quinta-feira, 19 de setembro de 2024

MSC e Hamburgo avançam na associação estratégica em relação ao Grupo HHLA


O parlamento de Hamburgo aprovou no início deste mês a segunda votação que permite ao governo da cidade-estado alemã ratificar um contrato ao abrigo do qual celebra uma parceria estratégica de longo prazo com a MSC. Ela se dará por meio do operador de terminais e logística (Hamburger Hafen und Logistik AG .) HHLA.

Após a aprovação do Senado da cidade-estado, Hamburgo e MSC poderão prosseguir com a sua implementação assim que a Comissão Europeia tiver dado a sua aprovação. A MSC já adquiriu uma participação considerável na HHLA de investidores institucionais e de free float da empresa.

O acordo com a cidade-estado alemã fará com que a MSC compre ações dos 67% atualmente detidos por Hamburgo, de modo que a propriedade futura acabará por convergir para 51,1% para Hamburgo e 49,9% para a MSC. Como parte do acordo, a MSC comprometer-se-á a trazer volumes adicionais de contêneres para Hamburgo, investindo em atualizações de terminais e criando empregos adicionais através da expansão de uma sede na cidade portuária.

O contrato prevê ainda que os terminais HHLA continuarão sendo instalações de “utilizador comum”, ou seja, poderão fazer escala em navios de diversas companhias marítimas, mantendo-se em vigor os acordos existentes com estas últimas. Além disso, a partir de 2025 haverá convocatórias dos membros da futura “Premier Alliance”: ONE, HMM e Yang Ming: aqueles que assinaram recentemente um acordo com a MSC ao abrigo do qual irão trocar espaços nos seus navios na rota da Ásia. -Europa.

Isto implica que as três companhias marítimas deram a sua aprovação ao novo acordo no principal porto alemão e continuarão a utilizar os terminais de contêinees HHLA, principalmente CTA e CTB. Propriedade dos Terminais HHLA CTA: Terminal de Contêineres Totalmente Automatizado, HHLA (74,9%); Hapag-Lloyd (25,1%). CTB: Terminal de contêineres semiautomático, HHLA (100%). CTT: terminal de contentores convencional HHLA (75,1%); Grupo Cosco (24,9%). Unikai: Terminal multiuso e Ro-Ro, HHLA (51%); Grupo Grimaldi (49%) Frucht: Terminal de frutas e cargas refrigeradas, HHLA (51%); Mar-Invest (49%) Vale ressaltar também que o Grupo HHLA opera terminais de contêineres e multiuso em Tallinn, Estônia; Trieste, Itália e em Odessa, Ucrânia.

Exportações do agronegócio ultrapassam US$ 14 bilhões em agosto

O agronegócio brasileiro exportou em agosto de 2024 US$ 14,14 bilhões. Cinco setores se destacaram fazendo as vendas externas alcançarem o valor final: complexo soja (31,6% de participação); carnes (15,3% de participação); complexo sucroalcooleiro (13,5% de participação); cereais, farinhas e preparações (9,1% de participação); produtos florestais (9,0% de participação).

A soma das vendas externas desses cinco setores respondeu por 78,6% do valor exportado pelo agronegócio brasileiro ou o equivalente a US$ 11,11 bilhões. Em comparação a agosto de 2023, os mesmos cinco setores foram responsáveis por US$ 13,08 bilhões em vendas externas ou o equivalente a 83,8%.

Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, o crescimento das exportações do agro brasileiro é resultado do grande incentivo do Governo Federal. “O Brasil tem se destacado no cenário internacional graças ao retorno das boas relações comerciais do governo brasileiro com o mundo. Produtos de qualidade e o rigoroso controle sanitário tem sido o nosso diferencial, sem dúvida”, enfatizou.

O complexo soja é o principal setor exportador do agronegócio brasileiro. Neste mês de agosto de 2024, o valor exportado foi US$ 4,47 bilhões em agosto de 2024. E a China continua sendo a principal parceira importadora da soja brasileira, com 73,7% do volume importado nesse mês de agosto ou 5,9 milhões de toneladas.

