terça-feira, 24 de junho de 2025

Portos gaúchos reforçam segurança com monitoramento inteligente das cheias na hidrovia

 

Desde a cheia de 2024, a Portos RS e o seu Programa de Gestão Ambiental, em parceria com a UFRGS, vêm investindo na ampliação e modernização da rede de monitoramento do nível da água no Guaíba e rios tributários. Em 2025, essa rede está permitindo acompanhar em tempo real um fenômeno que chamou atenção durante a enchente de maio de 2024: a inclinação da lâmina d'água.

Enquanto em períodos normais os níveis se mantêm relativamente uniformes ao longo da margem do município, durante as cheias é observado um desnível significativo entre as diferentes regiões de Porto Alegre. Na sexta-feira, 20 de junho, foi registrada uma diferença de quase um metro entre o nível no bairro Navegantes e o nível na Ponta dos Coatis, em extremos opostos da cidade.


Esse comportamento tem consequências diretas para a gestão de riscos e para a interpretação das previsões de cheia. A cota de inundação, por exemplo, é atingida primeiro na zona norte, localizada mais no interior do Delta do Jacuí, do que na região sul da cidade, localizada às margens do Guaíba. Isso significa que, mesmo que as previsões de nível para a Usina do Gasômetro não atinjam a cota de alerta ou inundação, outros bairros podem se encontrar em situação crítica.

Portanto, a previsão feita para um único ponto pode não ser representativa de todas as regiões e acabar subestimando os riscos, especialmente para a zona norte, onde a água tende a se acumular e subir mais rapidamente. A situação monitorada atualmente demonstra exatamente isso: o nível no Navegantes já atingiu a cota de alerta na sexta-feira, enquanto no Cais Mauá essa marca ainda não havia sido atingida.

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