o analista
internacional e especialista do setor de transporte Pascal Olivier afirmou
nesta segunda-feira, 02, que o futuro da
indústria marítima está na cibersegurança. Ele adiantou que
as parcerias
público-privadas são fundamentais para a criação de políticas nesta área em
segmentos como o dos portos marítimos.
Olivier lembrou que nos últimos dois
anos duas companhias de navegação (Maersk & Cosco), uma transportadora
(Fedex) e dois portos internacionais (Barcelon e San Diego) foram sujeitos de
ciberataques que colocaram em risco suas informações e processos. "Deve
haver uma estratégia defensiva e ofensiva para repelir ataques
cibernéticos", explicou o especialista.
O analista francês usa a estratégia
militar de seu país como uma medida exemplar contra o cibercrime. Desde 2013,
"o defensor francês criou mais de 3.000 ciber-guardas, formando um
exército especialmente projetado e treinado para proteger a infraestrutura cibernética",
explica ele, graças à promulgação da lei de programação militar lançada em
2019.
Os Estados Unidos também
implementaram uma estratégia semelhante para proteger os ciberativados por meio
da agência de segurança e segurança cibernética (CISA), que aponta para
"uma estratégia cibernética nacional para acelerar o desenvolvimento de
infra-estrutura marítima resiliente a ciberespaços". Na Dinamarca, uma
unidade de segurança cibernética foi posta em ação após os ataques a Maersk em
2017.
Mas os esforços privados certamente
não são suficientes e devem ser integrados aos recursos públicos. "É
essencial, do ponto de vista do comércio, que os governos tomem medidas para
proteger essa atividade econômica de todos os ângulos", diz Ollivier,
defendendo políticas públicas de segurança cibernética aplicáveis aos portos e empresas de comércio. fora
A União Europeia lançou um ato de
segurança cibernética em junho de 2019. Mas, para iniciativas como essa
prosperarem, o setor privado deve estar sincronizado com suas próprias
estratégias. Por exemplo, nem as autoridades portuárias nem as comunidades
portuárias projetaram ou implementaram estratégias de cibersegurança; portanto,
elas não são protegidas. "Uma emenda ao código do ISPS é importante para a
segurança física e a cibersegurança", diz Ollivier, que também revela que,
em março de 2020, espera-se que a IMO e seus estados membros integrem a
fronteira cibernética a essa frente. às suas políticas.
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