A China também é a principal importadora de algumas carnes brasileiras, um dos setores com recorde. As vendas externas de carnes subiram de US$ 2,05 bilhões em agosto de 2023 para US$ 2,17 bilhões em agosto de 2024 (+5,6%). As exportações de carne bovina bateram recorde em volume, com 245,36 mil toneladas (+ 15,7%).

Já as exportações de carne suína registraram aumento de 9,2%, alcançando US$ 273,95 milhões em vendas externas. Houve elevação da quantidade exportada em 4,5% (+ 4,93 mil toneladas) e no preço médio de exportação em 4,6%. O incremento das exportações ocorreu em função do aumento do volume comercializado para alguns países: Filipinas (+11,55 mil toneladas); Japão (+5,11 mil toneladas); Chile (+3,97 mil toneladas); Singapura (+2,97 mil toneladas).

Sendo o maior produtor e exportador de açúcar, o Brasil terá produção recorde de quase 46 milhões de toneladas de açúcar, de acordo com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento para o ano safra 2024/2025, segundo ano seguido de produção recorde (45,68 na safra 2023/2024). Neste quadro de grande oferta de açúcar, o volume exportado pelo Brasil é recorde, tendo atingido a quantidade recorde de 3,92 milhões de toneladas em agosto de 2024 ou o equivalente a US$ 1,79 bilhão (-0,9%

Nos últimos doze meses, entre setembro de 2023 e agosto de 2024, o Brasil exportou US$ 165,76 bilhões em produtos do agronegócio. O valor significou um crescimento de 1,6% na comparação com os US$ 163,19 bilhões comercializados nos doze meses precedentes.

 

Calçadistas brasileiros recebem visita de mais de 1,25 mil compradores na Micam Milano

 

Terceira maior delegação internacional, o Brasil encerra mais uma participação na Micam Milano levando excelentes negócios para o País. As 78 marcas representando diferentes segmentos e regiões do Brasil receberam mais de 1,25 mil compradores de todo o mundo. A presença brasileira foi promovida pelo Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados realizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Conforme relatório da Abicalçados, a 98º edição da Micam Milano rendeu US$ 26,2 milhões entre negócios fechados e alinhavados no evento, que é um dos principais do setor calçadista mundial. Para o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, a feira superou as expectativas dos expositores. “Apesar da retração de consumo na Europa, os nossos expositores tiveram três dias de bons negócios, que irão auxiliar o crescimento da participação do Brasil no mercado internacional”, destaca Ferreira. O dirigente salienta, ainda, que os resultados confirmam as expectativas positivas para a BFSHOW, que ocorre de 11 a 13 de novembro, em São Paulo/SP.

Em sua primeira participação pelo Brazilian Footwear, a marca Melissa teve resultados bastante positivos. “Foram três dias muito intensos, recebendo clientes e prospects qualificados. Os compradores vieram para conhecer a marca e também para relembrar, pois as pessoas nutrem uma nostalgia pela Melissa, que faz parte da história de muitas meninas”, conta Fernanda de Cassia Krummenauer, analista Comercial de Exportação da Melissa.

Leandro Moscardini, do departamento de Vendas Internacionais da Opananken, estava bastante satisfeito com a edição que diz ter sido a melhor participação da empresa em sete anos. “A Micam Milano foi uma surpresa bastante positiva. Com uma melhor localização, com estande mais aberto, tivemos uma grande visitação e fizemos muitos negócios importantes, com abertura de sete novos mercados no Kuwait, Chipre, Jordânia, Grécia, Filipinas, Argélia e Arábia Saudita, além de outros prospects que podem surgir”, comemora.

Para Gustavo Zinke Braun, do departamento de Exportação da Piccadilly, a Micam Milano superou as expectativas iniciais. “Tivemos uma participação positiva, com vários novos contatos e mercados abertos em países como Alemanha, Indonésia, Jordânia e Síria”, conta.

