A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade
Portuária de Santos) fechou o mês passado com um lucro de R$ 20,855
milhões, segundo balancete patrimonial divulgado nesta semana.
O levantamento considerou o total faturado e o despendido desde o
início do ano até o mês em questão.
É a segunda vez neste exercício que a empresa registrou um superávit
em sua contabilidade mensal – a primeira foi com as contas de outubro.
Conforme o balancete, a receita líquida somou R$ 780,885 milhões e a
operacional, R$ 47,814 milhões.
Em meio à queda de investimentos em razão da crise econômica, o
ano de 2017 no setor de infraestrtura foi marcado pelo anúncio de um
amplo programa de privatizações e de busca da revisão do marco legal de
diversos setores, entre eles o de energia, aeroportuário, petróleo e
mineração.
Com o ajuste fiscal, diversos sofreram cortes
de investimentos como: Minha Casa, Minha Vida, que perdeu 71% (R$ 3,7
bilhões) do orçamento previsto para o ano (R$ 5,2 bilhões); os
investimentos para a conservação de estradas tiveram um corte de 50%,
ficando em R$ 10,9 bilhões; e o Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) que perdeu R$ 13 bilhões em relação ao orçamento previsto para o
ano de R$ 36 bilhões, o que representa queda de 36%.
Na área de
telecomunicações, o ano foi marcado pela disputa em torno da recuperação
judicial da Oi. Também houve a tentativa do governo de leiloar parte do
satélite geoestacionário de defesa e comunicação, lançado em maio, e
pelo anúncio de mudanças nas regras da banda larga de internet.
No
que diz respeito à geração de energia, o ano foi de aperto, com baixo
nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Por isso, ao longo do
ano, houve sucessivos aumentos na tarifa de energia elétrica. Por outro
lado, a escassez dos reservatórios abriu margem para o aumento da
participação da energia solar e, especialmente, a eólica na geração de
eletricidade no país. Privatizações
Em agosto, o governo anunciou um pacote de privatizações
com o objetivo de melhorar o caixa da União e estimular a economia. No
total, foram anunciadas a privatização de 57 projetos de venda de
empresas e parcerias público privada.
O governo decidiu colocar à
disposição da iniciativa privada a administração de 14 aeroportos, 11
lotes de linhas de transmissão, 15 terminais portuários, além de parte
da Eletrobras. A expectativa de arrecadação, a partir de 2017, é de
cerca de R$ 44 bilhões ao longo dos anos de vigência dos contratos. Telecomunicações Brasília - Primeiro satélite geoestacionário brasileiro para defesa e comunicações estratégicas foi lançado em maio Marcello Casal Jr/Agência Brasil O
ano começou com a devolução ao Senado Federal do Projeto de Lei da
Câmara (PLC) 79/2016 que dispõe sobre o marco regulatório do setor de
telecomunicações. A principal mudança foi no regime de concessão, onde
as operadoras têm a obrigação de cumprir determinados compromissos,
especialmente em telefonia fixa. Pelo regime de autorização, não existe
essa contrapartida.
O projeto, aprovado no final do ano passado,
foi criticado por organizações da sociedade civil por, segundo elas,
colocar em risco a infraestrutura estratégica e tornar os serviços ainda
mais caros, sem previsão quanto à melhoria da qualidade.
O
texto, aprovado em comissões do Senado e sem passar pelo plenário,
chegou a ser remetido para a sanção presidencial. Mas uma decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) determinou em outubro, em caráter
definitivo, o retorno do texto ao Senado para que seja votado no plenário da Casa.
Em maio, o Brasil colocou em órbita
o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC), projetado
para aumentar a oferta de internet banda larga no Brasil, especialmente
em áreas remotas, e também para uso da comunicação estratégica das
Forças Armadas.
Desde antes do lançamento, o governo havia
manifestado a intenção de privatizar parte da banda do satélite a cargo
da Telebras. No entanto, após sucessivos adiamentos, o leilão que ocorreu em novembro terminou sem nenhum interessado.
Com isso, o governo teve que retomar a responsabilidade da Telebras de levar banda larga
às escolas, postos de saúde, hospitais e postos de fronteira,
especialmente na região amazônica e em outras regiões de baixa densidade
demográfica, prevista no Plano Nacional de Banda Larga. A previsão é de
que os trabalhos tenham início no primeiro semestre de 2018.
Outro
ponto que mobilizou o setor de telecomunicação foi o processo de
recuperação judicial da Oi. Iniciado em junho de 2016, a disputa em
torno dos rumos da maior opradora de telefonia do país terminou na
segunda quinzena de dezembro, quando a assembleia de credores aprovou o plano de recuperação judicial da empresa.
Com
dívidas acumuladas de mais de R$ 64 bilhões junto a 55 mil credores
entre pessoas físicas e jurídicas, a Oi conseguiu costurar um acordo
trocando boa parte das dívidas com seus credores por participação no
capital da companhia, além de garantir um aporte de R$ 4 bilhões em seu
capital.
Durante esse período, a Oi travou uma intensa disputa
judicial com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em torno
de uma dívida de cerca de R$ 14 bilhões em multas e créditos
tributários.
A Anatel lutou na Justiça para que o montante fosse
retirado da dívida da empresa. Para resolver o impasse com as multas da
Anatel, o governo, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), chegou a
considerar uma medida provisória que permitisse o parcelamentos dos
créditos. Mas a iniciativa foi descartada.
Diante do resultado da
assembleia, a Anatel, que votou contra o plano de recuperação, disse
que recorrerá judicialmente assim que sair a homologação da proposta
pela Justiça e continuará cobrando juros das multas em atraso. Aeroportos Bahia - A concessão do Aeroporto Internacional de Salvador foi leiloada no primeiro semestre do ano Imagem de divulgação/Infraero No
caso do setor aeroviário, o ano teve avanço em relação à forte retração
sofrida em 2016. Em 2017, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac)
estima que serão transportados 201,3 milhões de passageiros, o que
representa aumento substantivo se comparado ao total de passageiros que
passaram pelos aeroportos brasileiros em 2016, que foi de 109,6 milhões.
No
primeiro semestre, para garantir investimentos ao setor, o governo
decidiu entregar à iniciativa privada os aeroportos de Fortaleza,
Salvador, Florianópolis e Porto Alegre. Os aeroportos foram leiloados por R$ 3,72 bilhões em todo o período da concessão, cerca de 23% acima do valor esperado pelo governo, de R$ 3,014 bilhões.
Ainda
assim, houve a devolução da concessão do Aeroporto de Viracopos, em
Campinas (SP), em um movimento similar ao que ocorreu com a concessão da
BR-040. Em julho, a Aeroportos Brasil Viracopos (ABV), que administra o
aeroporto, devolveu a concessão
por conta das dificuldades financeiras e da frustração da demanda do
fluxo de passageiros e de cargas. Com isso, a expectativa é de que o
governo realize nova licitação de Viracopos.
Mesmo com esse
quadro, o final do ano trouxe algum alívio para os cofres do governo,
uma vez que os valores arrecadados com as concessões dos aeroportos e a
reprogramação do pagamento das outorgas assumidas pelas concessões dos
aeroportos de Brasília, Rio de Janeiro (Galeão), Guarulhos e Natal (São
Gonçalo do Amarante) geraram um bom aporte de recursos. A reprogramação
de valores atrasados devidos arrecadou R$ 4,4 bilhões relativos a
dívidas de outorgas passadas e adiantamento de pagamentos futuros.
Outro ponto que mobilizou o debate no setor é a proposta para permitir a abertura
de 100% do capital das companhias aéreas brasileiras ao investimento
estrangeiro. Pela legislação atual, estrangeiros só podem ter até 20% de
uma empresa aérea.
