quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Porto de Montreal barra acesso a estivadores e agrava problemas na cadeia de suprimentos do Canadá


A atividade no Porto canadense de Montreal foi interrompida depois que a Associação dos Empregadores Marítimos impediu o acesso a 1.200 trabalhadores sindicalizados. A associação deu ao Sindicato dos Estivadores até domingo, às 20h, horário de Nova York, para responder a uma oferta que incluía um aumento salarial de aproximadamente 20% ao longo de seis anos, elevando a remuneração média total de uma estiva para mais de US$ 143.608 por ano.

No entanto os membros do sindicato rejeitaram quase por unanimidade essa oferta, de acordo com um comunicado. O sindicato observou que em outubro (2024), os estivadores americanos alcançaram um aumento de 62% em seis anos. “A Associação de Empregadores Marítimos lamenta o resultado negativo da votação realizada pelo Sindicato dos Estivadores de Montreal sobre a oferta final e completa apresentada na quinta-feira, e não tem escolha a não ser declarar um bloqueio efetivo às 21h00 desta noite”, anunciou em comunicado.

Montreal é o segundo maior porto do Canadá, movimentando quase 288 milhões de dólares em mercadorias por dia, mas tem operado bem abaixo da capacidade desde que os estivadores em dois terminais abandonaram o trabalho em 31 de março. Ambas as partes não renovam acordo coletivo de trabalho desde 31 de dezembro do ano passado e solicitam intervenção do governo.

A Autoridade Portuária de Montreal pediu ao governo do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que ponha fim à disputa trabalhista. “Acredito que os melhores acordos são negociados à mesa. Mas sejamos realistas, não há negociações”, disse Julie Gascon, diretora executiva da autoridade portuária, na última quinta-feira. Na costa oeste do Canadá, uma disputa laboral separada já está perturbando cerca de 574 milhões de dólares por dia nos negócios.

Os empregadores portuários na província da Colúmbia Britânica fecharam as portas aos trabalhadores em 4 de novembro, depois que um sindicato publicou um aviso de greve recusando-se a fazer horas extras. O Ministro do Trabalho, Steven MacKinnon, disse que o governo apoia as negociações, mas que as conversações tanto na Colúmbia Britânica como em Montreal estavam “progredindo a um ritmo insuficiente, indicando uma preocupante falta de urgência por parte das partes envolvidas”.

APS realiza III Jornada ESG visando a buscar ser referência em sustentabilidade

A Autoridade Portuária de Santos (APS) abriu, nesta semana, a III Jornada ESG do Porto de Santos, realizada no Parque Valongo, em Santos. O evento segue até quarta-feira (13/11). Este evento reafirma o compromisso da APS de fazer de Santos um porto referência em sustentabilidade.

“Temos que incentivar cada vez mais as ações ESG e assim garantir um mundo melhor às novas gerações. Aqui, no Porto de Santos, damos descontos em tarifas aos que avançam nesta pauta; patrocinamos uma ação em Conceiçãozinha, onde o Centro Comunitário paga com cestas básicas quem coleta lixo reciclável que iria para ao mar e , na quinta-feira, três rebocadores da Wilson Sons passarão a atuar com eletricidade, deixando de emir uma quantidade de dióxido de carbono, o que representa o ganha ambiental de quase 400 árvores sadias”, afirmou o presidente Anderson Pomini, na abertura da III Jornada ESG do Porto de Santos.

Realizado em uma área revitalizada do Porto (Parque Valongo), outra inciativa fruto da pauta ESG, em parceria com a Prefeitura de Santos, o objetivo da III Jornada ESG é convidar os participantes a refletirem seus papéis no desenvolvimento de um porto sustentável, conhecer programas e melhores práticas para promoção de um modo positivo, consciente e integral de construir e manter uma comunidade de entorno portuário sustentável junto ao Porto de Santos.

Nesta terça-feira, 12 de novembro, o evento prossegue com a seguinte programação:
– 8h30 – Painel: Iniciativas do Setor Público para a consolidação de práticas ESG
– 10h15 – Palestra: Combate ao Assédio e Consolidação da Cultura de Integridade
– 10h45 – Painel: Descarbonização Portuária: Da teoria à prática
– 14h00 – Painel: Diversidade e Inclusão
– 16h00 – Painel: Direitos Humanos

Encerrando a programação, no dia 13, está prevista a entrega do Prêmio Excelência em ESG – Porto de Santos 2024.