Brasil na passarela
A moda brasileira também foi destaque na passarela da Micam Milano. Onze marcas nacionais foram selecionadas para o desfile, iniciativa que foi retomada nesta edição. Para Haide Sehen, gerente de Exportação da Santa Lolla, essa foi uma oportunidade de reforçar o posicionamento da marca no exterior. “A visibilidade que tivemos no desfile foi muito boa, sentimos que as pessoas já nos reconhecem, nos procuram, param para conhecer melhor os nossos produtos”, destaca Haide, ao frisar que a empresa sai da Micam Milano com pedidos fechados e uma expectativa bastante positiva para a temporada. Além da Santa Lolla, participaram do desfile as marcas Maithë, Satryani, Piccadilly, Modare Ultraconforto, Voices Culture, Arezzo, Guilhermina, Perlatto, Ramarim e Schutz.

Participaram da Micam Milano, com o apoio do Brazilian Footwear, as marcas 365 SOFT, Actvitta, Adrun, Anatomic Prime, Anatomic Shoes, Andacco, Andine, Archetti, Arezzo, Beira Rio, BR Sport, ByCool, Camminare, Campesi, Capelli Rossi, Carrano, Cartago, Cecconello, Comfortflex, Cristófoli, Dakota , Degalls, Democrata, DiBorges, Divalesi, Ferracini, Ferricelli, Grendene, Grendha, Guilhermina, Ipanema, Jorge Bischoff, JotaPe, Killana, Kolosh, Kolway, Levecomfort, Leveterapia, LigthGel, Loucos & Santos, Luiza Barcelos, Luz da Lua, Madeira Brasil, Maithë, Melissa, Mississipi, Modare Ultraconforto, Moema, Moleca, Molekinha, Molekinho, Opananken Antitensor, Pegada, Perlatto, Petite Jolie, Piccadilly, Pink Cats, Ramarim, Rider, Santa Lolla, Santinelli, Satryani, Savelli, Schutz, Solis Brasil, Stéphanie Classic, Tabita, Usaflex, Valentina, Variettá, Verofatto, Vicenza, Villione, Vizzano, Voices Culture, West Coast, Wirth e Zaxy.

Antaq realiza reunião sobre o tema Instalações Portuárias no âmbito da Proposta da Agenda Regulatória 2025/28

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) realizou, nesta semana, reunião participativa voltada a discutir o tema Instalações Portuárias no âmbito da Proposta de Agenda Regulatória 2025-2028.  A agenda regulatória é uma ferramenta de priorização e planejamento dos temas regulatórios da Agência que permite o aprimoramento dos processos, aumenta a transparência e confere previsibilidade às ações da ANTAQ.

A diretora Flávia Takafashi, que esteve presente neste encontro, destacou a ampliação da participação do mercado regulado no processo de elaboração da Agenda Regulatória e ressaltou que essa é uma ocasião importante para a ANTAQ e para o mercado. “Até esse momento a Agência tinha uma Agenda Regulatória bienal, com um processo de participação que se estendia aos órgãos e a discussões internas. Agora passamos a realizar um processo de participação mais amplo para discutir com o mercado regulado a elaboração dos itens que vão constar na nossa agenda”, disse.

A reunião participativa aconteceu no espaço executivo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo (SP). No total foram feitas 10 contribuições presenciais.  Este é o segundo de três encontros. A próxima reunião vai tratar de navegação interior e será realizada no dia 3 de outubro em Manaus (AM).

A primeira reunião aconteceu no Rio de Janeiro (RJ) e debateu temas relacionados à navegação marítima.  Durante o encontro, também foram aceitas contribuições para a Agenda de Avaliação de Resultado Regulatório (ARR) 2023-2026. Até às 23h59 do dia 4 de outubro de 2024 está aberto o período de contribuições das tomadas de subsídios que tratam da Agenda Regulatória para o quadriênio 2025-2028 e da Agenda de Avaliação de Resultado Regulatório (ARR) 2023-2026.

 

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

ONE anuncia novo serviço conectando os mercados da Ásia e Costa Leste da América do Sul


A Ocean Network Express (ONE) anunciou o novo serviço 'East Coast South America Express 3' ('SX3'). O objetivo é melhorar a rede e a conectividade para o mercado Ásia - Costa Leste da América do Sul (ECSA).

