A
operadora norueguesa Equinor (EQNR.OL) submeteu à Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) as declarações de comercialidade da
descoberta de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos, na qual possui sócios que
incluem a norte-americana Exxon, informou a companhia em nota nesta
quinta-feira.
Localizada a 220 quilômetros da costa
do município de Ilhabela (SP) e com lâmina d’água de cerca de 2.050 metros, a
importante descoberta de Carcará está dentro das áreas das licenças BM-S-8 (com
contrato em regime de concessão) e Norte de Carcará (regime de partilha).
A Equinor afirmou que também foi
apresentado à agência reguladora o Relatório Final do Plano de Avaliação de
Áreas. “Ao todo, cinco poços de exploração/avaliação foram perfurados, dos
quais quatro são testados na produção”, destacou a petroleira norueguesa.
Tanto o consórcio BM-S-8 quanto o
Norte de Carcará são operados pela Equinor (40%), que tem como parceiras nos
ativos a ExxonMobil (XOM.N) (40%) e a Petrogal Brasil, da portuguesa Galp
Energia (GALP.LS) (20%).
A Equinor não deu informações sobre o
conteúdo dos documentos apresentados à ANP. Em entrevista à Reuters em outubro,
a presidente da Equinor no Brasil Margareth Øvrum afirmou que a expectativa era
iniciar a produção da “primeira fase” de Carcará em 2023 ou na primeira metade
de 2024.
A jazida de Carcará foi originalmente
descoberta sob operação da Petrobras (PETR4.SA), que vendeu em 2016 os seus
direitos no bloco BM-S-8 para a Equinor, por 2,5 bilhões de dólares, na
primeira alienação de um grande ativo do pré-sal pela estatal, em meio a um
amplo programa de desinvestimentos.
Após essa operação, o governo
brasileiro ofertou em um leilão do pré-sal de 2017, sob regime de partilha de
produção, parcela da jazida de Carcará que ultrapassa os limites do contrato
BM-S-8, chamada de Norte de Carcará.
A Equinor ficou também com essa
fatia, em consórcio, com proposta com pagamento de 3 bilhões de reais em bônus
de assinatura, além de prometer percentuais de produção futura ao governo,
conforme está previsto nas regras de partilha.
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