A situação de insegurança em algumas zonas do Mar Vermelho e os consequentes desvios de navios através do Cabo da Boa Esperança estão obrigando as companhias marítimas a injetar tonelagem adicional nas suas redes. Essa demanda continua mantendo baixa a capacidade ociosa dos navios porta-contêineres.
No final de Abril, apenas 0,6% da frota global estava ociosa no sentido de “desempregada”. Apesar do grande número de novos navios, totalizando cerca de 1 MTEU de capacidade, entregues desde o início do ano, a oferta de capacidade continua bastante escassa. Atualmente, a frota de navios porta-contêineres pode ser considerada “plenamente empregada” e não há paralisação “estrutural”.
Além do Mar Vermelho, as atenções centraram-se no Estreito de Ormuz, onde o Irã deteve um navio operado pela MSC. Enquanto os navios mercantes continuarem a utilizar o estreito, esta região poderá tornar-se outro problema para as companhias marítimas, com efeitos imprevisíveis na navegação global e, portanto, na oferta e na procura.
Em 22 de abril, 65 embarcações estavam inativas, somando 181.185 TEUs. A frota inativa manteve-se estável desde o início de abril, com uma ligeira diminuição de cerca de 22.500 TEUs. Essa pequena redução decorre tanto da capacidade ociosa controlada pelas companhias marítimas quanto daquela controlada pelos armadores não operacionais (NOOs).
Entretanto, a capacidade do dique seco também permaneceu estável nas últimas duas semanas, com apenas uma ligeira flutuação ascendente de cerca de 14.000 TEUs. Totalizou 131 navios para um total de 536.776 TEUs. Isto representou 1,8% da capacidade da frota global, inalterado em relação à pesquisa anterior. Em comparação com a mesma semana do ano de 2022, quando 2,5% de toda a capacidade da frota estava em doca seca, o valor foi um pouco inferior, uma vez que as companhias marítimas priorizaram a manutenção dos navios em serviço.
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