terça-feira, 6 de setembro de 2022

Maersk anuncia investimentos de US$ 300 milhões na América Latina nos próximos 12 meses na ampliação de armazéns e frotas


O CEO da Maersk, Soren Skou, anunciou em Santiago do Chile, entre outros assuntos relacionados ao setor, que os lucros que estão registrando atualmente permitem distribuir dividendos aos seus acionistas e também fazer investimentos. Nesse sentido, destacou que pretendem desembolsar mais de US$ 300 milhões nos próximos 12 meses em seus mercados da costa oeste da América Latina, formado por Equador, Peru, Bolívia e Chile, em ampliações de armazéns e caminhões de frotas. Isso é para atender à demanda atual e se preparar para o crescimento futuro, informou o diário El Mercurio. O Chile concentrará parte relevante desses investimentos, pois capturará 50% desse valor.

“Considerando a presença que vemos no Chile em frutas, alimentos perecíveis, congelados, vamos ter um foco maior na parte fria e garantir que tenhamos conexões com caminhões e por via aérea. Conecte-se da embalagem ao resto do mundo”, disse o executivo. Um dos investimentos recentes da Maersk no Chile foi feito em Teno, por US$ 400.000, em instalações para atender o setor de frutas, conectando clientes das regiões de Maule e O'Higgins com San Antonio e Valparaíso. Por outro lado, a empresa de navegação tem como meta atingir a descarbonização de toda a sua operação até 2040. 

Nesse sentido, o executivo garantiu que tem interesse em participar dessa área de energia no país e destacou que o Chile tem "história na geração de metanol. Como empresa, estamos dispostos a firmar contratos com essas empresas para que possam vender sua geração de energia e, com isso, o projeto se torna mais viável, porque eles vão ter que pedir um empréstimo. Mas da mesma forma gostaríamos de participar como investidores neste tipo de projeto”.

Ele acrescentou que “para gerar esse tipo de projeto, você precisa de sol, vento e terra, e o Chile tem tudo isso. Requer-se apenas pessoas dispostas a investir nesse tipo de plano e que achem que o país oferece segurança jurídica para que, ao longo do tempo, esse investimento tenha regras claras do jogo”. Sobre se a Maersk já tem iniciativas em energias específicas para as quais pretende entrar no país e em que termos o faria, o CEO da empresa de navegação especificou que "nada está finalizado, mas existem várias discussões que estão a ser realizadas sobre estas projetos que estão sendo desenhados”.

O grupo dinamarquês tem experiência em investimentos no Chile: entre 2015 e 2018, por meio da Maersk Container Industry, operou uma fábrica de contêineres refrigerados em San Antonio, que fechou para consolidar esse tipo de produção na China. Mas também se especulou que a demissão se deveu ao efeito de uma extensa greve dos trabalhadores.

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