sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Maersk conclui em dezembro decisão de abandonar o TSA

         A Alphaliner calcula que os níveis de tarifas devem cair a valores mínimos sem precedentes, com base em nova análise que realizou do setor. O prognóstico só não se confirmará se as transportadoras de porta-contêineres das rotas transpacíficas introduzirem certa disciplina na oferta de capacidade, como a que uma vez foi imposta pelo Acordo  de Estabilização  Transpacífico (TSA).
         Desde o começo do ano, as tarifas dos fretes na rotas Ásia-WCUS e ECUS se reduziram a mais da metade. Segundo dados da Drewry, as rotas transpacíficas estão atualmente vivendo na mais severa pressão, com as tarifas spot da China-WCUS caindo a US$ 1,078/FEU, em comparação com um máximo de US$ 2,211 por FEU em janeiro.
       As tarifas da WCUS caíram a US$ 1.804/FEU desde o máximo de US$ 3.647 por FEU do mesmo janeiro, indicou a consultora, que agregou que as tarifas poderiam debilitar-se ainda mais e voltar aos níveis de US$ 1.000/FEU na WCUS e a US$ 1.600/FEU na costa leste, gerando uma grande incerteza nos próximos meses. 
       Essa diminuição coincidiu com um TSA cada vez mais débil, com seus operadores membros representando uma participação cada vez maior em termos de capacidade e volume de comércio marítimo, o que se acentuará logo com a saída da Maersk LIne do acordo.
       A companhia dinamarquesa deixará o TSA ainda este mês, já tendo comunicado a decisão aos outros membros nos primeiros meses do ano. Assim, a Maersk Line se somará as renúncias da K Line, NYK e Zim. Já a Hanjin e a China Shipping desapareceram do espectro do mercado, a primeira por quebra e a segunda por sua consolidação com a Cosco.
      Após a retirada da Maersk, o TSA representará em torno de 65% da capacidade total do comércio global, enquanto que anteriormente seus operadores somavam cerca de 80$ do volume total do mercado. Este ano, o TSA anunciou 18 aumentos gerais de tarifas (GRI), posicionando o valor entre US$ 400/FEU e US$ 1.000/FEU. Contudo, nenhum logrou manter-se durante um período prolongado. A Alphaliner previu um destino similar para os GRI que entrarão em vigor na próxima semana.
   Qualquer êxito provavelmente será de curta duração, o que refletirá os 17 determinados anteriormente pelas navegadoras para elevar as tarifas de transporte marítimo conteinerizado nas rotas transpacífica em 2017, apontou a consultoria. 
    Com uma importante expansão da capacidade planejada do comércio do Extremo Oriente e da América do Norte, em maio do próximo ano e a ação debilitada do TSA, poderá levar a uma maior volatilidade das tarifas em 2018. Depois da saída da Maersk, o TSA estará dominado pelas alianças Ocean Alliance e The Alliance, mesmo que a MSC siga sendo membro do acordo.
      Uma vez completada a atual onda de consolidações da indústria da navegação, no próximo ano o TSA contará com apenas sete operadores: Cosco-OOCL, CMA CGM, Evergreen, MSC, HMM, Yang Ming e Hapag-Lloyd.
                           

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