, o número de atracações diminuiu de 459 em agosto de 2023 para 446 no mesmo mês deste ano.

 

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Bahia receberá mais de R$ 5,6 bilhões em investimentos para melhorar sua infraestrutura logística


A Bahia receberá mais de R$ 5,6 bilhões em investimentos para melhorar sua infraestrutura portuária, aeroportuária e hidroviária, conforme anunciado em cerimônia realizada nesta semana, no Terminal da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), em Salvador. O evento contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues e dos ministros dos da Casa Civil, Rui Costa, e Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho.

“Para mim é uma alegria muito grande a geração de emprego, possibilitando a gente, o Governo Federal e o Governo do Estado, fazermos aquilo que a gente quer, que é redistribuir os investimentos para não ficar a concentração apenas em um lugar. Nós estamos falando de investimentos em aeroportos, o aeroporto do oeste, de Barreiras. Nós estamos falando de investimentos em portos, aqui em Salvador, em Ilhéus”, destacou Jerônimo. O chefe do executivo baiano ainda completou informando o objetivo de ampliar ainda mais a malha viária aérea da Bahia. “Nós estamos na parceria com o Governo Federal, para que a gente possa botar toda a nossa cadeia de aeroportos e aeródromos para a gente poder ter uma malha viária aérea regional. O país hoje se destaca em voos regionais”, acrescentou.

Um dos projetos importantes anunciados é a reforma e ampliação do Aeroporto de Barreiras, que contará com R$ 44,1 milhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As obras incluirão a modernização da pista e a construção de um novo terminal de passageiros, com conclusão prevista em oito meses. O aeroporto será vital para o transporte de mercadorias na região, conhecida pela forte produção agropecuária.

Outra obra é a construção do Terminal de Uso Privativo da Bamin, no Porto Sul, em Ilhéus, que receberá R$ 4,6 bilhões em empréstimos do Fundo da Marinha Mercante. Este equipamento terá uma capacidade de embarque de 26 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, que será escoada pela FIOL I e exportada por meio dessa infraestrutura.

Esse projeto, juntamente com a expansão do terminal de contêineres Tecon Salvador, que receberá R$ 942,4 milhões, terá um impacto significativo na economia local. A expansão aumentará a capacidade de movimentação de cargas, facilitando o comércio na região. Com esses investimentos, estima-se que cerca de 7.200 empregos sejam gerados, criando novas oportunidades e contribuindo para o desenvolvimento econômico das comunidades ao redor.

No Porto de Salvador, serão investidos R$ 16,7 milhões na adequação da pavimentação da retroárea, visando aumentar a capacidade logística e modernizar o sistema elétrico. No Porto de Ilhéus, uma dragagem de manutenção de R$ 19,9 milhões garantirá acesso a navios de grande porte, com conclusão prevista até o final deste ano. Além disso, a dragagem no Porto de Aratu, com investimento de R$ 50 milhões, aumentará a profundidade do canal para -15 metros, com conclusão prevista em março de 2025.

Foram anunciados empréstimos do Fundo da Marinha Mercante para dois grandes projetos: a construção do Terminal de Uso Privativo da Bamin, no Porto Sul, em Ilhéus, com R$ 4,6 bilhões, e a expansão do terminal de contêineres Tecon Salvador, com R$ 942,4 milhões, que juntos gerarão cerca de 7.200 empregos.

Hidrovia do Rio São Francisco

Foi assinado um Protocolo de Intenções para a operação da Hidrovia do Rio São Francisco, ampliando seu uso para transporte de cargas e passageiros. A gestão será descentralizada, permitindo que a Codeba administre essa importante rota logística.

O ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho afirmou que “as obras anunciadas trarão impactos significativos para a economia baiana, especialmente no setor de exportações”. O governador Jerônimo Rodrigues reforçou que o conjunto de intervenções será fundamental para “aumentar a competitividade da Bahia no cenário global”.

