Os despachantes aduaneiros comemoram o seu Dia nessa terça-feira, 25 de abril, com uma atuação que abrange 97% das operações de exportação e importação do país e exige conhecimentos cada vez mais avançados e detalhados. “ O comércio exterior se tornou digital, permitindo o acesso a terminais longínquos com apenas um click, proporcionando mais agilidade e segurança no nosso trabalho e para as empresas que atuam no mercado internacional”, destaca Dani Barcellos Fanti, de Uruguaiana. “Com as novas tecnologias, conseguimos operar de qualquer ponto do Brasil, facilitando e melhorando o atendimento a nossos clientes importadores e exportadores”, salienta Glaiton Costa, de Rio Grande.
O despachante Fabio Belau, baseado na região metropolitana da capital do Estado, igualmente ressalta “a influência das inovações tecnológicas na profissão” e diz que a atividade “segue forte a com os volumes de negócios aumentando”. Ao mesmo tempo, traz mais exigências para os profissionais do segmento, conta. Atuando também a partir da Grande Porto Alegre, Nara Bernieri relata que os despachantes precisaram “inovar a partir da pandemia da Covid-19, com os novos modelos de trabalho híbrido e home-office”.
Segundo Nara, a adoção de ferramentas diferentes das tradicionais, como o uso de aplicativos, reuniões on-line e o whattsapp, transformaram o modo de atuação da categoria. “Exigiu de nós, novas formas de atender as demandas das empresas. Reaprendemos a trabalhar, dando adeus ao papel. Agora, tudo é digitalizado”, explica. A avaliação é compartilhada por Dani Fanti que entende que “o que era visto como ameaça (novas tecnologias) se tornou nossa maior vantagem criando um campo cheio de oportunidades”.
Nem tudo são flores na atividade, contudo. “Um problema que se agravou com a pandemia da Covid-19 foi a falta de mão de obra qualificada”, lamenta Nara, sugerindo que o Sdaergs (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul) “adote um calendário de cursos para suprir essa demanda, em parceria com suas instituições parceiras”. Ela considera, também, necessário uma melhor comunicação com a Receita Federal, Mapa, Anvisa e outros órgãos intervenientes”. A ideia é que o Sindicato intensifique suas ações nesse sentido. “Precisamos ter uma rede apoio para esses assuntos, incluindo, ainda, outras formas de comunicação”, explica.
Glaiton considera “de suma importância o apoio e suporte dados pelo Sdaergs aos seus associados, filtrando nossas demandas e buscando medidas que beneficiem o despachante, os importadores e os exportadores”. Fabio Belau entende que o Sindicato “tem trabalhado muito por nossa categoria e percebo que a diretoria atual está estabelecendo uma maior aproximação junto ao poder legislativo federal para tratar das nossas reivindicações”. Dani Fanti elogia a “representatividade política da entidade na luta pela valorização da classe a médio prazo”. Nara Bernieri vai além e pede que seja aberto “mais espaço para a mulher despachante e o avanço da interação entre os associados para discutir as novas necessidades”.
Os quatro despachantes aduaneiros garantem que há muito a comemorar no seu Dia. “Somos cada vez mais requisitados pelas empresas, que compreenderam a importância de ter um profissional qualificado e competente para dar suporte as suas operações de importação e exportação”, observa Dani. Belau relata o fato de “serem vistos e lembrados como parte importante do comércio exterior”. Nara ressalta o crescimento do conceito e da importância dos despachantes num momento delicado como o provocado pela pandemia. “Tivemos um papel fundamental na interpretação da legislação, dos procedimentos e na liberação de cargas de extrema relevância para a população”. Para Glaiton é emocionante, hoje, sentir “a gratidão de exercer uma profissão que auxilia nosso país e clientes no crescimento, sustentação e desenvolvimento econômico”.
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