Uma análise dos ganhos por contêiner carregado mostra uma mudança significativa nas classificações comparativas das companhias marítimas. O estudo da Alphaliner sobre lucro operacional (EBIT, ou lucro antes de juros e impostos) por TEU para os primeiros seis meses de 2024 mostra que HMM e ZIM assumiram a liderança com lucros operacionais de US$ 390 e US$ 364 por TEU, respectivamente.
As duas companhias avançam à frente da Matson – líder em 2023 – que caiu para o terceiro lugar em 30 de junho com média de US$ 326/TEUs. A Evergreen subiu do sexto para o quarto lugar depois de registrar um enorme aumento anual de 29% nos volumes para 5,2 MTEUs nos primeiros seis meses de 2024, um ganho muito maior do que outras companhias marítimas, registrando a maior margem operacional do ano.
Isto ocorreu apesar de uma pequena contração na sua frota, que passou de 1,67 MTEU para 1,66 MTEU no mesmo período. Embora a companhia marítima não tenha comentado o aumento no volume, segundo a Alphaliner, quando multiplicado por um aumento de 15% nas tarifas, o resultado é mais que suficiente para reivindicar a maior margem operacional do semestre, apesar de ter classificação mais baixa em lucros por TEU.
Segundo a consultora, isto revela as vantagens das maiores companhias marítimas, uma vez que, apesar dos atuais custos mais elevados envolvidos nos desvios em torno do Cabo da Boa Esperança, ao contrário de há um ano, todas as principais companhias marítimas obtiveram um lucro operacional global para cada TEU transportado.
A Evergreen registrou a maior margem operacional em quase 50% dos trimestres desde janeiro de 2021. Seus volumes continuam aumentando no atual terceiro trimestre e seu aumento em agosto foi de 37% ano a ano. Já a Hapag-Lloyd passou de companhia marítima com maior receita por TEU no primeiro semestre de 2023 para o sexto lugar no mesmo período deste ano, à medida que os ganhos tarifários foram transferidos para a Transpacífica.
A companhia marítima já havia beneficiado de preços mais fortes no Transatlântico, e particularmente na América Latina, onde opera quase um quarto da sua frota de 2,2 MTEUs. No extremo inferior da escala, os lucros da Regional Container Lines (RCL) com sede na Tailândia permaneceram praticamente inalterados em US$50/TEU. De acordo com a Alphaliner, os seus lucros mais baixos refletem o seu foco na rota intra-asiática de curta distância e no subcontinente indiano.
No mesmo período de 2023, faturou US$ 52/TEU. Em contraste, a Maersk, a segunda maior empresa de transporte marítimo do mundo em capacidade, ficou abaixo do RCL, com ganhos médios de apenas 26 dólares/TEU. Embora o seu desempenho tenha melhorado no segundo trimestre, as taxas caíram em média -8% durante o semestre. Outras companhias marítimas europeias em posições semelhantes tiveram melhores resultados financeiros, sugerindo menos eficiência no seu nível de custos.
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