Desde 2016, o governo sinalizava o apoio à
proposta - um projeto de lei chegou a ser apresentado ao Congresso
Nacional, mas diante da falta de consenso, o governo recuou. Brasília
- Fiscais do Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) realizam
fiscalização sobre cobrança de bagagens pelas companhias aéreas Marcelo Camargo/Agência Brasil
Prevista
para entrar em vigor em março, a resolução da Anac que autorizou a
cobrança pelo despacho de bagagem extra foi suspensa por uma liminar. A
decisão foi cassada em abril. Com o fim da franquia de bagagem prevista antes da resolução, de 23 quilos por passageiro em voos nacionais, as companhias passaram a cobrar, desde junho, pelo despacho de bagagem extra.
A medida causou polêmica. As empresas e a Anac defenderam a mudança
sob o argumento de que ela possibilitaria diminuir o preço das
passagens para o consumidor. Entidades de defesa do consumidor se posicionaram contra a iniciativa.
Em
setembro, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) divulgou
dados de uma pesquisa que sinalizariam uma queda entre 7% e 30% no preço
da tarifa.
Os números foram questionados e, em outubro, o Ministério da Justiça, por meio do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) determinou a abertura de processo administrativo contra a Abear.
A
decisão se baseou em investigação preliminar, no início do mês pelo
departamento, que concluiu haver “indícios de infração”. O processo pode
resultar, caso a condenação ocorra, em multa de até R$ 9,5 milhões. Rodovias Brasília
- Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o
Exército realizam pesquisa sobre as condições de tráfego nas rodovias
brasileirasMarcello Casal Jr/Agência Brasil No
que diz respeito ao setor rodoviário, a avaliação é de que 2017 foi um
ano de “otimismo cauteloso”, apesar da “baixa confiança na gestão
econômica do país”. O ano também foi marcado pela ameaça de devolução de
concessões de rodovias e baixo investimento na malha viária.
As
concessionárias se queixavam de queda na arrecadação dos pedágios em
razão da diminuição do tráfego de veículos e ameaçaram devolver as
rodovias.
Em razão da não realização de obras previstas, em
agosto, o governo decretou a caducidade do contrato da Galvão Engenharia
na BR-153, que corta Goiás e Tocantins, e tomou de volta, pela primeira
vez na história, uma concessão.
Para injetar ânimo no setor,
logo após o anúncio da Invepar, controladora da Concessionária BR-040
S.A. (Via 040), de que devolveria ao governo a concessão de um trecho de
936 quilômetros da rodovia BR-040 entre Brasília e Juiz de Fora (MG), o
governo editou medida provisória
que ampliou o prazo mínimo para os investimentos obrigatórios nas
rodovias (duplicação) de cinco para até 14 anos, entre outras mudanças.
A
medida serviu para beneficiar pelo menos, as concessões da BR-262, que
previa a duplicação no trecho entre Nova Serrana, no Centro-Oeste de
Minas, e Uberaba, no Triângulo Mineiro. A expectativa de que também
serão beneficiados os contratos da ECO 101, trecho da BR-101 que corta o
Espírito Santo e a Bahia; MGO, que corta a BR-050 entre Minas Gerais e
Goiás; dois trechos da BR-163, o MS Via, que corta o Mato Grosso do Sul,
e o Rota Oeste, em Mato Grosso; o Concebra, que abrange as BRs 060, 153
e 162 e corta Minas, Goiás e o Distrito Federal.
Já o no que diz
respeito ao transporte de cargas, um levantamento com empresas do setor
mostrou que o desempenho em 2017 foi pior do que o esperado, segundo
31,9% das empresas. Além disso, 19,7% dessas transportadoras
apresentaram queda de receita em 2017. Mesmo assim, o ano terminou com
uma discreta retomada nas atividades. A constatação vem do aumento na
produção de veículos de transporte. Energia Brasília - Em outubro, as tarifas de energia chegaram ao patamar mais elevado, com aplicação da bandeira vermelha patamar 2Marcelo Camargo/Agência Brasil O
ano de 2017 manteve o mesmo quadro dos últimos quatro anos no que diz
respeito à geração de energia por meio de hidrelétricas: poucas chuvas,
diminuição do volume dos reservatórios e consequente aumento no preço de
tarifas.
Na média, as tarifas devem fechar o ano com alta de
14%. Em razão da baixa nos reservatórios, o governo subiu gradualmente o
valor da tarifa, chegando ao maior patamar
em outubro, quando foi aplicada a bandeira tarifária de cor vermelha
patamar 2, que implica a cobrança de taxa extra nas contas de luz de R$ 5
a cada 100 kWh consumidos, após reajuste anunciado em novembro.
Em
dezembro, em razão do início do período chuvoso e de melhora no nível
dos reservatórios, foi aplicada a bandeira vermelha, mas no patamar 1,
com custo um pouco menor, de R$ 3,00 a cada 100 kWh (quilowatts-hora)
consumidos. A expectativa é de que em janeiro seja aplicada a tarifa
amarela, com custo ainda menor.
Apesar da situação, o Operador
Nacional do Sistema (ONS) afirma que a perspectiva de que 2018 será
melhor do que o ano de 2017 em termos de oferta de energia. Segundo o
ONS, não há risco de desabastecimento.
De acordo com o ONS, a
expectativa é que este ano o nível dos reservatórios do Sudeste,
responsáveis por 80% da produção hidrelétrica nacional fiquem num
patamar de 22% da capacidade. No próximo ano, devem atingir a marca de
51% de utilização.
Entre as razões para o incremento na produção
de energia estão o aumento da produção na usina hidrelétrica de Belo
Monte, além das usinas eólicas e solar. Em franca expansão, o setor de energia eólica foi um dos que mais se desenvolveu, chegando a ser responsável por mais de 60% da energia que abasteceu a demanda média da Região Nordeste em 2017.
Já no caso da usinas fotovoltaicas a expectativa do segmento também é promissora.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), nos
próximos 15 anos, a matriz fotovoltaica deve atingir 30 GW, superando em
três vezes a produção de Itaipu.
O governo comemorou ainda os resultados obtidos com os leilões de energia e o pagamento de R$ 12,1 bilhões dos leilões para renovar a concessão de quatro usinas hidrelétricas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
O anúncio da privatização da Eletrobras, dentro do megapacote apresentado pelo governo em julho, também gerou forte expectativa no setor. Segundo
o Ministério de Minas e Energia (MME), o valor patrimonial da
Eletrobras é de R$ 46,2 bilhões e o total de ativos da empresa soma R$
170,5 bilhões.
O ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, Moreira Franco, chegou a estimar que o projeto seria
enviado ao Congresso até o dia 22 de dezembro, quando começa
oficialmente o recesso parlamentar, mas a medida ficará para o próximo
ano. Óleo e gás Brasília - O preço da gasolina passou dos R$ 4 e o do botijão de gás superou os R$ 80 Marcelo Camargo/Agência Brasil No
segmento de óleo é gás, o consumidor sofreu com os sucessivos ajustes
no preços dos combustíveis e do gás de cozinha. A gasolina chegou a
custar mais de R$ 4 nas bombas dos postos e o gás ultrapassou os R$ 80.
Por
outro lado o governo comemorou os resultados dos leilões de petróleo,
quando arrecadou mais de R$ 16 bilhões em bônus de outorga – o direito
pago pelas empresas para explorar campos de petróleo e gás no Brasil.
Desse montante, R$ 6,15 bilhões vieram do pré-sal.
