sexta-feira, 31 de maio de 2024

Frota global de porta-contêineres Megamax ultrapassa a barreira dos quatro milhões de teus em abril


 

A frota global de navios porta-contêineres Megamax (MGX) ultrapassou a barreira dos 4,0 milhões de TEUs de capacidade total no final de abril, situando-se atualmente em 4,01 milhões de TEUs, informa a Alphaliner. Nada menos que 186 navios da variedade MGX-24 e o ligeiramente menor MGX-23 estão atualmente em serviço, com mais 43 navios e 1,25 MTEUs encomendados.

Nos últimos anos, os navios Megamax tornaram-se a espinha dorsal do transporte marítimo entre a Ásia e a Europa, deslocando lenta mas inexoravelmente os navios Neopanamax dos principais serviços regulares. Introduzido pela primeira vez pela Maersk em 2013, quando o “Maersk McKinney Moller” de 18.340 TEU se juntou à sua frota, a capacidade Megamax atingiu 1,00 MTEUs em abril de 2017; 2,00 MTEU em julho de 2019 e 3,00 MTEU em outubro de 2021.

A partir de agora, no entanto, o próximo marco só é esperado em meados de 2028, à medida que o ritmo das encomendas de Megamax abrandou: com quase 200 em sua posse, as companhias marítimas impulsionaram projetos de expansão da frota através do Neopanamax Compact (335 m/14.000 TEUs) e Maxi (366 m/16.000 TEUs), bem como no mercado intermediário, onde os navios Panamax Replacement de 5.500 TEU e Compact de 8.000 TEU obtiveram inúmeras encomendas.

Atualmente, os Megamaxes dominam a rota Ásia-Norte da Europa/Mediterrâneo, onde 179 dos 186 navios estão em serviço. Combinados, representam 3,88 MTEUs de capacidade nesta rota, por sua vez, cerca de 54% dos 7,20 MTEUs de capacidade global implantada. Estes números ilustram que, apesar de alguns testes no Pacífico e noutros locais, esta classe de navios porta-contêineres, a maior do mundo, opera quase exclusivamente entre o Extremo Oriente e a Europa.

Na verdade, apenas sete estão em serviço entre o Extremo e o Médio Oriente. No passado recente, várias companhias marítimas já testaram as operações de navios Megamax nas rotas Trans-Pacífico, onde os principais portos de contentores dos EUA podem acomodar esta classe de tamanho. Distâncias de navegação mais longas e o fato de as escalas de navios de grande porte serem distribuídas de forma mais “igual” entre os principais portos (em comparação, por exemplo, com a Costa Oeste dos EUA, onde os navios costumam “dar meia-volta” depois de fazerem escala num único porto, tornando a Ásia -Rota Europa a mais ideal para navios Megamax. No entanto, a Alphaliner espera que alguns navios da classe MGX-23 entrem na rota comercial Ásia-Costa Leste dos EUA, mais cedo ou mais tarde.

Geraldo Alkmin embarca sábado para missão comercial na Arábia Saudita e China

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e comitiva formada por secretários e técnicos do Mapa embarcam, no próximo sábado (1º), para Arábia Saudita e China em missão oficial liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. 

Entre os compromissos, está a participação da VII Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), que será realizada nos dias 5 e 6 de junho, em Pequim. 

A missão oficial liderada pelo vice-presidente inclui uma comitiva de ministros, parlamentares e empresários, que, além dos compromissos com a Cosban, prevê agendas com investidores, líderes empresariais e autoridades dos governos dos dois países (Arábia Saudita e China). 

 

Suape registra desembarque recorde de mais de 5 mll veículos elétricos da BYD

O Porto de Suape (PE) registrou mais um recorde no Hub de Veículo com o desembarque de 5.459 automóveis de modelos variados da BYD, gigante mundial chinesa na fabricação de automóveis, caminhões e ônibus movidos a baterias elétricas. O navio Explorer Nº 1 BYD, construído pela própria empresa, atracou em Suape na segunda-feira (27) para realizar, no Cais 5, uma megaoperação de 48 horas que envolveu dezenas de trabalhadores. Essa é a maior operação de veículos importados já registrada na história do atracadouro, que tem 45 anos de fundação e configura como o sexto porto público mais movimentado do país.

Os detalhes da megaoperação foram anunciados, na manhã desta terça-feira (28), durante entrevista coletiva no centro administrativo da estatal portuária, que contou com a participação de jornalistas de todo o país. O encontro foi conduzido pelo diretor-presidente do Porto de Suape, Marcio Guiot, e pelo gerente-sênior Supply Chain (cadeia de suprimentos) da BYD, Leonardo Felippe. Após uma breve apresentação do complexo e do Hub de Veículos, os profissionais da mídia acompanharam a operação de desembarque dos veículos elétricos e conheceram as instalações da embarcação, que tem capacidade para transportar 7 mil automóveis.

