A navegação diária no Mar Vermelho aumentou 60% desde agosto de 2024, passando de uma média de 20 a 23 embarcações para cerca de 36 a 37, de acordo com o Contra-Almirante Vasileios Gryparis, comandante da missão naval Aspides da União Europeia. No entanto, esse número permanece abaixo dos 72 a 75 navios que transitavam pela área diariamente antes do início dos ataques dos houthis do Iêmen em novembro de 2023, segundo a Reuters.
O aumento é atribuído à redução na frequência de ataques com mísseis e drones, bem como ao acordo de cessar-fogo firmado entre os Estados Unidos e os rebeldes houthis. Apesar dessa melhora, as operações comerciais permanecem limitadas pelo ambiente de segurança. A missão Aspides foi criada para proteger a navegação nessa rota estratégica, que conecta o Mar Mediterrâneo ao Golfo da Ásia através do Canal de Suez.
Em fevereiro de 2025, suas funções foram expandidas para incluir o monitoramento de carregamentos ilegais de armas e a supervisão de embarcações associadas ao transporte de petróleo russo sujeito a sanções. Desde o seu início, a missão escoltou 476 navios mercantes, abateu 18 drones, destruiu duas aeronaves não tripuladas utilizadas em ataques e neutralizou quatro mísseis balísticos. No entanto, Gryparis observou que o número limitado de navios designados — atualmente entre dois e três operacionais — resultou em atrasos de até uma semana para os navios que solicitaram escolta.
A missão solicitou à União Europeia a alocação de 10 unidades para melhorar sua cobertura. Os houthis declararam que seus alvos serão limitados a navios israelenses ou aqueles com ligações com Israel. Segundo Gryparis, as chances de ser atacado por engano caso não atenda a esses critérios são inferiores a 1%, embora ele tenha reconhecido que não pode garantir totalmente a segurança daqueles que transitam pela área.

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