Ainda o setor,
em novembro, o Congresso aprovou a medida provisória que prevê novas
regras tributárias para o setor de petróleo, como a suspensão do
pagamento de alguns tributos, entre eles o Imposto de Importação, o
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o PIS-Pasep Importação e o
Cofins Importação.
De acordo com o governo, o objetivo é
estimular a participação de companhias em licitações de blocos. A
proposta beneficia empresas que atuam na exploração e produção de
petróleo no país. O governo editou ainda uma medida um decreto
prorrogando o Repetro por 20 anos, de 2020 para 2040.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, voltou a dizer que o governo
brasileiro não se opõe a uma eventual parceria comercial entre a Embraer
e qualquer outra fabricante de aeronaves internacional, mas que a
manutenção do controle acionário da empresa brasileira é uma questão de
preservação da soberania nacional.
Além disso, a hipótese de a
empresa ser dividida entre produção de aviões comerciais e militares, a
fim de permitir a venda de uma parte dela que não inclua os projetos de
defesa, também está fora de cogitação do governo, segundo afirmou. A Embraer investe na construção de aviões militares, como o cargueiro KC-390 Divulgacao Embraer - Todos Direitos Rerservados “Há
um núcleo da empresa, o de defesa, que é inalienável, porque aí tem
soberania nacional, projeto nacional autônomo. Esta é a nossa
preocupação, a do presidente Temer, do Ministério da Defesa e da FAB
[Força Aérea Brasileira]. Fora esse aspecto, não nos diz respeito. Se é
fusão, participação, articulação, é um problema do conselho de
administração da Embraer”, comentou Jungmann.
O ministro lembrou
que a empresa desenvolve inúmeros projetos de interesse estratégico para
o país, como o sistema de controle espacial brasileiro; a arquitetura
do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) e o reator
multipropósito que será usado no projeto do submarino nuclear
brasileiro.
“A Embraer é o coração de um cluster
[uma zona que concentra empresas integradas entre si] de tecnologia,
inovação e conhecimento. Nenhum país do mundo abre mão do controle de
uma empresa como esta”, declarou o ministro.
Desde que a Embraer foi privatizada, em 1994, o governo brasileiro detém uma ação, a chamada golden share,
que lhe concede poder de vetar várias decisões, como uma eventual
proposta de venda ou fusão da companhia; a interrupção de projetos
militares; e a exportação de tecnologia sem a anuência do governo.
O
ministro disse que, mantido o controle acionário nacional, não é
contrário à fusão da fabricante nacional com outra internacional, já que
isso estaria em consonância com o processo de concentração verificado
no mercado mundial.
Jungmann revelou que o governo já solicitou
ao seu representante no conselho de administração da Embraer que
solicite informações sobre as eventuais conversas entre representantes
da empresa e da norte-americana Boeing. A razão, segundo o ministro, é
que o estatuto da companhia estabelece que qualquer negociação que
atinja os direitos do governo brasileiro deve ser previamente comunicada
ao Ministério da Defesa – o que, segundo o ministro, não ocorreu.
“Não
estou afirmando que isso ocorreu [negociação], mas se aconteceu
qualquer avanço de sinal, vamos querer esclarecimentos”, acrescentou
Jungmann. No último dia 22, o presidente Michel Temer já tinha se posicionado contrariamente
à possibilidade de a Embraer ser vendida à Boeing.
“Toda parceria é
bem-vinda. O que não está em cogitação é a transferência do controle”,
disse Temer na ocasião. Na véspera, as duas empresas haviam informado,
por meio de um comunicado conjunto publicado pela Comissão de Valores
Mobiliários dos Estados Unidos, que estão negociando uma “potencial
combinação” comercial cujas bases ainda não estavam definidas e cuja
evolução não está garantida. “Não há garantias de que estas discussões
resultarão em uma transação”, informava o texto.
As montadoras de carros aguardam a reforma tributária argentina que incluíra mudanças nos impostos internos sobre os veículos novos de maior preço. A expectativa é de uma baixa de preços em torno de 7%.
No Porto de Zárate, próximo a Buenos Aires, cerca de dez mil veículos estão parados a espera da alteração tributária. Só a Volkswagen, líder do mercado local, com 16% de participação, tem 1.600 caros nesta situação, segundo a Noticiasyprotagonistas.com
ciasyprotagonistas.com.
A nacionalização de veículos automotores está paralisada devido aos custos de impostos que ficarão menores com a entrada em vigor da nova norma. As companhias esperam pela definição antes de embarcar as unidades que se encontram no terminal para as concessionárias.
. Para as empresas, manter os carros nos depósitos portuários há um custo adicional importante. Grande parte do estoque de veículos encontram-se há várias semanas, praticamente desde o anúncio do governo sobre as novas tarifas, esperando pela baixa na tributação em Zárate, o principal terminal movimentador de carros do país.
A isto, soma-se o fato de que esta época do ano é de grande fluxo de ingresso de carros porque normalmente ocorre um aumento na demanda por causa da alta no preço do dólar. A expectativa era de que o decreto saísse dias atrás, mas o anúncio acabou sendo adiado para essa semana, quando, então, os carros parados nos depósitos receberão luz verde para serem vendidos.
A equipe responsável pela remoção dos contêineres que caíram do navio
Log-In Pantanal, em agosto, ganhará reforços. Novos equipamentos e
técnicos norte-americanos foram contratados e chegarão ao Brasil na
segunda semana de janeiro. Esta é a previsão da Log-In, a armadora
responsável pelas caixas metálicas.
A informação é da agente ambiental federal do Instituto Brasileiro de
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Ana Angélica Alabarce, que
acompanha os trabalhos de remoção dos contêineres na região. Segundo
ela, nove caixas metálicas foram removidas do fundo do mar, enquanto
outras dez já foram mapeadas.
“Nove contêineres saíram e dez estão certos de serem retirados assim
que chegar esse novo equipamento. As buscas continuam e os mergulhadores
têm avançado nos trabalhos”, destacou a representante da Autoridade
Ambiental.
Dos 46 contêineres que caíram no mar, oito acabaram boiando – e
desses, quatro foram removidos pela empresa. As outras quatro caixas
metálicas foram saqueadas. Em seguida, a Log-In iniciou o rastreamento
do leito marítimo da região, com o objetivo de identificar onde os
demais 38 contentores caíram no mar. Com o resgate de nove, ainda faltam
29.
Esta é a segunda vez que a Log-In muda de estratégia e decide
reforçar os trabalhos. Em outubro, a armadora contratou especialistas
internacionais e ampliou o número de técnicos destacados para o serviço.
Entre eles, estava um norte-americano que atuou no resgate do navio de
passageiros Costa Concordia, que naufragou na Itália em 2012.
Segundo a agente do Ibama, as empresas especializadas que vão começar
a trabalhar pediram R$ 50 milhões pelo serviço. O valor leva em conta o
deslocamento dos técnicos e a os novos equipamentos que serão
utilizados.
Ana Angélica disse que a ideia é mudar a estratégia da operação. Os
contêineres estavam sendo removidos com cabos de aço que,
constantemente, se rompiam durante os trabalhos. Para isso, já foi
iniciado o deslocamento de um equipamento que conta com garras que farão
a retiradas das caixas metálicas.
A agente explicou que o Ibama recebe relatórios semanais sobre os
trabalhos de remoção dos contêineres. Além disso, ela faz contatos
telefônicos diários com os técnicos responsáveis pelo serviço.
“Tivemos uma reunião na semana passada quando eu os adverti para que
eles (os responsáveis pela Log-In) não se esqueçam que, no dia 27 de
janeiro, terminará o prazo para nós lavrarmos o auto de infração. Aí,
não tem como escapar”, destacou Ana Angélica.