“A escolha do Porto de Suape como porta de entrada para os carros elétricos da BYD é mais um case de sucesso do nosso hub de veículos, que expande, gradativamente, seu raio de alcance. É uma operação gigante e contínua que vai se repetir nos próximos meses, representando um incremento muito positivo para Pernambuco e para o Nordeste”, pontua o diretor-presidente da estatal portuária, Marcio Guiot.

"Estamos felizes pelo Explore Nº 1 BYD chegar, pela primeira vez, em solo brasileiro, representando o nosso avanço no setor do transporte e nossa expansão em mercados estrangeiros. E o Porto de Suape é um local estratégico para desembarcarmos nossos carros híbridos e elétricos que seguirão para consumidores de todo o país”, Tyler Li, presidente da BYD Brasil. 

Essa é quarta operação da BYD no atracadouro pernambucano, sendo a primeira no modelo ro-ro (carga embarcada e desembarcada de um navio utilizando as suas próprias rodas, incluindo automóveis, caminhões, tratores e reboques, ou com o recurso a plataformas específicas munidas de rodas). A primeira movimentação foi em 15 de abril, com 1.972 unidades. A segunda, em 1º de maio, com o desembarque de 695 veículos. A terceira ocorreu em 14 de maio, com 1.722 unidades.

Todos os modelos desembarcados no Terminal de Contêineres de Suape (Tecon) foram transportados da China até Suape em contêineres adaptados e em flat rack (equipamento usado para transporte ou armazenagem de cargas com excesso de altura e/ou largura), para que os automóveis chegassem ao porto pernambucano em perfeito estado.

Os automóveis permanecerão armazenados nos Pátios Públicos de Veículos de Suape até que a liberação e trâmites alfandegários sejam concluídos. Após essa etapa, os veículos seguem destino para concessionárias do Nordeste e de outras partes do país. “O incremento das operações do hub de veículos consolida a vocação logística de Suape, porto que se localiza num raio de 800 quilômetros de sete capitais da região (Recife, João Pessoa, Natal, Fortaleza, Maceió, Aracaju e Salvador)”, afirma o diretor de Desenvolvimento e Gestão Portuária de Suape, Rinaldo Lira.

O Hub de Veículos do Porto de Suape é o mais movimentado do Norte/Nordeste. Em 2023, registrou crescimento de 42% nas operações em relação ao ano anterior, totalizando 80.705 unidades, entre exportação, importação e transbordo. A estimativa para 2024 é bastante otimista e deverá ultrapassar a marca de 100 mil unidades.  Em 2022, a alta foi de 19% em relação a 2021, com a entrada/saída de 56.936 unidades.

A movimentação do Porto de Suape segue em alta. A estatal portuária registrou aumento de 3% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. No total, contabilizou 6.006.942 toneladas de carga no primeiro trimestre de 2024. O destaque ficou para a operação de veículos (aumento de 34%, com 21.298 unidades). O número de atracações também foi positivo, com a atracação de 383 navios, o equivalente a um crescimento de 4,1%.

 

Porto Itapoá bate a marca de 1 500 colaboradores e abre 130 novas vagas

 

O Porto Itapoá, no litoral Norte Catarinense, acaba de alcançar a marca de 1500 colaboradores, reflexo do crescimento acelerado que o Terminal do Norte Catarinense tem apresentado desde o início das operações, em 2011. Foi o Terminal de Contêineres de Uso Privado que mais cresceu no país em 2023.

E essa jornada de crescimento não para por aqui. Para atender os investimentos de R$ 815 milhões realizados na fase 3 de expansão, com a ampliação do pátio, armazém, e novos equipamentos, há a demanda por mais profissionais. São mais de 130 vagas disponíveis.

Com a expansão das operações o Porto Itapoá está buscando talentos para preencher as seguintes vagas:

·        Operador(a) de Equipamentos/Motorista CNH D ou E

·        Eletricista

·        Mecânico(a)

·        Técnico(a) em Mecânica

·        Técnico(a) em Elétrica

Para aqueles que quiserem fazer carreira em um dos maiores terminais portuários do Brasil e com um amplo pacote de benefícios, para participar da seleção devem cadastrar o currículo no site www.portoitapoa.com na área “Contato” e em seguida “Trabalhe Conosco”. No campo Cargo de Interesse poderá incluir no currículo quais vagas tem interesse de cadastrar.