PAC

As obras fazem parte do novo PAC, que destina R$ 96,9 bilhões para várias áreas, sendo R$ 71,7 bilhões alocados diretamente em projetos na Bahia. Até julho de 2024, já foram executados R$ 24,6 bilhões, refletindo o compromisso com a melhoria da infraestrutura no estado. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, enfatizou que “o PAC é essencial para garantir avanços em infraestrutura, gerando empregos e oportunidades”, destacando que esses investimentos consolidarão a Bahia como um grande polo de exportação e crescimento econômico.

 

Papua Nova Guiné abre seu mercado para importação de carnes de frango e bovina do Brasil

O governo brasileiro recebeu o anúncio, pelas autoridades de Papua Nova Guiné, de aprovação dos certificados sanitários para a importação de carne de aves, carne mecanicamente separada de frango e cortes bovinos desossados provenientes do Brasil. Inicialmente, as exportações serão realizadas pelas plantas industriais brasileiras que foram inspecionadas e aprovadas pelo governo papuásio no ano passado.

As negociações para acesso ao mercado de carne de aves começaram em 2020, e as de carne bovina, em 2022, impulsionadas pelo interesse do setor privado brasileiro no mercado de 9 milhões de habitantes — o segundo mais populoso da Oceania, atrás apenas da Austrália.

Com essas aprovações, o agronegócio brasileiro chega à 119ª abertura de mercado em 2024, totalizando 197 novas oportunidades em 59 destinos desde o início de 2023. Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Porto Itapoá amplia número de tomadas para contêineres refrigerados

O Porto Itapoá, no litoral Norte de Santa Catarina, vai instalar mais 1.080 tomadas para contêineres refrigerados nos próximos seis meses, sendo 540 até dezembro deste ano. Somando às atuais 2.958, o Terminal passará a contar com 4.038 tomadas, o maior número de Santa Catarina e o segundo maior do Brasil.

Uma das atividades econômicas mais importantes da região, a exportação de proteína animal representa a maior parte das cargas refrigeradas movimentadas no Porto Itapoá.

 

Esse mercado tem encontrado no Terminal uma importante estrutura portuária para a atividade, de acordo com o diretor de Desenvolvimento de Negócios e Experiência do Cliente, Felipe Fioravanti Kaufmann“O aumento do número de tomadas já era previsto na expansão do Terminal, mas sua implementação foi adiantada para responder às necessidades do setor produtivo“, explica.

 

Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta que o ano de 2024 será positivo para a produção de carnes de frango e suína no país. As exportações de carne suína devem encerrar 2024 com volume recorde de até 1,325 milhão de toneladas, crescimento de até 7,7% em relação ao ano anterior.

 

Para 2025, a projeção inicial indica exportações de até 1,375 milhão, alta estimada de até 3,8% em relação a 2024. As exportações de carne de frango devem crescer até 2,2% este ano, com estimativas de vender ao exterior 5,25 milhões de toneladas em 2024, com expectativa de chegar a 5,35 milhões de toneladas em 2025. 

 

Kaufmann salienta a representatividade de Santa Catarina neste cenário: “O Relatório anual da ABPA de 2023 mostra que o estado foi responsável por mais de 50% da exportação de carne suína de todo o Brasil, ocupando o primeiro lugar nesse ranking. Em se tratando da carne de frango, Santa Catarina foi o segundo maior exportador do país, representando 21% do total”, diz.

 

O estado vizinho, o Paraná, foi em 2023 o maior exportador de frango, com 40% do total brasileiro, e terceiro lugar na exportação de carne suína, com 14% do total. “São dois estados com grande importância na produção de proteína animal, com muita tradição, e importância absoluta a nível mundial”, afirma o diretor.

 

Em 2024, até agosto, o Porto Itapoá já movimentou 77.961 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) de cargas reefer – termo usado para se referir às cargas refrigeradas. O número é 34% maior do que o movimentado no mesmo período do ano passado, de 57.994 TEUs. “Esse aumento ocorre tanto pelo crescimento do volume de exportações dos clientes, como também pela ampliação da quantidade de clientes desse segmento que temos atendido, que dobrou no último ano”, diz Kaufmann.