A armadora poderá ser multada pelos danos ambientais causados com a
queda dos contêineres no mar. Mais de quatro meses após o acidente, as
caixas metálicas que foram retiradas do fundo do mar já estavam sendo
tomadas por animais marinhos.
Em 11 de agosto, após realizar suas operações no terminal Embraport,
na Área Continental de Santos, o navio conteineiro Log-In Pantanal
aguardava na Barra para retornar ao complexo, a fim de carregar cargas
na Brasil Terminal Portuário (BTP), na região da Alemoa. Enquanto
esperava para atracar, enfrentou uma forte ressaca e 46 contêineres que
estavam no convés caíram no mar, na costa da Ilha de Santo Amaro
(Guarujá).
As cargas dos contêineres se espalharam por um raio de 500
quilômetros, atingindo praias da região e até áreas de preservação
ambiental. Em Guarujá, além de produtos, foram vistos contêineres
boiando nas praias.
O Porto de Suape apresentou crescimento na movimentação de todos os
tipos de cargas em novembro, em comparação com o mesmo mês de 2016. O
maior destaque foi para a operação de contêineres, que registrou a maior
movimentação mensal da história do atracadouro, com 42.444 TEUs
(unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). O recorde, até então,
havia sido computado em outubro de 2011, com 41.971 TEUs.
Somando-se todas as cargas, o total movimentado em novembro chegou a
2.311.853 toneladas (2ª melhor do ano, atrás de outubro). Um crescimento
de 31% em relação ao mesmo período de 2016. Os veículos somaram 9.657
unidades, a segunda melhor marca do ano, e 86% a mais que novembro de
2016.
Os granéis líquidos e gases (combustíveis, óleos, produtos químicos,
derivados de petróleo, etc.) registraram 39,5% de aumento em relação ao
penúltimo mês de 2016, alcançando 1.715.539 de toneladas. Os sólidos
também apresentaram crescimento, fechando o mês com 42.608 toneladas e
158% de incremento. A carga geral atingiu um percentual de 8% a mais e
somou 553.706 toneladas.
Entre os grupos de mercadorias que mais circulam pelo porto, os
cereais, principalmente trigo, foram os que obtiveram um maior
crescimento no comparativo mensal. No mês passado, foram 42.608
toneladas ante 16.500 toneladas em novembro de 2016. Isso representa um
aumento de 158,2%. Em seguida, aparecem os veículos com 97,1% de
acréscimo. Os produtos químicos orgânicos cresceram 96% e atingiram a
marca de 70.769 toneladas. Os açúcares somaram 38.643 toneladas e 92,6%
de crescimento.
LONGO CURSO – A navegação de longo curso (realizada entre portos de
diferentes países) também apresentou alta em novembro deste ano,
comparando-se com 2016. A exportação somou 264.601 toneladas e
representou 28,2% de aumento. Já a importação, cresceu 1,2%, totalizando
514.321 toneladas.
CABOTAGEM – O Porto de Suape continua líder no transporte de cargas
por cabotagem (navegação costeira entre portos do mesmo país). A
navegação é a principal no atracadouro e continua crescendo ao longo de
2017. Em novembro, os embarques e desembarques somaram 1.532.931
toneladas, alcançando 46,5% de elevação.
ATRACAÇÕES – Novembro foi o mês com o maior número de atracações em
2017, superando outubro, que até então havia recebido mais navios.
Passaram por Suape 154 embarcações, quatro a mais que em outubro, quando
150 navios atracaram no Porto.
A entrada de navios com 366 metros de comprimento no Porto de Santos
depende do alargamento do canal de navegação e da otimização do acesso
aos terminais portuários. Além disso, a frota de rebocadores do complexo
precisará ser adequada. Mas, mesmo com estes ajustes essenciais, os
práticos que atuam no cais santista estão se preparando para manobrar
esses cargueiros gigantes.
A evolução do tamanho dos navios cargueiros tem sido acelerada. Além
do comprimento e da largura, a capacidade de transporte de cargas,
principalmente as conteinerizadas, cresce exponencialmente. No entanto,
os complexos portuários não passam por transformações tão grandes
assim.
Agora, a expectativa é de que embarcações com até 366 metros de
comprimento e 51 metros de boca (largura) operem no cais santista.
Navios deste tipo podem transportar quase 14 mil TEU (unidade
equivalente a um contêiner de 20 pés).
“Olhando para o nosso Porto, há dez anos, nós tínhamos navios que
carregavam 5,5 mil contêineres, com 272 metros de comprimento e uma
largura de 40 metros. Aí, você vê, em 2015, navios com 333 metros. E em
2018, o volume pode subir para 13,8 mil TEU, com 366 metros e 51 de
largura”, destacou o diretor-superintendente da Praticagem de São Paulo,
Bruno Roquete Tavares.
Mas, apesar dos planos de armadores e da própria Autoridade
Portuária, as características do canal de navegação do cais santista
dificultam o tráfego de cargueiros destas dimensões. Para o presidente
da Praticagem de São Paulo, Nilson Ferreira dos Santos, o estreitamento
da via marítima, a baixa profundidade e a grande quantidade de curvas
são fatores que precisam ser levados em conta durante o planejamento da
vinda dessas embarcações.
“O Porto de Santos já recebe grandes navios. Mas a vinda desses
cargueiros vai representar um desafio muito grande. Eles são maiores
linearmente, apesar de o calado não variar muito. Porém, eles crescem em
área vélica, deslocamento e peso e perdem em capacidade de manobra por
restrições de máquina de leme”, explicou Ferreira.
Na preparação para a chegada de navios de maior porte ao cais
santista, a Praticagem firmou parcerias com centros de treinamento
internacionais para simular o tráfego dessas embarcações no complexo.
Além disso, os profissionais participaram de manobras desses cargueiros
em portos de países como Peru, Estados Unidos e Holanda.
Agora, a ideia é que, a partir do próximo mês, todos os práticos
passem por um curso de qualificação em Houston, nos Estados Unidos. O
custo é de US$ 10 mil por profissional.
Vinda de navios de 366 metros representará “um desafio muito grande”, diz Nilson Ferreira dos Santos
“Em Houston, mandaram fazer um navio de 366 metros em escala. A gente
pediu para ir conhecer, fizemos uma parceria e fomos lá. A ida desses
cargueiros ao Porto de Houston foi vetada por conta das restrições e
porque o mercado de contêineres não é mandató-rio lá. Essa parceria, com
módulos de cursos específicos para a Praticagem de Santos, vai começar
no ano que vem, num centro de excelência que mostrou ser o melhor local
para isso”, destacou Ferreira.
Segundo o prático, apesar do avanço da tecnologia e da modernidade
desses gigantes, as manobras não se tornaram mais fáceis. Isto porque os
investimentos em economia, eficiência e proteção ambiental favorecem
apenas a navegação de longa distância.
“Esses navios são feitos para grandes travessias. Carregar muito na
Europa, por exemplo, e descarregar muito na China e vice-versa. Eles (os
armadores) se preocupam com a economia de energia nesse trajeto. Ótimo,
em 99% do tempo, ele estará nesse trajeto e terá uma economia brutal,
mas nesse pequeno momento das manobras, a gente fica com menos recursos.
É uma preocupação das grandes empresas de seguros”, explicou Nilson.
No ano passado, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp),
estatal que administra o Porto de Santos, encomendou uma série de
estudos sobre a viabilidade da navegação de grandes navios no complexo.
Eles foram executados pela Universidade de São Paulo.