O termo ESG (environmental, social and governance) significa, em português, ambiental, social e governança corporativa. Ou seja, refere-se a um conjunto de práticas e políticas focadas em sustentabilidade ambiental, governança e responsabilidade social, que hoje são essenciais para a análise de risco e para a tomada de decisão no mercado.

 

Gecex-Camex reduz imposto de importação de 13 produtos

O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) deliberou nesta semana pela redução do imposto de importação de 13 produtos de vários setores, entre eles medicamentos usados no tratamento de câncer de próstata e outros tipos de câncer. 

As reduções alcançam ainda insumos usados na produção de luvas médicas, pás eólicas, pneus e defensivos agrícolas; além de lentes de contato hidrogel e filmes utilizados em radiografias, entre outros. As tarifas de importação de todos esses produtos variavam de 3,6% a 18% e foram agora reduzidas a 0%.

Foram concedidos também novos Ex-tarifários para 226 códigos NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) de bens de capital (BK), e outros 202 para o Regime de Autopeças Não Produzidas. São produtos que passam a ter tarifa de importação reduzida, devido à ausência de produção nacional similar.

O Gecex também deliberou favoravelmente a pedidos de elevação tarifária para fortalecimento da produção local e geração de empregos no Brasil – entre os produtos, estão insumos de vidro para fins industriais e células fotovoltaicas usadas na cadeia produtiva de painéis solares. A íntegra das deliberações foi publicada na página do Gecex.

 

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Wilson Sons opera novas linhas internacionais por meio do Tecon Rio Grande


A Wilson Sons, uma das principais  operadoras de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, com foco em ampliar o seu raio de atuação e oferecer mais opções aos clientes, está operando, por meio  do Tecon Rio Grande, uma nova linha da SeaLead, uma empresa marítima que atua no transporte de contêineres e serviços. 

Com o nome de MEDSA Service, a nova rota marítima acontece entre a América do Sul e o Mediterrâneo e tem escala direta até o Marrocos. A linha permitirá que o continente sul-americano se conecte de forma mais eficiente com o Norte da África, Mediterrâneo, Oriente Médio e Índia. Maior mar interior do mundo, o Mediterrâneo fica localizado ao norte da África, sul da Europa e oeste da Ásia. 

A rota atua com cinco navios, sendo eles: Cape Byron, com capacidade de 1.930 TEU (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés); Escape, com capacidade de 1.349 TEU; Espoir, com capacidade de 1.349 TEU; Green Hope, com capacidade de 1.700 TEU; e Seatrade Chile, com capacidade de 1.781 TEU.  

O MEDSA Service, também concentrará no Tecon Rio Grande cargas oriundas dos portos de Buenos Aires e Montevidéu, na Argentina e no Uruguai, respectivamente, via navios feeder, realizando o transbordo para os destinos atendidos até o Mediterrâneo. 

A nova rota marítima reitera o nosso compromisso em oferecer maior agilidade no serviço prestado e capacidade de transporte, que irá impulsionar o crescimento do comércio exterior gaúcho e fortalecer a nossa consolidação como um importante hub logístico do Cone Sul”, explica Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande. 

Suleyman Avci, CEO da SeaLead, comentou sobre o lançamento. “Com o lançamento do Serviço MEDSA, não estamos apenas expandindo nossa rede, mas também aumentando nossa capacidade de atender aos mercados do Brasil e Mediterrâneo. Este serviço é projetado para atender aos altos padrões de confiabilidade e eficiência que nossos clientes esperam da SeaLead”, afirma.

 

 

 

Promessa de Trump de aumentar taxas de importação deve elevar tarifas de fretes nos EUA


 

A campanha presidencial dos Estados Unidos, que culminou com a reeleição de Donald Trump, revelou que o líder republicano propôs a aplicação de tarifas generalizadas de 10% a 20% sobre a maior parte dos 3 bilhões de dólares de importações anuais e uma tarifa mínima de 60% a todas as importações provenientes da China. O analista da indústria marítima, Lars Jensen, questionou o fato de não se saber exatamente qual o valor real destas tarifas, nem quando ou onde serão aplicadas e se poderão ser equivalentes a um grande aumento na procura.