O roteiro completo será Pusan ​​– Xangai – Ningbo – Shekou – Singapura – Santos – Paranaguá – Rio Grande – Navegantes – Singapura – Hong Kong – Pusan.

O navio Hyundai Vancouver será o primeiro a zarpar de Pusan. Ele sairá do porto sul-coreano ​​​​no dia 6 de outubro.

Uso de IA em supply chain pode melhorar eficiência operacional das empresas

 

A utilização da Inteligência Artificial (IA) em supply chain pode aprimorar a eficiência operacional com base na automação de tarefas repetitivas e na otimização de rotas de entrega. De acordo com a PwC, 64% dos líderes globais acreditam que o uso da IA generativa melhorará a qualidade dos produtos e serviços de suas companhias. O número é um dos resultados da 27ª CEO Survey, pesquisa global da PwC com 4,7 mil líderes empresariais, incluindo o Brasil.

“Em um mundo cada vez mais digital, com desafios operacionais sem precedentes, o uso eficaz das tecnologias disruptivas, em especial a inteligência artificial, nas cadeias de suprimento se tornou ainda mais prioritário e estratégico”, afirma o sócio da PwC Brasil Rodrigo Damiano. “Além de reduzir custos, melhorar a eficiência e criar resiliência, os investimentos digitais potencializam muito a qualidade da tomada de decisões e a visibilidade no setor”, completa.

A expectativa da PwC é que a IA melhore a tomada de decisão. Com base em análises preditivas, as empresas conseguem antecipar problemas e tendências de mercado, fazendo ajustes proativos nas estratégias de supply chain. Essa capacidade de prever e se adaptar rapidamente a mudanças representa um diferencial competitivo importante em um ambiente muito volátil, como o atual.

Obstáculos e soluções.

A Pesquisa sobre Tendências Digitais em Operações 2024, da PwC, indica que, para 69% dos líderes, os investimentos em tecnologia não geraram os resultados esperados. O levantamento também revela que, embora 70% das empresas tenham experimentado ou implementado a IA generativa, apenas 20% delas relatam o amplo uso desta tecnologia nas suas operações.

O sócio da PwC alerta que as dificuldades da implementação de IA em supply chain, embora pareçam complexas em uma primeira análise, é uma transformação possível de realizar quando bem estruturada. As empresas devem abordar a adoção da tecnologia com uma estratégia abrangente, que inclua uma gestão de mudanças eficaz e um investimento contínuo em capacitação digital. “Uma implementação bem-sucedida vai além da adoção de tecnologias avançadas. Ela requer transformações mais profundas na cultura organizacional”, afirma Rodrigo Damiano. A PwC Brasil lista abaixo questões que as empresas devem dar atenção ao implementar uma estratégia de IA em supply chain:

Qualidade e disponibilidade de dados. Esse é um tema crucial para a eficácia das implementações de IA. Dados de baixa qualidade podem resultar em decisões inadequadas e afetar negativamente as operações. Portanto, é fundamental manter uma boa qualidade dos dados, a fim de assegurar a precisão, completude e relevância das respostas propostas pela IA.

Integração de sistemas. Há uma grande necessidade de integração entre diferentes sistemas de TI, tanto internos quanto externos (fornecedores e clientes). A diversidade desses sistemas e a necessidade de interoperabilidade entre plataformas complicam a adoção de soluções de IA de forma eficaz. O processo de integração não é apenas técnico, mas também estratégico. Ele exige uma gestão de mudanças eficiente, que muitas empresas ainda negligenciam.

Relação custo-benefício. A frustração com o alto grau de investimento em IA que não se traduz imediatamente nos ganhos esperados pode desencorajar a continuidade e a expansão do uso da tecnologia.

Visão limitada. Há uma tendência nas empresas de se concentrar na redução de custos, em vez de explorar inovações e novos modelos de negócios baseados na IA. Esse foco limitado pode restringir o potencial de transformação e melhorias nas operações.

Capacitação. A falta de capacitação adequada é uma barreira difícil de superar. Muitas vezes, a formação e o upskilling são negligenciados, o que deixa as equipes despreparadas para aproveitar as novas tecnologias. É importante envolver e treinar as pessoas dentro das organizações para o futuro do trabalho.