Essa pesquisa aborda, entre outras questões, o impacto nos navios
atracados quando esses cargueiros passam pelo canal. Devido ao volume de
água deslocado e dependendo da velocidade de navegação, as embarcações
atracadas podem ter seus cabos de amarração rompidos e até desatracar do
cais.
Para Ferreira, na prática, esses efeitos hidrodinâmicos serão maiores
do que os verificados nos estudos. “O tráfego é intenso e não
necessariamente você anda com o navio por onde você quer. No estudo em
computador está bonitinho, mas no dia a dia, o problema deve ser um
pouco maior por conta dessas interações com outros navios”.
A proximidade de encerramento do ano tem sido marcada pela retomada da
economia brasileira e o comércio exterior tem um grande peso neste processo. A
expectativa da Maersk Line, líder mundial no transporte de contêineres, é
de um crescimento de 7% neste 2017, impulsionado pelo incremento de 14%
nas importações e de 1,5% nas exportações.
A projeção é do diretor de Trade e Marketing da Maersk Line para a
Costa Leste da América do Sul, João Momesso. Segundo o executivo, neste
ano, o comércio exterior registrou a melhor performance desde 2014. “Não
há dúvida de que a crise ficou para trás, mas as importações ainda
estão 9% abaixo do que eram há três anos”.
Nas importações, as operações têm registrado crescimento nos últimos
12 meses. No terceiro trimestre, o incremento foi de 14,3%. De acordo
com a Maersk, as expectativas são boas já que os desembarques de bens
manufaturados cresceram 44% entre julho e setembro, na comparação com o
mesmo período do ano passado.
Já as importações de produtos eletrônicos que desembarcam em Manaus
saltaram 35% no terceiro trimestre, na relação com os mesmos meses de
2016.
“Isto é muito encorajador. Pela primeira vez, os varejistas estão
fazendo mais do que simplesmente repor as prateleiras. Eles estão
aumentando seus estoques antes do Natal. É uma grande diferença do que
aconteceu no ano passado, quando apenas mantinham os seus inventários”,
destaca o diretor da Maersk Line para a Costa Leste da América do Sul,
Antonio Dominguez.
As exportações de carga seca e refrigerada registraram alta de 6,9%
entre julho e setembro graças ao forte crescimento do mercado,
revertendo a queda de 2,2% registrada no segundo trimestre. Considerando
apenas os embarques de carga seca, houve um aumento de 6,6% no período,
ao passo que os de carga reefer subiram 7,4%.
Da mesma maneira que os bens de consumo impulsionaram as importações,
um aumento na procura por carne na Ásia e na Europa resultou em
crescimento de 37% nas exportações de proteína no terceiro trimestre,
registrando uma recuperação após uma desaceleração nos três meses
anteriores.
No entanto, Argentina, Uruguai e Paraguai também estão aumentando as
exportações de carne, disputando espaço com os produtores brasileiros.
“O forte crescimento do mercado de exportações está colocando muita
pressão nas companhias de transporte marítimo, o que fez a Maersk Line
mudar sua forma de atender os clientes do mercado reefer no Nordeste do
Brasil, por exemplo. Ao mesmo tempo, a empresa passou a disponibilizar
mais contêineres refrigerados e lançou o RCM (Gerenciamento Remoto de
Contêineres) para todos os clientes, possibilitando rastrear e
acompanhar seus produtos durante toda a viagem, garantindo o frescor das
cargas perecíveis”, ressalta o diretor Comercial da Maersk Line para a
Costa Leste da América do Sul, Nestor Amador.
No segmento de carga seca, a África se destacou como destino devido à
alta demanda por açúcar, compensando significativamente a queda na
procura pela commodity em outras regiões do mundo. Os produtores
brasileiros estão servindo principalmente as maiores e relativamente
mais estáveis economias africanas, da Nigéria à África do Sul.
Enquanto isso, outras regiões se beneficiaram com a colheita de soja e
milho, resultando em crescimentos de 94% e 81%, respectivamente, no
terceiro trimestre, contribuindo para os resultados bem acima do
esperado nas exportações.
No próximo ano, o diretor João Momesso espera um crescimento ainda
maior no transporte de cargas, mas a recuperação total, certamente, não
será registrada.
Para 2018, o executivo estima um crescimento marginal das importações
e dificuldades para obtenção de espaço em navios cargueiros nas rotas
de exportação. “Há demanda, mas não há espaço. Commodities que sofreram
conteinerização (passaram a ser transportadas em contêineres) recente,
como soja e milho, devem ser as mais impactadas”.
A suspensão temporária da exportação de pescado, determinada
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entra em vigor
na próxima quarta-feira, 3 de janeiro de 2018, e será acompanhada de Plano de
Ação para responder aos questionamentos da União Européia (UE) apresentados por
ocasião da missão de auditoria ocorrida em setembro de 2017.
A medida foi anunciada nesta terça-feira (26) por Luís
Rangel, Secretário de Defesa Agropecuária do Mapa. A decisão poderá evitar a
possível suspensão unilateral pela União Europeia. Ao mesmo tempo, o Mapa está
buscando formas de implementar a colaboração com outros órgãos públicos
para inspeção sanitária nas embarcações, item bastante criticado pelos
europeus.
“A medida mais adequada neste momento", disse o secretário,
"é suspender a emissão da certificação até que tenhamos as soluções para
apresentar a eles. Isto nos deixa numa posição mais favorável para retomar as
exportações assim que forem resolvidos os problemas, evitando uma suspensão
unilateral pela UE”.
O Mapa solicitará aos europeus que separem as exigências
sanitárias dos peixes de captura das espécies de cultivo (aquicultura). “As
autoridades sanitárias do bloco europeu consideram que os pescados fazem parte
de um único contexto, posição que discordamos. São matrizes diferentes
(contaminantes e riscos diferentes) para serem tratadas de maneira
igualitária”, informou o secretário.
Luis Rangel esclareceu que a defesa agropecuária sempre deu
atenção aos pescados tanto do ponto de vista sanitário quanto de saúde pública,
mas este ainda é um setor heterogêneo. “O mercado do pescado precisa amadurecer
nas questões de qualidade, garantias e respeito internacional, status obtido
pelas demais carnes exportadas pelo Brasil”.
O secretário explicou que a pesca extrativista ou a de cultivo
está evoluindo, porém é preciso mais. O processo avançou muito nos últimos
anos. No entanto, necessita de medidas complementares para mostrar aos
mercados a qualidade do produto brasileiro.
Ainda em setembro de 2017, com a vinda da missão de auditoria da
UE ao Brasil, as autoridades nacionais sabiam das críticas aos peixes de
captura, principalmente com relação às indústrias que processavam o pescado
para exportação. A auditoria da UE concentrou-se nessas indústrias, o que
justifica o pedido de separação entre pesca de captura e aquicultura.
Na manhã desta terça-feira (26), o secretário Luís Rangel
conversou sobre as medidas com os representantes da Peixe Br (Associação
Brasileira de Piscicultura) e das empresas Geneseas e Netuno. Ele afirmou que o
objetivo do Mapa é a retomada da exportação de pescado o mais breve possível.
Em 2016, o Brasil exportou 33,1 milhões de dólares de pescado.
Até 30 de novembro de 2017, a exportação somava 21,8 milhões de dólares.
A diretoria executiva do Porto Público de Porto Velho divulgou a
projeção dos resultados obtidos da empresa pública no ano de 2017. Até o
fechamento do relatório de movimentação de cargas, realizado em
dezembro, a previsão da 2,4 milhões de toneladas exportada/importada,
mantendo a projeção de operar 10% a mais que no ano anterior.