A medida implicaria em um aumento nas taxas de frete, especialmente nas rotas da Ásia para os EUA, embora não seja possível prever até que ponto estas taxas serão afetadas, ou durante quanto tempo. Um exercício que, embora não possa esclarecer totalmente estas dúvidas, mas que pode fornecer alguma orientação é a revisão do impacto das políticas tarifárias de Donald Trump durante o seu primeiro período na Casa Branca.

Nessa fase, segundo Judah Levine, chefe de investigação da Freightos, as tarifas eram uma parte central da política comercial da administração Trump, especialmente no que diz respeito à China. Isto incluiu tarifas sobre bens importados do país asiático no valor de 200 mil milhões de dólares, que foram anunciadas em Julho de 2018 e implementadas como uma tarifa de 10% em setembro, aumentando para 25% em 1 de Janeiro de 2019.

Como resultado, muitos importadores apressaram-se a enviar os seus produtos na China com destino aos EUA antes que as tarifas entrassem em vigor. Dados da Freightos mostram que as taxas de contêineres marítimos da Ásia para a Costa Oeste dos EUA começaram a subir acentuadamente em Julho de 2018 e duplicaram em meados de novembro.  

Independentemente de os seus envios estarem ou não sujeitos a tarifas mais elevadas, os importadores, na sua maioria, apressaram-se a evitá-los e a aumentar o ritmo dos seus envios, apesar da duplicação dos seus custos de frete. Dados mais precisos indicam que, considerando tarifas médias, o custo do frete marítimo de, por exemplo, uma televisão de 49 polegadas representa aproximadamente 1,5% do preço do aparelho (algo típico ou até um pouco alto para muitos produtos como esses).

Desta forma, mesmo que as taxas dos contêineres sejam duplicadas, os custos de transporte aumentariam apenas para cerca de 3% do preço por unidade, enquanto os aumentos tarifários propostos elevariam o custo para o importador num mínimo de 10% do valor de cada unidade. Esta pressa para importar bens antes da aplicação das tarifas em janeiro de 2019 significou que muitas encomendas, que de outra forma teriam sido feitas em 2019, foram antecipadas para 2018, levando a aumentos de stocks e menores volumes de contêineres em 2019.

Os dados sobre os volumes de importação marítima da Federação Nacional de Retalho dos EUA mostram que a sequência de nove anos de crescimento anual do volume de importação de contêineres, de 2009 a 2018, foi quebrada em 2019, uma vez que parte do total de 2018 ocorreu em detrimento do ano seguinte. Por outro lado, olhando para as taxas de frete para os meses típicos da época alta, de julho a outubro de 2019, é possível captar um pequeno aumento, refletindo que uma parte significativa dos volumes potenciais desse ano foi transportada em 2018. .

Com Trump espera-se que as maiores repercussões econômicas não venham do aumento das tarifas de transporte marítimo de contêineres, que seria bastante temporário, mas sim de custos mais elevados para os importadores que pagam as novas tarifas, e que , é claro, poderia ser repassado aos consumidores como preços mais elevados. Mas o efeito sobre a economia não pararia aí porque teríamos de esperar por possíveis tarifas retaliatórias da China ou de outros países que pudessem afectar a procura pelas exportações dos EUA.

Para Judah Levine, as tarifas propostas nesta ocasião por Trump terão provavelmente um impacto mais forte nos fluxos e tarifas do transporte marítimo do que as observadas em 2018 e serão, mesmo sem conhecer os seus detalhes na forma de aplicação, um estímulo suficiente para provocar uma aumento antecipado na demanda e nos preços do transporte marítimo. Com os desvios do Mar Vermelho ainda em vigor, as taxas poderão subir a partir de níveis que já estão bem acima do normal.

Autoridade sanitária do Peru libera importação de maçãs do Brasil

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o embaixador do Peru, Rómulo Acurio, assinaram um acordo que firma o compromisso da abertura de mercado de maçã do Brasil ao Peru e de citros do Peru ao Brasil. Até o momento, o Peru importava maçã apenas do Chile, sendo o Brasil o segundo país acessar esse mercado promissor.

