O Paraguai exportou no primeiro trimestre do ano 2,5 milhões de toneladas de soja, valor superior ao embarcado no mesmo período de 2023. Contudo, os embarques de grãos desaceleraram devido ao período de estiagem (baixa temporada) na Hidrovia Paraguai-Paraná e aos atrasos na travessia da fronteira Ciudad del Este/Foz de Yguazú, em decorrência de uma greve por funcionários do Ministério da Agricultura do Brasil (MAPA).
O relatório de Comércio Exterior indica que até março o Paraguai exportou 894.392 toneladas a mais de soja, em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram embarcadas 1,6 toneladas. Sonia Tomassone, assessora de Comércio Exterior da Câmara Paraguaia de Exportadores e Comerciantes de Cereais e Oleaginosas (Capeco), explicou que em fevereiro foram embarcadas pouco mais de 1 milhão de toneladas e em março foram apenas 865 mil toneladas.
“Embora o processamento da soja tenha aumentado localmente, esses atrasos logísticos também afetam os derivados da soja (óleos e pellets)”, afirmou. Apesar desta circunstância, a soja gerou divisas no valor de 1.013 milhões de dólares, ou seja, 76 milhões de dólares a mais do que o gerado até março de 2023. Argentina e Brasil continuam a monopolizar os embarques. 73% das exportações foram destinadas à Argentina, 8% ao Brasil e o restante foi enviado para mercados externos: Rússia, Peru, Estados Unidos, Coreia do Sul e Chile.
A Cargill continua liderando o ranking dos exportadores de grãos de soja com 17% de participação, seguida por Viterra (11%), Copagra e Bunge (8%), LDC, ADM e Agrofértil (6%) entre outros. Nas exportações via terrestre, a LAR continua se posicionando como líder do ranking com 34% do total enviado por esta rota, seguida pela Agrofértil (23%), Agroindustrial La Paloma (13%), Cargill (7%), Agroser (6%), entre outros. No total, 34 empresas foram responsáveis pelas exportações de grãos no terceiro mês do ano.
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