O mercado de fretamento de contêineres continua a prosperar, com alta demanda em todos os setores, especialmente para tamanhos maiores, médios e "Bangkokmax". A CMA CGM continua sendo a principal compradora de navios. Enquanto isso, as tarifas de fretamento estão tendendo a subir e os prazos tendem a ficar mais longos, com um número crescente de contratos de dois, três e até quatro anos em alguns casos, informa o Alphaliner.
A oferta está extremamente apertada em todos os setores, com apenas sete navios no mercado de fretamento em uma posição "spot" em todo o mundo e um número muito baixo de navios com estreia prevista para o verão. Essa escassez de tonelagem garante taxas de afretamento saudáveis para armadores não operacionais (NOO) no curto prazo. No entanto, a carteira de pedidos continua sendo a principal ameaça ao mercado. Faltam pouco mais de 2 milhões de TEUs de capacidade de construção nova, com navios de todos os tamanhos, para serem entregues em 2023, com outros 2,9 milhões de TEUs para entrar em operação no próximo ano. Vale lembrar que atualmente a demanda de carga é fraca nas principais rotas comerciais.
E embora os estoques em queda possam impulsionar a demanda novamente nas próximas semanas, os consumidores de todo o mundo continuam tendo seu poder de compra limitado e, apesar da retórica otimista dos políticos, não há indicação de que esses problemas desaparecerão no curto prazo. Consequentemente, contar com um aumento significativo na demanda de carga para suportar o enorme influxo de nova capacidade de construção parece irreal neste momento.
Enquanto isso, a demolição é uma das principais ferramentas para mitigar o excesso de capacidade. No entanto, por enquanto, o desmantelamento de navios não decolou no início de 2023 como previsto, pois apenas 31 navios, totalizando 56.420 TEUs, foram vendidos para reciclagem até agora desde janeiro de 2023.
No entanto, um mercado de fretamento em alta e oferta de tonelagem apertada claramente convenceram alguns armadores (e companhias de navegação) a estender a vida comercial de alguns de seus navios, então pode ser apenas uma questão de tempo até que as vendas de naufrágios aumentem.
Os segmentos VLCS (7.500-11.000 TEUs) e LCS (5.300-7.499 TEUs) testemunharam uma série de transações nos últimos 15 dias. A Alphaliner entende que a CMA CGM teria definido uma série de até nove navios compactos recém-construídos de 7.000 a 7.500 TEUs, possivelmente por períodos de três e cinco anos a taxas de US$ 38.000 e US$ 35.000 por dia, respectivamente.
Vários armadores, incluindo Asiatic Lloyd, Cido Shipping, Danaos, Sea Consortium e XT Shipping, têm esses navios em construção para entrega em 2023 e 2024, mas não está claro até agora quais fornecedores de tonelagem estão envolvidos nesses negócios. No entanto, esse frenesi de contratação demonstra a forte demanda por embarcações grandes, modernas e energeticamente eficientes.
Embarcações de 3.000 a 3.800 TEUs permanecem populares em muitas linhas de navegação para algumas rotas Norte-Sul ou regionais. O número limitado de navios disponíveis continua a suportar as taxas de afretamento, que já ultrapassam US$ 20.000 por dia para contratos de 12 meses. Após várias semanas de intensa atividade, os tamanhos abaixo de 1.000 TEUs se acalmaram nos últimos 15 dias. Isso se deve em parte à escassez de embarcações, já que o Atlântico está esgotado, enquanto na Ásia existem apenas duas embarcações em posição spot.
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