Para o presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de
Rondônia (Soph), Leudo Buriti, o aumento é reflexo do crescimento do
agronegócio na região. “A safra de 2017 bateu todos os recordes da
colheita. Nosso papel é dar a estrutura necessária para o pequeno, médio
e grande produtor escoar seu produto por aqui, uma vez que além de
espaço para movimentar graneis sólidos, há capacidade para operar cargas
diversas, derivados de petróleo e dispormos do único recinto
alfandegado da Amazônia ocidental”, frisou.
Ele complementa ainda sobre os investimentos realizados. “No início
deste mês foram entregues dois conjuntos de rampas flutuantes que
substituíram as atuais, utilizadas por mais de 30 anos, recebidas como
do Porto de Santos na década de 80. O investimento na aquisição das
rampas foi de R$ 5 milhões provenientes do Termo de Compromisso nº
003/2017 da SOPH, com interveniência do Governo do Estado, e a
Secretaria Nacional de Portos, vinculada ao Ministério dos Transportes,
Portos e Aviação Civil (MTPAC) na ordem de R$ 22 milhões”, explicou.
Outro resultado positivo é a economia aos cofres públicos de R$ 17
milhões, fruto da mudança de entendimento do Tribunal Regional do
Trabalho – 14ª Região acerca da responsabilidade solidária da
contratação de trabalhadores portuários avulsos e a reversão de uma
cobrança de execução fiscal. Para o coordenador jurídico da SOPH,
Rodolfo Jenner de Araújo Moreira, o resultado das ações é fruto do
empenho de uma equipe especializada em legislação portuária. “A
desoneração do empenho de tais recursos públicos é extremamente positivo
para o Porto Público, uma vez temos atuado na premissa da defesa dos
interesses do Governo do Estado”, comemorou.
Onze anos após o anúncio da sua descoberta, o pré-sal já responde
por praticamente metade do total de petróleo e gás natural produzido no
Brasil e tem impulsionado o avanço da participação das petroleiras
estrangeiras no setor. A fatia das empresas privadas já representa 33%
do total da produção no pré-sal. Com a entrada em operação do bloco de
Libra e a retomada do calendário de leilões, a tendência é que a
participação da Petrobras caia ainda mais nos próximos anos.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP), a participação da Petrobras na produção total no
país caiu de um patamar acima de 90% até 2013 para 77% em 2017. No
pré-sal, a fatia atual da estatal é menor, de 67%.
A produção do pré-sal vem crescendo ano a ano e alcançou 1,677 milhão
de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) em setembro, o
correspondente a 49,8% do total produzido no Brasil. Em outubro, houve
uma queda de 2,9% em relação ao mês anterior, e a participação do
pré-sal ficou em 48,6% do total. Na comparação anual, entretanto, o
volume de óleo extraído cresceu 14,3%.
Até 2012, o pré-sal ainda representava menos de 10% da produção total
nacional. No final de 2014, já correspondia a 25%. Em 2016, alcançou os
40% e desde então vem batendo sucessivos recordes. Em junho de 2017, a
produção no pré-sal ultrapassou pela primeira vez a do pós-sal. A
expectativa agora é superar também a soma da produção do pós-sal e dos
campos terrestres.
"Os 50% já estão dados. Se não for no próximo mês, vai ser em breve.
Praticamente tudo o que é novo está no pré-sal e a tendência é que com a
entrada dos novos projetos essa participação cresça ainda mais rápido",
afirma Walter de Vitto, economista da consultoria Tendências.
Segundo o analista, o avanço das estrangeiras vem ocorrendo
gradativamente à medida em que muitos dos novos campos que tem entrado
em operação não são mais 100% da Petrobras. "No pré-sal, a participação
dessas empresas cresce num ritmo mais rápido. Há campos em que a
Petrobras tem 30%, 40% da produção. Então, é natural que ocorra uma
diluição", explica.
Atualmente, Shell (Reino Unido), Petrogal (Portugal) e Repsol Sinopec
(Espanha) são as únicas estrangeiras com produção no pré-sal, com
participação de 21%, 6% e 5% respectivamente no volume total extraído.
Outras estrangeiras, no entanto, começam a entrar.
O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), que representa as
petroleiras no Brasil, estima que a fatia das empresas privadas na
produção total de petróleo no país poderá passar de 30% até 2030. Já no
pré-sal, as projeções do mercado apontam para a participação ainda maior
até o final da próxima década.
"O pré-sal tem apresentado uma produtividade maior do que se
imaginava e o custo de produção também está mais baixo do que se previa,
diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura
(CBIE).
Segundo ele, o pré-sal brasileiro e o Oriente Médio são hoje as duas
áreas do mundo mais interessantes para as petroleiras e com maior
potencial para aumentar a produção global.
O número poços em produção no pré-sal subiu para 79 em outubro, ante
66 no mesmo mês do ano passado. "Apesar de serem muito profundos, a
operação no pré-sal requer furar poucos poços, o que torna o custo muito
mais atraente", afirma Vitto.
Atualmente, são 14 campos. Embora a Petrobras ainda seja a única
operadora no pré-sal, em vários campos a estatal divide a produção com
parceiros. No campo de Lula, responsável por 60% de toda a produção do
pré-sal, a Shell tem participação de 25% e a Petrogral, 10%. Em
Sapinhoá, o 2º maior campo, consórcio é formado por Petrobras (45%),
Shell (30%) e Repsol Sinopec (25%).
No dia 30 de novembro, foi declarada a comercialidade no campo de
Libra, o primeiro do país sob o regime de partilha, marcando o início da
produção do consórcio formado por Petrobras (40%), Shell (20%), a
francesa Total (20%), e as chinesas CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%).
No final de outubro, outras 6 áreas do pré-sal foram arrematadas, e
pela 1ª vez sem a obrigatoriedade da Petrobras como operadora. Entre as
empresas que também passarão a explorar o pré-sal estão Statoil
(Noruega), ExxonMobil, (EUA), BP Energy (Reino Unido) e QPI (Catar).
"O ritmo de produção no pré-sal só não vai aumentar mais porque
ficamos 6 anos sem realizar nenhum leilão", afirma Pires, destacando que
costuma levar de 7 a 10 anos entre o leilão e o início da produção.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de
Minas e Energia (MME), projeta que, considerando apenas a produção de
petróleo no país, a participação do pré-sal chegará a 58% em 2020,
atingindo 74% até 2026. Considerando o calendário de leilões programados
até 2019, a EPE prevê que a produção total no Brasil poderá dobrar em
10 anos, chegando a 5,2 milhões de bpd até 2026.
O crescimento da produção das petroleiras, entretanto, também depende
de variáveis como evolução do preço internacional do barril de petróleo
e disposição de investimentos das empresas.
Com a retomada de um calendário de rodadas de licitação e o fim da
regra que obrigava a Petrobras a ser a operadora única do pré-sal, a
expectativa é de retomada gradual dos investimentos no setor e um ritmo
de crescimento maior da produção.
"O governo melhorou o ambiente de negócios e os últimos leilões
mostraram o que esse sinal pode trazer de resultados", afirma Antonio
Guimarães, secretário-executivo do IBP, citando as ofertas mais ousadas
vistas nos leilões de setembro e outubro.
Ele destaca, entretanto, que as petroleiras contam também com uma
maior flexibilização das regras de conteúdo local e a conclusão no
Congresso Nacional da votação da MP do Repetro, que prevê incentivos
tributários para a indústria de petróleo.
A Shell, a segunda maior produtora hoje no Brasil com participação de
11,69%, informou que as perspectivas para o Brasil são "bastante
promissoras", principalmente depois de ter arrematado 3 novas áreas do
pré-sal, sendo duas delas como operadora.