O Porto Itapoá é um Porto para Todos: pessoas com deficiência ou reabilitados do INSS também podem participar do processo seletivo em todas as vagas.


 

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Construção de novo terminal graneleiro na província argentina de Santa Fé tem investimento de US$ 550 milhões


A Terminales y Servicios S.A. está realizando a construção, desde o final de março, de um novo porto agroindustrial na cidade de Timbúes, na província argentina de Santa Fé. O investimento é de cerca de US$ 550 milhões e segundo a empresa sua construção será consolidada como “um dos maiores centros de exportação agroindustriais do mundo”, relata a Dry Cargo Internacional.

O novo porto ficará localizado na foz do rio Carcarañá, que faz ligação com o Paraná. O terreno, já adquirido na sua totalidade, conta com todas as autorizações municipais e provinciais, bem como a aprovação do governo central. O investimento abrange a construção de cais, silos de armazenamento e obras associadas.

Uma vez operacional, o porto movimentará fertilizantes, bem como remessas de grãos e outros subprodutos de valor agregado. Juan Manuel Ondarcuhu, proprietário da Terminales y Servicios S.A., destacou a importância do atual ambiente econômico e político para promover o investimento.

Um representante do governo destacou ainda que, “em escala única no país, este projeto consolida Timbúes como um dos maiores centros de produção e exportação agroindustrial do mundo”. A Terminales y Servicios Portuarios SA já opera três portos em San Nicolás, San Pedro e Rosario, todos na Argentina.

 

Antaq apresenta projeto de concessão do Rio Madeira para possíveis investidores

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) apresentou, nesta semana, os detalhes do projeto de concessão do Rio Madeira para possíveis investidores. Esse é um dos empreendimentos considerados prioritários pela Agência.

Com a concessão, ficou pré-definido que somente será feita a cobrança de tarifa para a movimentação de cargas quando a concessionária começar a prestar o serviço. Em relação ao transporte de passageiros não haverá cobrança de tarifa.

A previsão de investimento para a hidrovia é de R$ 109 milhões. O contrato de concessão será de 12 anos, com possibilidade de prorrogação do prazo por igual período.

A expectativa é que o Rio Madeira transporte 400 mil passageiros ao ano já em 2026. Além disso, essa via também é fundamental para o escoamento de grãos produzidos em Rondônia e no Noroeste e Sudoeste do Mato Grosso, via BR-364.

A reunião foi conduzida pelo relator do projeto de concessão, Wilson Lima Filho. Além dele, estavam presentes os diretores Caio Farias e Alber Vasconcelos.

 

Governo do Peru autoriza importação de hemoderivados bovinos e suínos do Brasil

O governo brasileiro recebeu o anúncio, pelo governo do Peru, de autorização para exportação de hemoderivados bovinos e suínos do Brasil destinados à alimentação animal.  Hemoderivados são subprodutos da agroindústria utilizados como ingredientes em rações, para elevar o valor nutricional da dieta animal.

Essa é a terceira abertura de mercado no Peru para produtos agrícolas brasileiros em menos de seis meses. As exportações agrícolas brasileiras para o país ultrapassaram US$ 724 milhões no último ano, com destaque para produtos florestais, carne e soja.

No primeiro quadrimestre de 2024, foram comercializados cerca de US$ 208 milhões. Entre janeiro e maio de 2024, já foram abertos 46 mercados em 27 países, totalizando 124 novos mercados em 51 países desde o início do terceiro mandato do Presidente Lula.

Presidente da APS se inspira em soluções adotadas pelo Porto de Barcelona

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, foi recebido, nesta semana pelas autoridades responsáveis pelo Porto de Barcelona, na Espanha. Foram tratados temas de aumento da corrente comercial e de intercâmbio de boas práticas logísticas.

O Porto de Barcelona tem cinco milhões de M² de armazéns, que funcionam também como depósitos aduaneiros e temporários. Segundo Jordi Torrent, diretor de Estratégia e Comércio, Barcelona tem a vantagem de conjugar a eficiência de um grande aeroporto internacional e de linhas férreas conectadas entre vários países, com um porto tecnológico e estratégico no Mar Mediterrâneo.

Outra característica que chamou atenção foi a separação, no mesmo porto, do setor de navios de cruzeiros, em uma margem, dos berços de cargas, na outra. Os dois setores estão se expandindo sem conflitos entre si, permitindo também que Barcelona tenha um porto com grande visitação turística.

