sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Ocean Alliance sofrerá o maior corte na Rota Transpacífico com o fim da 2M

O anúncio do rompimento da aliança 2M levará a uma mudança na composição competitiva das alianças de navegação. Embora a ruptura formal não ocorra até janeiro de 2025, é provável que haja mudanças graduais ao longo do período de transição de 2 anos. Porém, um fator que terá impacto será a entrega de novos navios, que não é simplesmente uma questão de agregar capacidade a uma determinada operação, pois o processo é muito mais intrincado e inclui devolução de navios afretados, sucateamento de navios antigos, e outras questões.

No entanto, a SEA-Intelligence estima que as linhas de navegação em geral receberão novas embarcações e, independentemente do tamanho, expandirão a capacidade internamente em suas operações globais de modo que o resultado final seja crescimento, capacidade uniforme em toda a sua rede de operações. A partir dessa estimativa, a consultoria propõe que somente com o desmembramento da 2M, com as outras duas alianças intactas e com a entrega pontual das listas de navios encomendados, as mudanças na participação de mercado na rota Trans-Pacífico deixará claramente a Maersk como o menor concorrente em comparação com a capacidade das linhas principais.

Já a MSC terá uma posição mais forte em relação à Maersk, mas ainda será um pouco menor que a THE Alliance, deixando a Ocean Alliance em uma posição extremamente forte no mercado. Assim, a Sea-Intelligence estima que na rota Trans-Pacífico ficaria a Ocean Alliance (CMA CGM, Cosco Shipping Lines, Evergreen e OOCL) liderando o share com cerca de 37%; seguida pela THE Alliance (Hapag-Lloyd, ONE, Yang Ming e HMM) com cerca de 22%; MSC com cerca de 17%; Maersk com quase 11%, como a soma de outras linhas com serviços de nicho; enquanto a CMA CGM deteria pouco mais de 2% e a Cosco ganharia cerca de 1%.

Na rota Ásia-Europa, a situação provavelmente será essencialmente a mesma do Transpacífico, com a única exceção de que pequenos nichos de navegação desempenham um papel muito marginal nesta rota. No entanto, na comparação anual, a confiabilidade aumentou 24,8 pontos percentuais em dezembro. O atraso médio das escalas de embarcações LATE (ou seja, aquelas que chegam após a data programada) vinha diminuindo constantemente desde o início de 2022.

Contudo, em dezembro, o atraso médio aumentou ligeiramente, 0,34 dias por mês e atingiu 5,43 dias. A MSC foi a companhia marítima, entre as 14 primeiras com maior confiabilidade em dezembro de 2022 com 63,3%, seguida pela Maersk com 60,1%. As 10 operadoras seguintes registraram confiabilidade de chamada entre 50% e 60%, sendo que apenas Yang Ming e ZIM registraram confiabilidade de horário inferior a 50%, em 47,7% e 47,2%, respectivamente.

10 das 14 principais operadoras registraram uma melhora mensal, enquanto a MSC não registrou nenhuma mudança e 3 operadoras registraram um declínio. Yang Ming registrou o maior aumento de 5,3 pontos percentuais, enquanto o ZIM registrou o maior declínio mensal de -6,1 pontos percentuais. No entanto, todas as operadoras registraram melhorias ano a ano de dois dígitos.

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