 

“Cada vez mais, o mercado busca o Porto Itapoá como solução logística. Nossos indicadores de qualidade e capacidade de atendimento têm dado confiabilidade para essa operação e os clientes estão atentos a isso”. A maior parte das exportações deste ano foram destinadas à China, cerca de 13%, seguido das Filipinas, que corresponde a 9,9%, Emirados Árabes Unidos, 9,4%, e Japão, 8,4%, entre outros, em uma lista de mais de noventa paíse

Jan Hoffmann deixará Unctad para assumir cago na área de transporte no Banco Mundial

O analista do setor marítimo-portuário e logístico, Jan Hoffmann, anunciou pelas suas redes sociais que deixará suas funções nas Nações Unidas, depois de 30 anos, para assumir um novo cargo no Banco Mundial em Washington D.C., EUA . Ele disse que se juntará ao Departamento Global de Transporte como Líder Global de Transporte Marítimo e Facilitação de Comércio e Trânsito".

O atual chefe de Logística Comercial da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) especificou as novas tarefas que irá desempenhar: “Trabalhar com equipes globais e regionais para apoiar os países clientes do Banco Mundial na reforma e expansão do investimento no seu setor portuário , promover a digitalização e melhorar o comércio e o trânsito transfronteiriços para liderar o trabalho de análise global sobre o desempenho e a reforma portuária.”

Além disso, indicou que precisará “trabalhar em estreita colaboração com o Departamento de Comércio do Banco Mundial para avançar o nosso trabalho conjunto na facilitação do trânsito comercial e nas reformas portuárias e para liderar a parceria internacional [do Banco Mundial] em questões relacionadas com o sector marítimo e facilitação do trânsito comercial".

Hoffmann, que iniciará suas novas funções dia 3 de janeiro de 2025, lembrou que coincidentemente iniciou seu trabalho nas Nações Unidas em 3 de janeiro de 1995, na Organização Marítima Internacional (IMO), onde sua primeira missão foi fazer parte da uma conferência sobre desenvolvimento sustentável e financiamento, em Washington D.C.

O analista expressou que “é triste deixar uma equipe incrível de colegas do Departamento de Logística Comercial da UNCTAD”. Ao mesmo, tempo salientou que “estamos ansiosos por novos desafios e oportunidades para apoiar o desenvolvimento marítimo global com velhos e novos amigos e colegas do Banco Mundial.”

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Gemini Cooperation pode ser primeiro passo para fusão Maersk/Hapag-Lloyd


Enquanto MSC e Maersk seguem caminhos separados, seus concorrentes começam a responder ao novo ambiente, formando um novo cenário de alianças com a Gemini Cooperation, Premier Alliance e Ocean, acrescentando a MSC rede de serviços independente. Para o analista do setor marítimo, portuário e logístico, Jon Monroe, a aliança que faz mais sentido é a formada pela Maersk e Hapag-Lloyd, a Gemini Cooperation.

“Acho que este é o começo da fusão deles, são companhias marítimas europeias e têm mais em comum do que qualquer outro parceiro. Esta aliança, baseada numa rede de hubs e raios, visa atingir um fator de fiabilidade de 90% e utilizará principalmente terminais pertencentes a uma das companhias marítimas.”

A este respeito, o analista acrescenta que a MSC tem questionado o objetivo de fiabilidade da Gemini Cooperation, referindo que não acredita que esse objetivo seja possível. “É claro que a MSC não está interessada no seu sucesso. Se as companhias marítimas buscarem confiabilidade, isso poderá impactar negativamente seus lucros”, observa Monroe.

or outro lado, ele entende que a Premier Alliance é simplesmente uma reestruturação da antiga The Alliance, mas com uma ressalva, o acordo de partilha de espaço com a MSC nas rotas Ásia-Europa para aumentar a sua capacidade. “A Premier Alliance precisará deste impulso porque é a menor das alianças. A MSC também poderá precisar disso, com a introdução de 1,8 milhões de TEUs de capacidade num mercado possivelmente em declínio.”

