segunda-feira, 15 de maio de 2023

Transpetro anuncia criação de uma frota "verde" com navios construídos em estaleiros nacionais


A Transpetro, braço de transporte e logística de combustíveis da Petrobras, anunciou, por meio de comunicado da sua gestão executiva, a criação de uma frota 'verde', com navios construídos em estaleiros nacionais, que deve entrar em operação até o final de 2027. A nota detalhou a criação de um grupo de trabalho de 60 dias para avaliar a magnitude da demanda por embarcações, o custo e os estaleiros disponíveis.

Por meio de um modelo simplificado de licitação, que implica seguir o método adotado pela marinha local para a contratação de corvetas nos últimos anos. Os novos navios de construção nacional deverão ter influência direta nos preços pagos pela Petrobras pelos navios afretados, pois dar à instituição melhores condições de negociação.

O aumento das obrigações contratuais locais foi adicionado à agenda do governo federal, que teria um aumento gradativo de suas exigências ao longo dos anos. Além disso, foi confirmado o apoio à implementação de taxas mínimas diferenciadas para cada tipo de embarcação. Os benefícios nacionais também têm um propósito de sustentabilidade, focado em impactar a população por meio da geração de empregos, aumentar a diversidade na empresa e colocar mais mulheres em cargos de gestão, declarou o alto comando da entidade.

A Transpetro, que segundo ranking da Vessels Value é a maior armador a latino-americana em valor de frota, opera atualmente 26 embarcações próprias, com idade média de oito anos. O tamanho da frota diminuiu nos últimos anos, apesar do aumento da produção de petróleo no país.  

Durante as conversas em governos anteriores, foi explorada a possibilidade de privatizar a Transpetro, mas com a chegada do novo mandato de Lula da Silva, essas discussões chegaram a um impasse e essa opção não é mais cogitada. Com isso, os benefícios do plano estarão concentrados no Brasil. Embora tenha sido enfatizado que a estatal continuará sendo uma prioridade, não está descartada a possibilidade de disponibilizar navios para terceiros no futuro.

 

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