"Somente em projetos já existentes no Brasil, a Shell está investindo
um total de US$ 10 bilhões por ano, entre 2016 e 2020. No entanto, com o
resultado do último leilão, estes investimentos tendem a crescer ainda
mais" , disse André Araújo, presidente da Shell no Brasil.
Ele acrescentou ainda que a previsibilidade decorrente de uma agenda
com novas rodadas de leilão até 2019 e regras mais claras aumenta a
confiança dos investidores.
A Repsol Sinopec, que já possui participação em 2 campos do pré-sal e
anunciou descobertas na Bacia de Santos, aposta no mercado de gás
natural. "Temos projetos importantes em nossa carteira, que são de
amadurecimento de longo prazo e entrarão em produção na próxima década,
com muitos anos pela frente", destaca o presidente da companhia no
Brasil, Leonardo Junqueira.
O avanço das estrangeiras sobre o pré-sal ocorre em um momento em que
a Petrobras reduziu investimentos. A estatal, que investiu cerca de US$
43,4 bilhões em 2010, prevê investir US$ 16 bilhões em 2017.
"A Petrobras não tem hoje o ritmo que tinha. Só de pagamento do
serviço da dívida, a Petrobras gastou no ano passado US$ 7,5 bilhões.
Com esse dinheiro, ela poderia aumentar a produção por ano em 150 mil
bpd", estima Pires.
Em 2016, a produção de petróleo da Petrobras cresceu apenas 0,75% ao
passo que a produção total no país cresceu 3,2%, segundo a ANP.
De acordo com o Plano de Negócios e Gestão da estatal, a meta de
produção de petróleo no Brasil foi fixada em 2,77 milhões de barris de
petróleo por dia (bpd) para 2021, ante os 2,13 milhões registrados em
novembro.
Apesar das limitações de caixa, a Petrobras levou 3 das 6 áreas
arrematadas no último leilão, com participação de 40% a 50% dos
consórcios, e já anunciou que pretende exercer direito de preferência em
3 das 5 áreas da 4ª rodada do pré-sal, previsto para junho de 2018.
Para os analistas, o maior protagonismo de petroleiras estrangeiras
não significa, entretanto, um enfraquecimento da Petrobras, uma vez que a
estatal continuará mantendo uma posição dominante no mercado e atuando
como a principal operadora do pré-sal. "Ainda é muito raro um campo
operado por outra empresa e sem participação da Petrobras", destaca
Vitto.
Segundo Guimarães, a maior participação de estrangeiros garantirá um
maior crescimento da produção e, consequentemente, maior arrecadação de
royalties para os cofres públicos. E no caso da exploração sob regime de
partilha, mais repasse de óleo excedente para a União.
"Boa parte do que foi vendido agora nos leilões só irá começar a
produzir na próxima década, entre 2024 e 2027, isso se descobrirem
petróleo nessas áreas. Os tempos da indústria do petróleo são longos, é
por isso que é preciso fazer leilões todo ano porque o resultado só
começa a ser visto muito tempo depois", destaca.
A SinalCom, editora do Blog Revista Mundo, agradece as centenas de mensagens de Natal e Feliz Ano Novo recebidas de leitores, anunciantes e amigos. Retribui desejando a todos Boas Festas e um 2018 pleno de saúde, paz e realizações. A SinalCom aproveita para informar que os acessos ao Blog no ano que está se encerrando apresentaram crescimento significativo, atingindo em dezembro mais de 1.300 visualizações diárias, ou cerca de 30 mil mensais. Os números, representam um universo de profissionais altamente qualificados que atuam principalmente em atividades voltadas para as exportações e importações, envolvendo todos os seus segmentos. Atestam, igualmente, o sucesso do Blog, que é atualizado em tempo real.
O navio cargueiro BBC Kibo, de bandeira de Antígua e Barbuda, colidiu na manhã desta quinta-f. eira, 21, contra um rebocador na entrada do porto de Porto Alegre (RS). A Suprg (Superintendência do Porto de Rio Grande), responsável pela área, informou que não houve feridos, nem danos materiais por causa do acidente.
O diretor de Portos Interiores substituto, Régis Fernando Pereira Oppelt, disse que o navio e o rebocador não apresentaram avarias aparentes, Mas, adiantou que mesmo assim o acidente será investigado pela Marinha, que é quem deve dar autorização para o cargueiro seguir viagem.
A embarcação está carregando transformadores e acessórios no porto da capital gaúcha e tem como destino o porto de Santos numa primeira escala, e depois o terminal de Zárate, na Argentina. Oppelt comentou que este tipo de acidente é raro e não lembra da última vez que aconteceu
A proposta de mudança nas regras para a exploração de portos
organizados e instalações portuárias privadas foi debatida pela
diretoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), com
empresários e especialistas do setor, na tarde desta quarta-feira (20) ,
em uma audiência pública na sede do órgão regulador, em Brasília.
O evento tratou da revisão da norma anexa à Resolução nº 3.290-Antaq,
de 13 de fevereiro de 2014, que dispõe sobre “a autorização para a
construção e exploração de terminal de uso privado, de estação de
transbordo de carga, de instalação portuária pública de pequeno porte e
de instalação portuária de turismo”. O texto terá de ser alterado para
se adequar às exigências do Decreto nº 9.048/2017 – o denominado Decreto
dos Portos, publicado em maio deste ano e que reduziu a burocracia no
setor.
Entre as modificações propostas pela Antaq para a Resolução nº 3.290,
está a unificação de fases nos processos de concessão – com as
documentações inicial e complementar dos interessados em arrendar o
terminal em questão sendo apresentadas já no requerimento de outorga de
autorização.
A proposta da Antaq pode ser conferida no endereço: web.antaq.gov.br/SISAP/Portal/ManterAvisoAudiencia/ConsultarAvisoAudienciaPublicada.aspx.
Comentários e contribuições para essa mudança podem ser apresentadas
até as 23h59 do próximo dia 29, exclusivamente pelo formulário
eletrônico disponível no site www.antaq.gov.br.
O Porto de Santos respondeu pelo embarque de 84,8% do café brasileiro
exportado entre janeiro e novembro. Enquanto o País escoou 27,7 milhões
de sacas de 60 quilos da commodity no período, 23,4 milhões de delas
partiram do cais santista para o mercado internacional. Mais de 76,3 mil
TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) foram utilizados
para transportar o produto.
Os dados fazem parte do relatório divulgado pelo Conselho dos
Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) neste mês. O levantamento
destaca ainda que, no volume operado no ano em todo o País, houve uma
queda de 10,7%, na comparação com o mesmo período do ano passado. A
receita cambial também teve um declínio, alcançando US$ 4,7 bilhões.
O mercado de exportação de café segue dentro do previsto. Os
embarques apresentam números dentro do esperado e devem finalizar o ano
civil com 30 milhões a 31 milhões de sacas. O primeiro semestre de 2018
não deve apresentar surpresas, com a performance da exportação
brasileira seguindo tranquila. Já no meio do ano, com a entrada da nova
safra, deve haver retomada do ritmo de mais ofertas e mais fluxo nesse
mercado”, afirmou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
Além do Porto de Santos, outros 19 complexos portuários escoaram o
café brasileiro nos 11 primeiros meses do ano. O Porto do Rio de Janeiro
aparece logo após o cais santista, com 3 milhões de sacas embarcadas, o
equivalente a 11% dos embarques.
Já o Porto de Paranaguá (PR) escoou 465.167 sacas, 1,7% do total,
enquanto em Salvador (BA), foram embarcadas 103.517 sacas, 0,4% do
total. Em Vitória (ES), o volume embarcado foi de 95.618 sacas, 0,3% das
exportações.
