segunda-feira, 23 de maio de 2022

Unidade flutuante de armazenamento e regaseificação em Bahia Blanca vai funcionar até final de agosto

A partir desta semana até 31 de agosto, estará operando uma unidade flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU, na sigla em inglês) que a Argentina contrata durante os meses de inverno para cobrir os picos de demanda de gás. Exceto durante os anos de 2019 e 2020, o porto de Ingeniero White, Bahía Blanca, localiza nesta época do ano, desde 2008, este tipo de embarcação (FSRU) que permite a injeção de gás no sistema de gasodutos, informou o La Nación . .

Além disso, no porto de Escobar existe outro FSRU que, desde 2011, ali se mantém durante todo o ano. O navio tem capacidade de regaseificação de 22 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), superior à capacidade de 15 milhões do navio Bahía Blanca. Ambos os navios são operados pela empresa norte-americana Excelerate, que possui uma frota de 11 navios semelhantes em todo o mundo.

Em detalhe, durante a manhã de 20 de maio, iniciou-se em Bahía Blanca o descarregamento do primeiro dos sete carregamentos de GNL adquiridos pela estatal Energía Argentina. Além disso, concordou com mais 11 embarques para descarregar em Escobar. No total, foram premiados 18 navios, número inferior aos 47 que já tinham adquirido para esta mesma altura do ano em 2021

Em 24 de maio, a Energía Argentina convocou uma nova licitação para comprar mais 13 embarques: nove para Escobar e quatro para Bahía Blanca. Dessa forma, terão sido contratados 31 navios, quantidade muito inferior aos 70 que estavam previstos para serem adquiridos para este ano com base na demanda que se espera suprir a reativação econômica.

No inverno passado, a Energía Argentina comprou 56 carregamentos de GNL para todo o ano a um custo total de US$ 1,1 bilhão, a um preço médio do gás de US$ 8,33 por milhão de BTU. A saída da pandemia fez com que os preços do gás disparassem antes mesmo da invasão da Ucrânia pela Rússia. Os menores investimentos realizados na produção de gás no pior momento da COVID-19 afetaram a oferta disponível, que não correspondeu à reativação da demanda. Em janeiro passado, o preço do gás já estava em torno de US$ 23 por milhão de BTU, muito acima dos valores de 2021. Então, a guerra fez com que os preços disparassem para um novo mínimo de US$ 40.

Vale destacar que os 18 navios contratados neste momento têm um custo aproximado para o Estado de US$ 1.600 milhões, superior aos US$ 1.100 milhões que custaram os 56 embarques de GNL adquiridos em 2021. No mercado estimam que o faturamento total este item no inverno não cairá abaixo de US$ 3 bilhões.

 

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