Segundo ele, a Ocean Alliance provavelmente manterá o seu acordo atual com uma renovação de serviços. “É a maior entidade operadora, com 1.373 navios e 8,76 milhões de TEUs de capacidade. No geral, também possui a maior capacidade em termos de novos pedidos, com 2,5 milhões de TEUs. Sim, isso supera o MSC. Mas a MSC é uma operadora única e o que tem feito é impressionante”, destaca.

Para Monroe, independentemente da forma como as alianças estejam estruturadas, o importante é que as dez principais companhias marítimas controlam grande parte da capacidade e 2024 tornou-se mais um ano lucrativo que lhes permite antecipar um encerramento do ano com números azuis, mas alerta:

“2025 pode ser uma história diferente”. A nova formação de alianças marítimas: Rede MSC: (MSC); capacidade: 854 embarcações (6,08 milhões de TEUs); encomendas: 132 navios (1,8 milhões de TEUs) Cooperação Gemini: (Maersk, Hapag-Lloyd); capacidade: 1.005 navios (6,61 milhões de TEUs); pedidos: 1.005 navios (619.820 TEUs) Aliança Premier: (ONE, HMM, Yang Ming); capacidade: 416 embarcações (3,5 milhões de TEUs); encomendas: 416 navios (804.853 TEUs) Aliança Oceânica: (CMA CGM, Cosco Shipping, OOCL, Evergreen); capacidade: 1.373 embarcações (8,7 milhões de TEUs); encomendas: 188 navios (2,5 milhões de TEUs).

Enquanto isso, na rota Transpacífica Segundo o analista, o pico sazonal na rota Transpacífica (ÁSIA-USWC/USEC) foi atingido em algum momento no final de julho ou início de agosto. Nesse sentido, esclarece que “o pico não se deve apenas ao volume, mas também às taxas. Normalmente, um pico significa que a procura excede a oferta. Mas este não foi o caso.” Em relação ao exposto, ele argumenta que as companhias marítimas começaram a oferecer reduções nas tarifas spot em agosto.

“Isso não deveria ter surpreendido ninguém com experiência na Transpacífico. Tem sido fácil encontrar espaço e não há acúmulo de contêineres há algum tempo. Portanto, não houve um pico real. Embora, é claro, as companhias marítimas tenham mantido suas sobretaxas de alta temporada sempre que podem.”

Assim, a uma semana antes dos feriados da “Semana Dourada” na China, não parece que os atrasos estejam se acumulando. Geralmente acontece nesta altura, quando as reservas excedem a oferta de espaços, mas isso não aconteceu este ano. “Com as companhias marítimas desviando navios de outras rotas para aproveitar as últimas taxas elevadas, a capacidade claramente não é mais um problema”, diz o analista.

Para Monroe, setembro tornou-se um mês movimentado com anúncios revolucionários na indústria marítima, um setor que já foi considerado um negócio sério e lento. Mas ainda há processos a definir e os participantes nesta actividade devem ainda ter em consideração o ataque iminente na Costa Leste e no Golfo dos EUA e as consequências da reorganização das alianças.

Ministro diz que Porto de Santos vive momento histórico com investimentos

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, disse que o Porto de Santos e a Região da Baixada Santista vivem um momento histórico em função dos investimentos federais. “Não é à toa que os ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos -MPor), Rui Costa (Casa Civil) e o próprio presidente Lula estiveram em Santos, aqui no Porto, onde as iniciativas chamam a atenção de todo o País”, afirmou.

Padilha citou o aporte de R$ 12 bilhões para obras de infraestrutura no Porto, como o túnel, as perimetrais, o aprofundamento do canal e o Parque Valongo; o aeroporto em Guarujá; um novo Concais; a ampliação da Unifesp; os dois institutos federais de educação, em Santos e São Vicente; a continuidade do Programa Minha Casa, Minha Vida, com a construção de 2 mil moradias populares; as UBSs, entre outros investimentos.