“Barcelona tem mais de 500 anos como Porto Organizado. O Porto de Santos completou 132 anos. Estamos aprendendo cada dia mais. Caminhamos para soluções similares, com o Parque Valongo, a transferência do terminal de cruzeiros e aperfeiçoamento logístico e tecnológico”, afirmou Pomini.

Nesta quarta-feira (29), o presidente da APS prossegue na agenda da Agenda Misión Inversa Puertos Brasileños Y Colombianos, com visita ao Porto de Valência, onde participará de mesa redonda sobre inovações portuárias e falará dos projetos neste sentido no Porto de Santos.

 

terça-feira, 28 de maio de 2024

Plano para reduzir emissões de carbono na Califórnia pode ter efeito contrário e paralisar a rede ferroviária de carga


Em 2023 o regulador de poluição do ar da Califórnia, conhecido como CARB, finalizou uma nova regra que exigiria que as ferrovias de carga do estado adotassem locomotivas com emissão zero para uso industrial até 2030 e para transporte regular até 2035. Agora solicita uma isenção da Agência de Proteção Ambiental para seguir em frente.

Tudo parece muito simples, mas na prática tem havido algumas complicações, destaca um artigo publicado na Bloomberg. Uma é que a nova tecnologia obrigatória não existe. Embora um grande número de fabricantes de locomotivas esteja experimentando projetos com emissão zero, nenhum deles conseguiu passar da fase de protótipo.

Mesmo que amanhã um operacional pudesse ser colocado em circulação comboios deste tipo exigiriam novos e enormes investimentos - especialmente em infra-estruturas de distribuição elétrica, em todos os tipos de topografia - que escapam em grande parte ao controlo dos caminhos-de-ferro.

A aplicação desta norma antes de o sistema ser viável “paralisará completamente a rede ferroviária nacional”, alertam no setor. O custo representa outro desafio. O CARB exigiria que as ferrovias fizessem um pagamento anual para um fundo fiduciário restrito, que iria para a conformidade regulatória. Esta contribuição não é insignificante: para as maiores ferrovias, o cumprimento das regulamentações de um único estado custaria cerca de 800 milhões de dólares anuais para cada uma, ou mais de 20% dos seus gastos totais atuais.

Os operadores pequenos podem simplesmente estar sem sorte: o CARB admite que um dos riscos desta regra é que “algumas destas empresas desapareceriam”. Além disso, novos custos poderiam ser repassados ​​aos clientes. Mas isso torna o esforço ainda mais equivocado. Os trens produzem cerca de um décimo dos gases de efeito estufa por tonelada/milha em comparação com os caminhões. Na medida em que esta regra induz as empresas a embarcar por via rodoviária em vez de ferroviária, na verdade irá agravar o problema que pretende resolver.

Além disso, as ferrovias, que produzem apenas 2% das emissões dos transportes nos Estados Unidos, não são o alvo apropriado para uma intervenção tão severa. Tal como muitos grupos ambientalistas reconheceram, estes deveriam ser considerados parte da solução. Deve também ser enfatizado que um imposto sobre o carbono evitaria todas estas complicações. A atual abordagem dos EUA às alterações climáticas – grandes subsídios, regulamentação fragmentada, muitas ilusões – é melhor do que nada, mas envolve desperdícios consideráveis.

Em contraste, um imposto sobre o carbono, neutro em termos de receitas e gradualmente crescente, estimularia o investimento em tecnologias verdes, induziria a inovação em todas as indústrias, evitaria a procura de renda, permitiria uma regulamentação simplificada e alinharia os incentivos do mercado livre com os objetivos climáticos a longo prazo. Reembolsar as receitas resultantes como um “dividendo climático” para os contribuintes comuns – de acordo com o artigo “poderia até ser um sucesso político”.

Caso contrário, as decisões políticas deverão concentrar-se nos benefícios alcançáveis, de acordo com a publicação. Um programa de investigação proposto pelo Departamento de Energia, que visa demonstrar um motor de locomotiva com emissões 50% mais baixas até 2030, seria um avanço significativo e é apoiado pelas ferrovias. Observa-se também que faria mais sentido impor normas mais rigorosas nos portos e estações ferroviárias, onde já são utilizados equipamentos com emissões zero. Além de financiar mais pesquisas em tecnologias como a propulsão por células de combustível de hidrogênio.

Por fim, a publicação salienta que, inevitavelmente, enfrentar as alterações climáticas exigirá muito trabalho e compromisso político. A imposição de padrões inatingíveis por decreto, por mais satisfatórios que sejam no curto prazo, apenas aumentará os custos, retardará o crescimento e alienará as partes interessadas necessárias.