terça-feira, 21 de setembro de 2021

Rumo investirá R$ 11,2 bilhões na construção de ferrovia estadual de 730 quilômetros em Mato Grosso

A Rumo Logística firmou contrato com o governo de Mato Grosso nesta segunda-feira(20) para construir uma ferrovia estadual de 730 km. A companhia revelou que o investimento será de cerca de R$ 11,2 bilhões na obra, que deverá estar concluída até 2030.

O novo trecho vai interligar Rondonópolis e as cidades agrícolas Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, no norte do estado, à capital Cuiabá. O trajeto se conecta à malha ferroviária nacional em direção ao Porto de Santos (SP). As obras acontecem sob o regime de autorização e devem iniciar no segundo semestre de 2022, de acordo com Mauro Mendes, governador de Mato Grosso.

O projeto é importante para o escoamento de commodities como soja, milho e farelo para o Porto de Santos, bem como para o transporte de fertilizantes para o norte do estado e de etanol de milho para o Sudeste. O novo trecho também visa acelerar a chegada de diesel e outros produtos necessários para a safra da região, principal produtora de grãos do país.

"Criaremos uma conexão com Cuiabá e com o centro industrial do país, que é São Paulo. Esse mercado interno também passa a ser fomentado", disse Beto Abreu, presidente da Rumo, a jornalistas nesta segunda. Além das commodities, ele citou o consumo varejista de carnes congeladas, que saem de contêineres do estado em direção a São Paulo.

A redução da emissão de carbono, o transporte de matérias-primas industriais, além das commodities, e redução de custos no médio prazo foram os principais pontos citados por Mendes ao firmar o contrato com a Rumo.

"Em Lucas [do Rio Verde], já tenho a informação que uma empresa vai anunciar concomitantemente um investimento gigantesco na área de etanol. Por quê? Porque ela já está enxergando a oportunidade de pegar o etanol e transportar isso para os grandes centros de consumo a um custo muito mais barato", destacou o executivo.

O contrato com a Rumo, que pertence à Cosan, é de autorização para implantação, operação e exploração privada da ferrovia pelo prazo de 45 anos, com possibilidade de renovação de mais 45 anos para todos os serviços correlatos. Trata-se da primeira ferrovia estadual, sem interferência federal.

 

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