O ministro entrou no Porto de Santos pelo trecho histórico do cais do Valongo e foi recebido pelo presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini. Vistoriou as obras no segundo trecho a ser revitalizado, entre os armazéns 1 e 3, onde a atividade portuária começou no Brasil. Depois, percorreu o trecho já concluído do Valongo, resultado de parceria entre a APS, MPor, Prefeitura de Santos e investidores privados.

Na sequência, Padilha se dirigiu à sede da gestora do Porto, onde assistiu à explanação do presidente sobre o Plano de Investimentos, com linha do tempo e vários detalhes. Ao final da apresentação, o ministrou deu parabéns a Pomini e toda a equipe, como também aos operadores privados dos terminais ali presentes e sindicalistas.

Padilha destacou que não há lugar para pessimismo no Brasil, que cresceu 2,95% em 2023 e chegará a 3% em 2024. “Foram abertos 180 novos mercados no mundo para produtos brasileiros em um ano e meio; aumentou a renda da população, principalmente dos mais pobres; foram registrados, em julho, um milhão e meio de empregos criados com carteira assinada, e o Brasil vai ser campeão mundial de geração de energia, incluindo hidrogênio verde”.

O ministro Padilha atendeu, na sede da APS, sindicalistas das categorias que atuam no Porto de Santos, e que pediram a manutenção do cais público, que gera empregos para os estivadores e avulsos, e que opera com cargas de projeto, essenciais para a indústria brasileira. Os sindicalistas também pediram uma audiência com o presidente Lula.

“O compromisso da nossa gestão pública, aqui do Pomini, que foi mantida com o fim da ameaça da privatização, é com o emprego e com o respeito às cidades onde o Porto está”, afirmou Padilha, lembrando que o presidente Lula sempre defendeu a exclusividade dos trabalhadores portuários e que atenderá pedido de audiência, com a possibilidade até de uma nova visita à região. Também elogiou a capacidade de diálogo do presidente da APS, do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, que foi citado pelos sindicalistas, e reafirmou o compromisso do presidente Lula com os portuários brasileiros.

 

Acordo estimula micro e pequenas empresas do Norte e Nordeste a ampliar exportações

Acordo entre ApexBrasil,Sebrae e entidades setoriais, assinado nesta semana, no Palácio do Planalto, em Brasília,  irá incentivar que cooperativas, micro e pequenas empresas (MPE), especialmente das regiões Norte e Nordeste, iniciem ou aperfeiçoem estratégias voltadas para a exportação.  A iniciativa vai beneficiar quase 19 mil empresas nos próximos dois anos.

Ao participar da cerimônia de assinatura dos convênios, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin apresentou um cenário favorável às exportações brasileiras, destacando os recordes recorrentes, além de uma série de medidas para impulsionar ainda mais seu crescimento.

Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin ressaltou o recorde histórico de US$ 340 bilhões em exportações em 2023, com saldo comercial de US$ 98,8 bilhões. “O Brasil cresceu 8,2%, enquanto o volume de comércio exterior mundial cresceu apenas 0,8%” Crescemos, em volume, 10 vezes a média mundial”, afirmou.

Entre as medidas destacadas pelo ministro, estão:

  • Aumento do financiamento do BNDES para exportação: O banco público registrou um crescimento de 1.000% nos empréstimos para o setor exportador neste semestre, em comparação com o semestre anterior.
  • Brasil Mais Produtivo: O programa busca a transformação digital e ou aumento da produtividade de 200 mil pequenas e médias indústrias, com investimentos de R$ 2 bilhões.
  • Capacitação de mulheres para o mercado exportador: O Programa Elas Exportam, do MDIC, contribui para preparar empreendedoras femininas para o acesso ao mercado internacional.
  • Reforma tributária: A reforma, que acaba com a cumulatividade de impostos, deverá impulsionar os investimentos em 14% e as exportações em 17% nos próximos 15 anos, segundo estudos do IPEA.
  • Criação do LCD:  A Letra de Crédito do Desenvolvimento oferecerá crédito mais barato para o setor produtivo, garantindo mais investimentos para a indústria.
  • Depreciação acelerada: A medida, que permite a renovação das máquinas do parque fabril brasileiro, já está valendo.

