segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Primeira taxa global de carbono sobre consumo de combustível por navios não deverá ser aprovada


Um pequeno imposto baseado em CO2 sobre o consumo de combustível por navios não deverá ser aprovado. Embora o valor proposto seja baixo, a taxa é significativa porque seria a primeira taxa global obrigatória de carbono "com base em uma taxa", de acordo com o Banco Mundial. O plano foi debatido na quarta-feira, 24 de novembro, em conversações internacionais e, diante das preocupações de muitos países, foi provisoriamente adiado para uma futura reunião, informou a Bloomberg.

O plano, apoiado por vários países e pela International Chamber of Shipping (ICS), não é visto como um imposto e não tem como objetivo alterar o comportamento das companhias marítimas. A ideia é levantar cerca de US$ 5 bilhões para pesquisa e desenvolvimento de combustíveis limpos e sistemas de propulsão para transporte marítimo internacional que funcionam quase exclusivamente com petróleo e expelem mais CO2 na atmosfera do que a Alemanha e a Holanda juntas.

A suspensão de um plano de tarifas minúsculo destaca os desafios que a navegação enfrenta na descarbonização. Qualquer imposto sobre o CO2 explicitamente criado para realmente mudar o comportamento dos remetentes e preencher a lacuna de preços entre os combustíveis marítimos à base de petróleo e alternativas mais limpas seria muito mais caro. Maersk e Trafigura, dois grandes players do setor, propuseram números centenas de vezes maiores.

Os pagamentos propostos neste plano são equivalentes a US $ 2 por tonelada de bunker derivado do petróleo, menos de 0,5% do custo do óleo combustível com muito baixo teor de enxofre, um combustível comum, no hub europeu de Rotterdam. O preço do CO2 de 62,4 centavos por tonelada é a base para a taxa, o que significa que qualquer navio que queima combustíveis com baixo teor de carbono - como o GNL - pagaria menos por tonelada consumida.

 

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