terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Empreendimentos colocam Suape entre os portos mais movimentados do País

         O Porto de Suape vem se mantendo entre os mais movimentados do País graças à Refinaria Abreu e Lima, a Petroquímica Suape e a Fábrica da Jeep, e ainda ajuda a ampliar a presença de Pernambuco no exterior. Prova disso é que os granéis líquidos que chegam e saem da refinaria já constituem o principal produto do ancoradouro e o trânsito de veículos mais que dobrou ao longo de 2016 com a produção da Jeep.
         “O crescimento desses empreendimentos nos impulsionou para outro nível de operação. Basta ver que, em todo o ambiente negativo da economia, Suape teve um crescimento de dois dígitos em 2016. Saímos de 19 milhões para 22 milhões de toneladas, um incremento de quase 15%. Em relação ao volume movimentado, Suape saltou até uma posição no ranking brasileiro, saindo do sexto para o quinto lugar”, confirma o presidente interino do Porto de Suape, Paulo Coimbra, frisando que a Refinaria e a Jeep têm um papel fundamental nesse salto.
         Ele explica que, em 2016, o volume de petróleo processado na Rnest subiu de 74 mil para 100 mil por dia. E todo esse material passa por Suape, seja para exportação ou cabotagem para outros locais do Brasil. “A saída interna ainda nos deixa na primeira posição da cabotagem no País”, conta Coimbra, dizendo que o movimento de granéis líquidos cresceu 21,6% no ano, alcançando 15,81 milhões de toneladas.
         Já os veículos tiveram um salto ainda maior: 147%. Segundo Suape, 54,6 mil automóveis passaram pelo porto em 2016. Desses, 38,9 mil foram exportados e 15,7 mil importados. E 72% desse movimento foi gerado pela Fiat. A montadora levou 39 mil carros para o ancoradouro no ano passado e 14 mil deles saíram da fábrica da Jeep em Goiana para exportação. Foram 7,5 mil unidades do Toro e mais 6,5 mil do Renegade. “Desde o início da operação da FCA aqui, começamos a experimentar uma nova logística. E em 2016 tivemos um crescimento considerável, tanto que o veículo hoje é o ponto chave da nossa pauta de exportação”, lembra Coimbra.
         De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o porto pernambucano exportou 1,63 milhões de toneladas em 2016, bem mais que as 917 mil toneladas registradas no ano anterior. E a expectativa é elevar ainda mais este número em 2017, com o aumento da produção automobilística e petroquímica. Coimbra garante, contudo, que Suape tem estrutura para suprir esse movimento.
         Apesar de não receber os produtos gerados nos novos polos industriais do Estado, o Porto do Recife também registrou saldo positivo em 2016. O ancoradouro, que exporta açúcar e importa insumos para a produção agrícola e industrial, teve um incremento de 8% na sua movimentação no ano passado e ganhou até um novo produto de exportação: o vergalhão de ferro. Quase 100 mil toneladas de ferro provenientes da Gerdau foram transportadas para outros países através do porto. Mas a expectativa para 2017 está mesmo na recuperação do açúcar, seu principal item de exportação.

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