“O Brasil está vivendo um momento muito positivo. Com as medidas que estamos implementando, temos tudo para continuar crescendo e gerando emprego e renda para a população”, afirmou o ministro.

Acordo ApexBrasil e Sebrae — Alinhada à Política Nacional da Cultura Exportadora, liderada pelo MDIC, a parceria entre ApexBrasil e Sebrae prevê o desenvolvimento de novos produtos e metodologias para suprir lacunas na jornada do empreendedor que quer exportar.

“A ApexBrasil, com as parcerias firmadas hoje, busca não só aumentar a presença dos produtos brasileiros no mundo, mas democratizar o acesso ao mercado internacional e diversificar as exportações brasileiras”, destacou o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana. “A Apex vai ajudar mais e mais empresas a exportar e colocar o Brasil em um outro patamar no cenário do comércio mundial”, reforçou.

De acordo com o presidente do Sebrae, Décio Lima, o convênio tornará possível levar a integração da economia internacional também para as micro e pequenas empresas. “O Sebrae tem o papel de atuar nas condições do ambiente de negócios e, também, aquilo que é imprescindível, permitir que os pequenos possam participar das agendas internacionais de interação econômica”, explicou.

Por meio dos convênios firmados nesta terça, serão realizadas ações como promoção dos negócios brasileiros em feiras internacionais, rodadas de negócios com compradores de todo o mundo; missões com importadores ao Brasil para conhecer a produção brasileira, além de estudos de mercado, defesa de interesses e acesso a mercados.

DIVISÃO – Do total a ser investido nessas ações de promoção internacional de empresas brasileiras e atração de investimentos estrangeiros, 53,6% (R$ 287 milhões) serão aportados pelo Governo Brasileiro, por meio da ApexBrasil, e 46,4% (R$ 250 milhões) pelo setor privado, por meio das próprias entidades setoriais.

RETORNO – Os acordos têm a expectativa de gerar mais de R$ 281 bilhões em negócios internacionais, sendo R$ 256,5 bilhões em exportações e R$ 24,5 bilhões em investimentos estrangeiros a serem aplicados em projetos estratégicos do Brasil.

INDÚSTRIA E SERVIÇOS – Serão firmados 14 convênios na área de indústria e serviços, voltados à internacionalização de setores estratégicos da economia brasileira, totalizando um investimento de mais de R$ 278 milhões. Os acordos têm potencial de gerar cerca de R$ 68 bilhões em exportações em 2026.

AGRONEGÓCIO – No campo do agronegócio serão sete convênios para ampliar a presença em mercados internacionais dos setores de arroz beneficiado; chocolate, balas, doces e amendoim; carne bovina; frutas e polpas congeladas; máquinas, equipamentos, insumos e tecnologia para produção de etanol e açúcar; etanol e farelo de milho; e produtos para animais de estimação, que totalizam um investimento de R$ 75 milhões e expectativa de mais de R$ 185 bilhões em exportações, entre 2024 e 2025.

FUNDOS – O convênio da ApexBrasil e a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP,) pretende atrair investimentos estrangeiros na ordem de R$ 24,5 bilhões nos próximos dois anos. O convênio foca na captação internacional de recursos para fundos de investimentos brasileiros em participação, que por sua vez investirão em empresas e projetos, incluindo oportunidades relacionadas à Nova Indústria Brasil (NIB) e ao Novo PAC.

MÓVEIS – Os acordos contemplam também o setor de móveis. O convênio da ApexBrasil para apoiar este setor a ampliar e fortalecer sua presença em mercados internacionais soma um total de mais de R$ 33,6 milhões.