Ainda segundo o relatório do Conselho dos Exportadores de Café do
Brasil, entre as variedades embarcadas, o do tipo arábica correspondeu
por 88% do volume total de exportações, 24,3 milhões de sacas, seguido
pelo solúvel com 11,1%, 3 milhões de sacas, e robusta com 0,9% 239.871
sacas.
No acumulado do ano, os Estados Unidos seguem na liderança do consumo
do café brasileiro, com 19,9% de participação, com a compra de 5,5
milhões de sacas. Já a Alemanha aparece na sequência após adquirir 4,84
milhões de sacas, o equivalente a 17,5% do total.
Ainda figuram no ranking a Itália, que importou 2,6 milhões de sacas
do grão brasileiro, 9,5% do total nacional, o Japão, que adquiriu 1,8
milhão de sacas, 6,7%, e Bélgica com 1,5 milhão de sacas compradas, 5,8%
da commodity.
De acordo com o Cecafé, os cafés diferenciados chegaram ao volume de
4,4 milhões de sacas, entre de janeiro a novembro deste ano. Os
principais destinos do produto de maior qualidade foram os Estados
Unidos, que adquiriram 994.702 sacas, a Alemanha, que comprou 619.199
sacas, a Bélgica, com 525.912 sacas importadas, o Japão e a Itália, com
427.643 sacas e 398.017 sacas compradas, respectivamente.
A gigante americana Boeing e a Embraer, terceiro maior grupo aeronáutico
do mundo, confirmaram nesta quinta-feira (21) que discutem uma aliança
empresarial. Mas as duas companhias ressalvaram que "não há garantias" de alcançar um acordo,
que vai depender da aprovação do governo brasileiro.
A Boeing e a
Embraer "estão em discussões relacionadas com uma potencial combinação
de seus negócios", indicou um comunicado conjunto emitido em São Paulo e
Chicago. Após relatos sobre discussões acerca da aquisição da
Embraer pela americana gigante do setor Boeing, as ações da empresa
brasileira subiram mais de 20% na Bovespa.
Às 16H27 de Brasília, a ação da Embraer avançou 21,29%, dando forte impulso ao índice Ibovespa, que teve alta de 2,16%. Segundo
o Wall Street Journal, a Boeing teria feito uma boa oferta pela
aquisição de ações da Embraer, e as duas partes estariam aguardando a
aprovação do governo brasileiro, que tem uma "ação de ouro", com poder
de veto.
Continua depois da publicidade
O
grupo americano estaria interessado em reforçar sua posição no mercado
de aviões de médio alcance, área que a Embraer tem forte presença. O
valor de mercado da Embraer, até então, era estimado em cerca de 3,7
bilhões de dólares. Essas negociações seriam uma resposta à
aproximação entre a maior concorrente da Boeing, a Airbus, e a canadense
Bombardier, que disputa setores de mercado semelhantes aos da Embraer.
O presidente Michel Temer recebeu nesta quinta-feira (21), no Palácio do Planalto, em Brasília, o
presidente da Guiana, David Arthur Granger, em visita oficial ao país.
Foram assinados dois acordos de cooperação na área de infraestrutura e
de tecnologia de combate à seca.
Após encontro com Temer no
Palácio do Planalto, Granger também participa da 51° Cúpula de Chefes de
Estado do Mercosul e Estados Associados, que ocorre nesta quinta-feira
em Brasília.
Um dos acordos assinados prevê que o Brasil apoie,
por meio de projeto de engenharia, a pavimentação de trecho da estrada
Lethem-Linden. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o
trecho ampliará a conexão do Brasil com a Guiana, favorecendo o comércio
bilateral e o escoamento de produtos da Região Norte, especialmente do
Amazonas e de Roraima, para o Caribe e os mercados norte-americano,
asiático e europeu.
O outro acordo estabelece a colaboração do
Exército brasileiro para a perfuração de poços artesianos na região do
Rupununi, na Guiana. O projeto tem o potencial de beneficiar cerca de 10
mil pessoas, a maioria indígenas, que vivem próximo à fronteira com o
Brasil e sofrem com os efeitos da seca.
Na reunião, Temer e
Granger trataram de temas como integração da infraestrutura física,
cooperação técnica, energia, desenvolvimento fronteiriço, comércio e
investimentos.
Em 2016, o intercâmbio comercial entre os dois
países somou US$ 31,8 milhões, com US$ 25,8 milhões de exportações
brasileiras e US$ 5,9 milhões de importações provenientes da Guiana. De
janeiro a novembro de 2017, a corrente de comércio bilateral apresentou
aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior, superando os
US$ 35 milhões.
Os embarques de automóveis, celulose, soja em grão e frango
sustentaram o crescimento das exportações do Paraná em 2017. De janeiro a
novembro, as vendas externas do Estado cresceram 20,4% em relação ao
mesmo período do ano passado. Aumentaram de US$ 13,9 bilhões para US$
16,8 bilhões no período, segundo a Secretaria de Comércio Exterior
(Secex).
Se mantido esse ritmo em dezembro, o Paraná deve fechar o ano com o
maior crescimento nas exportações desde 2011, quando houve expansão de
23% nas vendas externas do Estado. As exportações do Paraná vêm crescendo em ritmo maior do que a do
Brasil, que acumula, no período, crescimento de 18,2% - para US$ 200,15
bilhões.
“O ano de 2017 foi marcado pela recuperação das exportações,
que avançaram tanto em commodities com em produtos manufaturados, de
maior valor agregado”, diz Júlio Suzuki Júnior, diretor-presidente do
Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).
Principal produto de exportação do Estado, a soja em grão
bateu mais um recorde de embarques de janeiro a novembro, embalada pela
boa safra. Responsável por 23% das exportações, o grão somou US$ 3,9
bilhões em vendas externas, contra US$ 2,88 bilhões no mesmo período do
ano passado – alta de 38,1%.
As vendas de carne de frango in natura – segundo produto mais
exportado do Estado – cresceram 13%, passando de US$ 1,92 bilhão para
US$ 2,17 bilhões.
O maior crescimento, no acumulado do ano, no entanto, foi de
celulose, produto no qual o Paraná não tinha tradição exportadora, mas
que passou a figurar entre os principais da pauta depois da inauguração
da fábrica da Klabin em Ortigueira.
Em onze meses, os embarques de celulose somaram US$ 502,46 milhões,
88,9% mais do que no mesmo intervalo de 2016. O produto ocupa o sexto
lugar entre os principais produtos exportados pelo Paraná.
Outro destaque foram as exportações de automóveis, com
crescimento de 60%, graças às vendas para a Argentina. Os embarques
passaram de US$ 514,01 milhões para US$ 822,5 milhões.
Outros avanços foram as exportações de produtos metalúrgicos
diversos, que cresceram 58,5% - de US$ 75,08 milhões para US$ 119
milhões. Já as exportações de tratores cresceram 47,1% - US$ 206,45
milhões para US$ 303,66 milhões.
A China, principal destino das exportações do Estado,
aumentou em 30% as compras do Paraná no período, de US$ 3,4 bilhões para
US$ 4,43 bilhões. As exportações para a Argentina, segundo maior
mercado, cresceram 35%, de US$ 1,35 bilhão para US$ 1,83 bilhão.
Os Estados Unidos, terceiro maior comprador, aumentou em 17,1% as
compras, de US$ 705,6 milhões para US$ 826,6 milhões. O Japão foi o País
que mais aumentou as compras do Paraná, de US$ 275,4 milhões para US$
481,3 milhões, 74,7% de crescimento. A segunda maior alta veio do Irã,
com 67,1% - de US$ 181,9 milhões para US$ 304 milhões.