quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Terminal de granéis em Honduras registra até dez navios esperando de 10 a 20 dias para atracar

O terminal de granéis sólidos de Puerto Cortés, operado sob a concessão da Logra-TEH, está sob pressão e reclamações de importadores porque não consegue atender rapidamente os navios que transportam cargas para Honduras. Inclusive, nos últimos dias, as câmaras de comércio de Tegucigalpa e San Pedro Sula e o Conselho Hondurenho de Empresas Privadas (Cohep) informaram que os importadores registram perdas milionárias devido a pagamentos desnecessários derivados da espera de navios na baía antes de atracar.

Nos últimos dias, até dez graneleiros aguardam para atracar porque o terminal não tem infraestrutura para atender vários ao mesmo tempo. E, os registros da Marine Tratfic indicam que alguns navios aguardam entre 10 e 20 dias na baía e depois passam pelo processo de desembarque que leva entre 2 e 8 dias, dependendo das toneladas transportadas.

O atraso excessivo obriga os importadores - dizem as organizações empresariais - a pagar até US$ 40 mil por cada dia que um navio opera na baía. Eles estimam que, entre janeiro e setembro, gastaram cerca de US$ 1,5 milhão, mais de US$ 1,4 milhão por estarem mais de 120 dias atrasados.

Mateo Yibrin, presidente da Colmo, alerta que a lentidão no terminal "está causando prejuízos a toda a indústria alimentícia, petrolífera, têxtil, porque custa ao importador da carga US$ 10 mil, US$ 20 mil ou US$ 30 mil por dia a mais e esse custo extra não é pago ao governo hondurenho, nem a alguém de Honduras, o dinheiro vai para as mãos da empresa proprietária do navio que está no exterior".

Com o longo período de espera, o terminal de granel hondurenho fica automaticamente fora de competição, pois, segundo a TrainForTrade, “o curto tempo no porto é um indicador positivo do nível de eficiência e competitividade comercial de um porto. Os países com os tempos de porto mais longos são principalmente países em desenvolvimento ou países menos desenvolvidos.

" Este terminal, em 2013 (quando o consórcio Logra -TEH obteve a concessão) recebeu 137 navios graneleiros. Desde então até 2019 (antes do Covid-19) registrou uma média de 137 berços anuais no cais. Apesar da paralisação econômica e comercial causada mundialmente pela pandemia, 160 chegaram em 2020 e 155 em 2021, segundo a Comissão Centro-Americana de Transporte Marítimo (Cocatram), órgão do Sistema de Integração Centro-Americana (Sica).

 

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