terça-feira, 21 de maio de 2024

Exportações brasileiras de soja para a China recuperam o fluxo depois de um início de ano fraco

A BRS Dry Bulk anunciou que a difícil situação climática no Brasil não seria um impedimento para sinais de recuperação nas exportações de soja para a China após um início de ano bastante lento. Nos primeiros dois meses de 2024, as importações chinesas de soja atingiram o nível mais baixo em cinco anos, com uma queda homóloga de 20% em Março. Isto elevou as importações no primeiro trimestre para 18,58 milhões de toneladas, quase 11% menos que no mesmo período de 2013.

No entanto, os dados alfandegários chineses indicam que abril registrou um aumento anual de 18%, impulsionado principalmente pelas compras do Brasil. No total, a China importou 8,57 milhões de toneladas de soja em abril, o valor mais elevado registado para esse mês. Isto situou as importações de soja entre Janeiro e abril em 27,15 milhões de toneladas, uma ligeira diminuição de 2,9% em termos homólogos, reduzindo assim a diferença no primeiro trimestre.

Além disso, a competitividade dos preços brasileiros favoreceria essas importações em detrimento das provenientes dos Estados Unidos. Nesse sentido, a Guoyuan Futures informou que o preço CFR (custo e frete) da soja brasileira para entrega na China entre junho e agosto está entre US$ 505 e US$ 518/t, enquanto os embarques dos Estados Unidos estão cotados a US$ 538/t.

Espera-se que as importações de soja nos próximos dois meses permaneçam fortes, com uma média esperada de 11 milhões de toneladas em Maio e Junho. No entanto, o Brasil enfrenta desafios devido às fortes chuvas e enchentes que afetam a colheita e as entregas aos portos. A BRS Dry Bulk indica que se essas condições persistirem, poderá haver atrasos nas entregas e aumento nos custos de frete, o que poderá afetar a competitividade da soja brasileira em relação à soja norte-americana. Isso levaria a China a aumentar suas importações dos Estados Unidos durante o pico da temporada de exportação do Brasil, o que implicaria uma mudança na demanda por navios no Atlântico e na composição do transporte de grãos, impactando notadamente os segmentos Panamax-Kamsarmax e Handysize-. Ultramax.

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