“A boa relação comercial, e o presidente Lula fala isso todos os dias, é aquela que a gente vende e que também compra. Então, esse ato hoje nos mostra isso, que estamos sim vendendo nossos produtos, mas também comprando produtos peruanos”, iniciou o ministro Fávaro.

O embaixador Rómulo classificou o dia como histórico. “Faz três anos que o Brasil e o Peru não conseguiam assinar um acordo para acesso de produtos. Estamos muito felizes e agradecidos”, disse.

Após o ato de assinatura, o ministro conversou com toda delegação peruana sobre as relações entre os dois países. Um dos assuntos foi sobre o Porto Chancay, construído pelo Governo Chinês no Peru e que também irá gerar oportunidades de escoação da produção brasileira.

Atualmente, o Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina. Entre os principais produtos exportados estão soja, milho, açúcar, carne bovina, carne de frango, celulose, algodão e carne suína in natura.

“O Brasil que tem um grande volume de exportação para a Ásia, em especial para China, usa a rota via atlântico, que é muito mais longe. Essa conexão direta com a China irá ser benéfica para agilizarmos as exportações de produtos do agro brasileiro”, pontuou Fávaro.

O embaixador peruano ainda relatou ao ministro Carlos Fávaro que os dados que ele teve é que, nos sete primeiros meses deste ano, o comércio pelo Porto de Tabatinga foram maiores que os últimos 6 anos, e que com o Porto Chancay essas exportações devem melhorar ainda mais.

 

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Encomendas de porta-contêineres crescem 52% de janeiro a outubro, comparado a igual periodo de 2023


O setor de transporte de contêineres mantém um crescimento notável em 2024, impulsionado pelo aumento de pedidos, entregas e taxas de frete, no que se configura como um ano recorde, segundo relatório da Veson Nautical. Atualmente, o valor dos navios Neopanamax de 15.000 TEU registrou um aumento anual de 33%, passando de 158,52 milhões de dólares no ano passado para 210,50 milhões de dólares.

Por sua vez, os embarques Pós-Panamax de 7.000 TEUs excederam os máximos anteriores estabelecidos em 2010 e continuam a aumentar. Este aumento de custos responde à elevada procura, à disponibilidade limitada nos estaleiros, ao aumento dos preços dos materiais e à concorrência por espaços em construção com outros tipos de navios.

Sendo mais específico, os pedidos de navios porta-contêineres aumentaram 52% até agora em 2024, com um total de 254 novos pedidos até o momento, em comparação com 167 no mesmo período de 2023. Os Neopanamaxes representam 41% destes, seguidos pelos Post-Panamax ( 27%) e o ULCV (22%).

Em termos de entregas, 362 novos navios foram adicionados à frota global até agora este ano, e espera-se que outros 169 sejam entregues antes do final de 2024. No caso do Pós-Panamax, as taxas de afretamento de um ano permaneceram em torno de US$ 72 mil/dia desde julho, o dobro dos US$ 36 mil registrados no mesmo período de 2023. Em 2024  foram desmantelados 48 navios porta-contentores, uma redução de 45% face ao ano passado.

A frota de navios porta-contêineres tem idade média de 12 anos e, embora exista um número considerável de navios mais antigos, o setor observa uma tendência de conservação de ativos devido aos benefícios obtidos ao longo do ano. Os pedidos recentes incluem dez navios Neopanamax de 16.000 TEU encomendados pela Maersk, custando US$ 209,58 milhões por unidade e com entrega prevista para 2027. Além disso, a Seaspan também fez um pedido de seis navios Neopanamax de 13.600 TEU e dez ULCVs de 16.000 TEUs, com entrega programada. entre 2027 e 2029.

Codeba debate economia do mar e sustentabilidade da Baía de Todos-os-Santos

A Autoridade Portuária da Bahia - CODEBA participou do VII Fórum de Sustentabilidade da Baía de Todos os Santos (BTS), evento voltado ao fortalecimento de projetos de conservação em ambientes costeiros e marinhos. O diretor-presidente, Antonio Gobbo esteve presente na mesa de abertura. 

O fórum, que aconteceu na sede da Associação Comercial da Bahia (ACB), teve como tema central: “Integração, Metas e Políticas Públicas para a Sustentabilidade da BTS”. Entre os principais objetivos do evento estão o fomento de estratégias de adaptação e mitigação dos efeitos da crise climática e o fortalecimento da interação dos diversos setores com atuação na BTS.

