Dentro da característica de multimodalidade, a celulose é uma das principais cargas movimentadas pelo Porto do Rio Grande. Produzida pela CMPC na unidade de Guaíba, ela é extraída do eucalipto e nos países de destino é utilizado como matéria-prima nas indústrias de papel, embalagens e tecidos.
Em 2023, o mercado chinês foi o principal comprador da celulose gaúcha, com 571.812 toneladas, seguido pelos Estados Unidos (349.789t), pela Itália (183.321t), pelos Emirados Árabes (143.507) e pela Coreia do Sul (93.320t). Ao total foram exportadas pelo Porto do Rio Grande naquele exercício 1.622.069 toneladas.
O ciclo da celulose é um exemplo claro da potencialidade da hidrovia, pois toda a produção voltada para exportação é transportada até Rio Grande por meio de barcaças, que cruzam a Laguna dos Patos evitando a circulação de caminhões na BR 116. Após o descarregamento e armazenagem no Porto Novo, a embarcação segue até o Porto de Pelotas, onde é carregada com toras de madeira para retornar até a fábrica em Guaíba, onde darão origem a novos lotes.
A eficácia da hidrovia fica ainda mais evidente quando a redução de caminhões é expressada em números. Ao longo de todo o ano passado, as 410 barcaças que navegaram pela Laguna dos Patos, fazendo a triangulação de Guaíba até Rio Grande, de Rio Grande até Pelotas e de Pelotas até Guaíba, evitaram a circulação de 51.250 caminhões, pois cada carregamento de aproximadamente quatro mil toneladas de celulose é capaz de substituir cerca 125 carretas tradicionais.
Já
cada carregamento com aproximadamente 2.500 toneladas de toras de madeira feito
em Pelotas é capaz de retirar do trecho até Guaíba outros 63 veículos bitrens
que transportariam a matéria-prima. Em um ano, deixaram de circular 25.720
caminhões com essa característica e um total de 77.970 caminhões se somadas as
duas operações.(Fonte: PortosRS)
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