terça-feira, 5 de julho de 2022

Expansão da demada de lítio em 800% nos próximos dez anos pressiona logística no Chile, Bolívia e Argentina

A necessidade de planejar de forma abrangente e sustentável a logística que viabilizará a produção e exportação de lítio, para atender a uma demanda global que cresce exponencialmente, foi o objetivo do fórum "Lithium Logistics", que contou com Apresentações de especialistas da Argentina, Bolívia e Chile, que destacaram o crescimento do mercado de metal branco, as oportunidades econômicas que isso gera e os consequentes desafios para chegar com produção aos centros de consumo do mundo, informou La Razón.

Os especialistas concordaram que um planejamento logístico abrangente deve reconhecer as particularidades de cada caso e as oportunidades de integração sinérgica, pois há diferenças entre os três países, tanto na natureza e quantidade de suas salinas, quanto no desenvolvimento de suas malhas rodoviárias.

Os expositores foram Carlos Gill Ramírez, presidente da Companhia Ferroviária Andina; José de Castro, consultor argentino com vasta experiência no desenvolvimento de projetos e operação integral de minas de lítio, diretor da Lithium Chile e diretor de operações da Integra Natural Resources; e Rodrigo Jasen, gerente de Logística Global SQM, líder na produção e comercialização de lítio no Chile.

Gill destacou que “o lítio ganhou relevância considerável hoje, pois é um mineral fundamental para sistemas de armazenamento de energia mais eficientes. As baterias reversíveis de íons de lítio são o que possibilitam a eletromobilidade, em conexão com as energias renováveis.” Ele afirmou que isso coloca a humanidade diante do advento de um novo paradigma energético.

"A demanda por lítio deverá aumentar em 800% nos próximos 10 anos", disse o presidente da ferrovia boliviana. Isso está sendo acelerado pelos compromissos assumidos pelos países fabricantes de automóveis, que decidiram abandonar a produção de unidades com motor de combustão interna de 2025 a 2040.

"Até 2040 estima-se que o transporte de lítio chegará a 4,5 milhões de toneladas", disse Gill. Do seu ponto de vista, "a Bolívia é o país que tem o maior potencial e tem uma enorme vantagem porque temos uma logística praticamente completa".

 

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