Também participaram da mesa de abertura a gerente Global de Responsabilidade Social da Braskem, Elaine Santana; e o Diretor do WWI no Brasil e  coordenador da Comissão de Economia do Mar da ACB, Eduardo Athayde.

Mapa reforça cooperação e busca de novas oportunidades de mercado no Japão

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou uma missão estratégica em Tóquio, na semana passada, com foco em fortalecer as relações comerciais e ampliar o acesso de produtos brasileiros ao mercado japonês. Essa missão ocorreu em um momento simbólico, prestes a celebrar 130 anos de relações bilaterais entre Brasil e Japão, destacando o compromisso mútuo com o desenvolvimento sustentável, impulsionado pela Parceria Verde, firmada no Grupo de Trabalho da Agricultura do G20, em setembro, no Mato Grosso.

Liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua, a delegação contou com o apoio da Embaixada do Brasil no Japão, do Ministério das Relações Exteriores e da ApexBrasil. Com a presença também do secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Julio Ramos, a missão focou na expansão de exportações brasileiras, como carnes bovina e suína, melão e farinhas, além do pedido para a regionalização em caso de ocorrência de influenza aviária. Nas reuniões bilaterais, participaram também autoridades como o embaixador Octávio Côrtes; o deputado Luiz Nishimori, presidente da Liga Parlamentar de Amizade Brasil-Japão; embaixador Alex Giacomelli, diretor do Departamento de Promoção Comercial, Investimentos e Agricultura do MRE; Grace Tanno, chefe da Divisão de Política Agrícola do MRE; Marco Pavarino, adido agrícola do Mapa no Japão; e Henrique Eller, chefe da Seção de Agricultura na Embaixada do Brasil em Tóquio.

Em reunião com o vice-ministro para Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas do Japão (MAFF), Yoichi Watanabe, e com Shigeki Mori, diretor-geral do Departamento de Assuntos Internacionais, as autoridades brasileiras reforçaram o pedido para que o Japão acelere a análise de risco e permita que outros estados brasileiros, além de Santa Catarina, acessem o mercado japonês para carne suína. Também foi solicitado o avanço das análises para carne bovina. Esses avanços são fundamentais para diversificar as exportações de proteína animal para o Japão.

Outro tema importante foi a regionalização das restrições relacionadas à Influenza Aviária. A delegação brasileira propôs que o Japão aplique medidas por município, de modo que surtos isolados não afetem exportações de outras áreas do país. Esse alinhamento visa assegurar a continuidade das exportações brasileiras de carne de aves, um setor vital para o comércio bilateral.

O Brasil também reforçou a importância de concluir o Plano de Trabalho para exportação de melão. Após a recente abertura do mercado japonês para o abacate brasileiro, a liberação do melão surge como uma nova oportunidade para os produtores nacionais.

A missão incluiu ainda uma nova etapa do Encontro dos SECOMS, SECTECs e adidos agrícolas, realizado pela ApexBrasil, sob a presidência de Jorge Viana, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com o apoio do Mapa. Participaram também os adidos agrícolas Leandro Feijó e Jean Gouhie (China), Ricardo Zanatta (Coreia do Sul) e Marco Pavarino (Japão), que se reuniram para alinhar estratégias e explorar o potencial dos mercados asiáticos para o agro brasileiro.

Na 25ª Sessão Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Japão, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Keidanren, com apoio da ApexBrasil, JETRO e da Embaixada do Brasil, o secretário Luis Rua apresentou os atributos da agropecuária brasileira – qualidade, sanidade, sustentabilidade e complementariedade – valores que reforçam o Brasil como fornecedor confiável para o consumidor japonês.

“Guiados pelas diretrizes do ministro Carlos Fávaro, essa missão reforça o Brasil como parceiro comercial confiável e promotor de segurança alimentar na Ásia. Buscamos consolidar o agro brasileiro como referência em qualidade e sustentabilidade, estreitando laços que beneficiam produtores e consumidores de ambos os países. Temos boas expectativas que os temas de interesse tanto do Brasil como do Japão avancem rapidamente”, concluiu Rua.

BF Show terá 330 marcas de calçados de todo o país esse ano

A 3ª edição da BFSHOW, feira calçadista realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e organizada pela NürnbergMesse Brasil, acontece entre os dias 11 e 13 de novembro com mais de 330 marcas de calçados confirmadas. Considerada a principal feira do setor no País, a BFSHOW ocorre no Distrito Anhembi, em São Paulo/SP. A expectativa é de que passem pelos pavilhões do evento mais de 10 mil compradores nacionais e internacionais.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, projeta um cenário positivo para o evento. “Até agosto o crescimento do consumo aparente de calçados está em 9%. É um ambiente positivo, de aquecimento do varejo, que certamente irá refletir no desempenho na feira”, projeta. Para o ano, segundo o executivo, a estimativa é de que, estimulada pelo mercado doméstico, a indústria calçadista cresça mais de 3%, alcançando mais de 890 milhões de pares produzidos. “Teremos uma coletiva de imprensa no segundo dia do evento, 12, na qual detalharemos dados inéditos do mercado doméstico e exportações, reforçando as projeções positivas da atividade para 2024 e 2025”, adianta Ferreira.

Convidados

No escopo dos 10 mil visitantes esperados estão compradores convidados em projetos conjuntos realizados pela BFSHOW, Abicalçados e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Estão confirmados, neste contexto, 478 compradores nacionais de 290 redes de lojas e 160 importadores de 100 empresas. “No total, temos compradores de 61 países na feira, o que torna a BFSHOW umas das mostras mais internacionalizadas das Américas”, comemora o CEO da NürnbergMesse Brasil, João Paulo Picolo.

Sustentabilidade

Além de negócios, a BFSHOW se destaca pela sustentabilidade, tanto dos seus expositores quanto na própria organização do evento. A 3ª edição da feira prevê reciclar 30% do total de resíduos gerados na mostra.

A NürnbergMesse Brasil foi pioneira no País em promover a destinação correta dos resíduos de suas feiras de negócios antes mesmo da ação virar lei no Estado de São Paulo. O projeto, iniciado em 2023, já destinou 946 toneladas de lixo para reciclagem, todos originários de eventos organizados pela empresa, incluindo a BFSHOW.

Na feira, os visitantes poderão conhecer a Arena de Sustentabilidade, que estará na entrada do evento. Além de promover, neste espaço, as práticas de sustentabilidade da mostra e a certificação Origem Sustentável, o local será palco da exposição BFSHOW Calçados Sustentáveis. Nele, serão exibidos modelos de calçados de expositores que utilizam materiais sustentáveis e prezam pelo menor impacto ambiental da atividade.

São Paulo

A localização do evento é outro atrativo importante, já que a feira finca raízes em São Paulo/SP, agora no recém reformado Distrito Anhembi, ambiente de fácil acesso para visitantes da capital, do interior paulista, de outros estados brasileiros e também de fora do País.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Frota mundial de porta-contêineres inativos alcança mínimo histórico nos dez primeiros meses de 2024


A frota mundial de navios porta-contêineres inativos atingiu um mínimo histórico nos primeiros dez meses do ano, à medida que a crise do Mar Vermelho forçou as companhias marítimas a recorrer a todos os barcos disponíveis para fazer face aos desvios e satisfazer a procura crescente. De acordo com dados da Alphaliner, uma média de 0,7% da frota global de navios porta-contêineres ficou comercialmente ociosa de janeiro a outubro.

Esse número é menos do que o período equivalente de 10 meses em 2021 e 2022, quando a Covid-19 estava no seu pico. E é ainda mais surpreendente dado o enorme crescimento da frota nos últimos quatro anos, que passou de 23,7 MTEUs em outubro de 2020 para 30,6 MTEUs hoje, marcando um aumento de quase 30%.

Nos primeiros dez meses do ano, os maiores navios de 12.500 TEU apresentaram inatividade quase nula em 2024. Este segmento tem coberto principalmente as necessidades de capacidade adicional para desviar os principais serviços em torno do Cabo da Boa Esperança, o que resultou em uma oferta extraordinariamente restrita. As companhias marítimas e os armadores também atrasaram a doca seca de navios não essenciais. A capacidade imobilizada no estaleiro nos primeiros dez meses de 2024 situou-se em média 3,5%, inferior tanto a 2021 (3,7%) como a 2022 (5,1%).

APS recebe contribuições para leiloar terminal que elevará capacidade de combustíveis em Santos

A Autoridade Portuária de Santos (APS) recebeu, nesta semana, contribuições para realização de certame licitatório de arrendamento da área de infraestrutura pública denominada STS 08, com 152,2 mil m2, localizada dentro do Porto Organizado de Santos, visando o aumento de capacidade de tancagem (armazenamento) de granéis líquidos, principalmente combustíveis.

Participaram online e fizeram contribuições os advogados Estevam Palazzi Sartal e Rafael Domingos Faiardo Vanzella, ambos do escritório Machado Meyer; Carlos Helmut Kopittke, da Associação Brasileira de Terminais Líquidos (ABTL); Fabrizio Pierdomênico, consultor portuário e ex-secretário Nacional de Portos; Carlo Rodrigo Faccio, do Instituto Combustível Legal; Luiz Carlos Maia Júnior, da Transpetro;  Roberto David Mendes da Silva, da Petrobras; e Natasha Lage de Oliveira França, da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP).

As contribuições trataram da necessidade de rigor da APS nas habilitações das empresas que vierem a concorrer, com destaque para aspectos técnicos e de segurança em amplo aspecto. Também sugeriram atenção quanto à qualificação econômica e financeira das empresas e a experiência comprovada no setor.

As sugestões ainda ressaltaram a importância de medidas concomitantes de preparação da infraestrutura, como novos berços e melhores acessos, para garantir o bom desempenho de um setor do Porto de Santos vital para o País. Também chamou a atenção o alerta de Fabrízio Pierdomênico para se evitar barreiras que acabem favorecendo a concentração de mercado no setor.

Ao final, o diretor de Regulação e Desenvolvimento de Negócios da APS, Gustavo Pereira, deixou claro que a Autoridade Portuária vive o momento ideal para o leilão, com uma gestão de muito diálogo e transparência; afirmou que as habilitações serão rígidas e que está atento aos cronogramas de infraestrutura para compatibilizar a conclusão do processo com a operação dos berços adicionais e melhores acessos terrestres.  “E, também, temos a premissa de respeitarmos todos os contratos vigentes”, afirmou Gustavo, pedindo ainda aos participantes o envio formal de todas as contribuições.

O presidente da APS, Anderson Pomini, lembra que a medida é de extrema importância para atender ao aumento da demanda por movimentação de combustíveis que suprem as regiões Sudeste, Sul, parte do Centro-Oeste do Brasil e ainda Bolívia, Paraguai e Chile. Além disso, representa aumento da livre concorrência e abertura de mercado, tornando-o menos concentrado, conforme prevê a Lei 9.478 (6/8/1997).

Formaram a mesa da Audiência pública, pela APS, o diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação, Gustavo Salvador Pereira; os superintendentes Bruno Tolino e Leandro Cabral e os gerentes Maria Eduarda Ascariz e Rui Garcia.  

As consultas prosseguem até 29 de novembro de 2024 no site da APS. Os interessados podem clicar no ponto mais alto da página inicial, ao lado da busca, no item Acesso à Informação e, a seguir, no círculo verde denominado Participação Social. Na sequência, clicar na linha Audiências e Consultas Públicas, que terão acesso ao link do Participa + Brasil e à Consulta Pública número 04/2024 – STS08.

A expectativa é que, depois de 30 dias de contribuições recebidas, a APS encaminhe o procedimento ao Tribunal de Contas da União (TCU) e, na sequência, promova o leilão na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).

 

PortosRS participa do ato de inauguração das obras de ampliação do Aeroporto de Pelotas

O presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, participou nesta semana da cerimônia de inauguração das obras de ampliação do aeroporto de Pelotas. Administrado pela CCR Aeroportos, o terminal de passageiros recebeu investimentos que garantiram a melhoria da infraestrutura. A cerimônia contou com a presença do ministro de portos e aeroportos, Silvio Costa Filho, do governador do estado, Eduardo Leite, além de autoridades federais e da região.

Durante sua fala, o governador Eduardo Leite deu destaque também ao Porto do Rio Grande e acrescentou: “a intermodalidade incentiva o desenvolvimento da região. Estão sendo feitos grandes esforços em todas as esferas, esse resultado se reflete na cidade e em toda a região.”

Na oportunidade e acompanhado por um grupo de lideranças da região, Klinger fez um convite para que o ministro venha a Rio Grande conhecer a infraestrutura do complexo portuário. O gerente de planejamento e desenvolvimento, Fernando Estima, também acompanhou o presidente na agenda.

Texto: Assessoria de comunicação Portos RS

 

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Antaq marca data da audiência pública para arrendamento de terminal em São Sebastião


A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) vai realizar a Audiência Pública nº 13/2024, que trata do aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos relativos à realização de certame licitatório para o arrendamento do terminal SSB01.

A sessão pública virtual sobre a licitação vai acontecer no dia 18 de novembro de 2024 a partir das 10h. A transmissão será realizada pelo canal da ANTAQ no YouTube. Não é necessária inscrição para assistir a audiência.

A área, localizada no Porto de São Sebastião (SP), é destinada à movimentação e armazenagem de granéis sólidos e cargas gerais e conteinerizadas. O prazo do arrendamento é de 35 anos e o investimento estimado é de R$ 660 milhões.

Contribuições 

As minutas jurídicas e documentos técnicos relativos à consulta pública do arrendamento do terminal SSB01 estão disponíveis neste link

O período para a realização das contribuições escritas se estende até as 23h59 do dia 28 de novembro de 2024, exclusivamente por meio e na forma do formulário eletrônico disponível no site da ANTAQ, não sendo aceitas contribuições enviadas por meio diverso.

Será permitido anexar imagens digitais, tais como mapas, plantas e fotos exclusivamente através do email: anexo_audiencia132024@antaq.gov.br mediante identificação do contribuinte e no prazo estipulado neste aviso. O envio do anexo em email não dispensa o envio da contribuição por escrito no formulário eletrônico.

Caso o interessado não disponha dos recursos necessários para o envio da contribuição por meio do formulário eletrônico, poderá fazê-lo utilizando o computador da Secretaria-Geral (SGE) desta Agência, em Brasília/DF, ou nas suas Unidades Regionais, cujos endereços se encontram disponíveis no sítio da ANT

CMA CGM adverte sobre aumento das tentativas de fraude digital que atingem seus usuários

A CMA CGM alertou seus usuários sobre um aumento nas tentativas de golpes digitais por meio do uso fraudulento da identidade da companhia marítima. Uma declaração oficial especifica que partes externas têm interceptado comunicações eletrônicas legítimas entre a CMA CGM e os seus clientes, com o objetivo de redireccionar pagamentos para contas bancárias falsas.

Os ataques seguem um padrão em que os hackers substituem o endereço de e-mail da companhia de navegação por um falso, mantendo a conversa e solicitando, em determinado momento, a alteração dos dados bancários. Outros métodos incluem o contacto direto com os clientes através de chamadas telefônicas ou redes sociais, nos quais os atacantes solicitam pagamentos urgentes usando emergências pessoais ou problemas financeiros como pretexto.

A armadora francesa enfatizou que não solicita alterações nas informações bancárias por meio de seu atendimento ou por outros canais não oficiais. Caso haja alguma solicitação suspeita, a CMA CGM recomenda aos seus usuários que não respondam ou encaminhem a mensagem e reportem a atividade ao seu contato habitual na empresa.

Marrocos abre mercado para importação de azeite de oliva brasileiro

O governo brasileiro recebeu o anúncio, pelas autoridades do Marrocos, da autorização para exportação de azeite de oliva brasileiro ao mercado marroquino.

No ano passado, o Marrocos foi o terceiro principal destino das exportações agrícolas brasileiras na África, no total US$ 1,23 bilhão. De janeiro a setembro de 2024, o montante exportado pelo Brasil para o mercado marroquino em produtos agrícolas ultrapassou US$ 903 milhões.

Essa mais recente abertura soma-se à autorização obtida em setembro deste ano para a exportação de grãos secos de destilaria (DDG ou DDGS) do Brasil para o Marrocos.

Com essa nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 193ª abertura de mercado no ano, totalizando 271 aberturas em 61 destinos desde o início de 2023.