sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Cosco lança serviço "Car Carrier" entre Ásia e América do Sul a partir de março de 2024


A Cosco Shipping lançou um novo serviço de transporte de automóveis que conecta o Extremo Oriente com a Costa Oeste da América do Sul. A decisão foi tomada a partir da inauguração do  porto peruano de Chancay, na segunda quinzena de novembro. O terminal, operado pela Cosco Shipping Portos, iniciou a operação com a descarga de veículos elétricos e outras mercadorias que chegavam a bordo dos navios “Cosco Shipping Honor” e “Cosco Teng Fei”.

O itinerário inclui escalas principais em Chancay (Peru) e San Antonio (Chile), bem como na Colômbia, Equador e outros países da região. Com roteiro de navegação mensal, o serviço busca atender à crescente demanda do mercado sul-americano pelo transporte de veículos comerciais, máquinas pesadas e outros produtos.

Além da conexão direta "Xangai-Chancay", a Yuanhai Car Carrier pretende fortalecer os serviços logísticos abrangentes em torno do porto peruano. Isso inclui soluções como armazenamento, inspeção pré-entrega (PDI), distribuição e outros serviços customizados.

O “Cosco Teng Fei” marcou o início do serviço com sua viagem inaugural, movimentando 2.756 veículos de Xangai para Chancay e outros destinos na América do Sul. Paralelamente, a “Cosco Shipping Honor” descarregou contêineres de equipamentos e racks em um único dia antes de sair novamente do porto peruano. Este novo serviço direto, operado pela Yuanhai Car Carrier, expande as rotas da Cosco Shipping para a América do Sul, somando-se às conexões anteriormente estabelecidas com o Golfo Pérsico, Sudeste da África e Europa.

APS participa de seminário sobre legislação de modernização portuária

A Autoridade Portuária de Santos (APS) estará presente no seminário “Modernização dos Portos – Lanterna na Popa e na Proa”, que será realizado no dia 2 de dezembro de 2024, a partir das 9h, na Associação Comercial de Santos (ACS). Representantes do setor portuário brasileiro vão debater mudanças nas leis de modernização dos portos.

O encontro busca fazer uma reflexão sobre as mudanças ocorridas com as implementações das Leis 8.630/93 e 12.815/2013, indicando os avanços e os pontos que precisam ser aperfeiçoados.

O seminário é organizado pela Marco Zero Conteúdo, com patrocínio da APS, e tem o apoio da Associação Comercial de Santos (ACS), Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), Extecil Santos Extintores e Salvatagem e Self Logística.

O evento será transmitido ao vivo pela internet. Ao final do evento será elaborado documento com sugestões de aperfeiçoamentos na legislação. O seminário será dividido em três painéis temáticos: Segurança Jurídica; Eficiência e Produtividade; e Investimentos.

Os debates serão feitos no formato de TEDTalk: cada debatedor terá 18 minutos para fazer suas considerações. A participação do público será feita por escrito, para evitar divagações e proporcionar a participação de mais pessoas.

Programação

1. Segurança jurídica (10h30 às 11h45)
– Murillo Barbosa (Associação de Terminais Portuários Privados)
– Anderson Pomini, Presidente da Autoridade Portuária de Santos
– Mediação: Elias Carneiro Júnior, presidente do Sindifisco Nacional

2. Eficiência e produtividade (das 14h às 15h15)
– Marcos Vendramini, especialista sênior em portos, diretor da V2PA Engenharia e Consultoria
– Alexandre Euzébio, Dir. de Ciência, Tecnologia e Inovação na AEAS e Dir. de Ensino, Pesquisa e Extensão Cenep
– Francisco Nogueira, presidente da Comissão de Assuntos Portuários da Câmara de Santos
Mediação: Marco Santana, jornalista

3. Investimentos (das 15h30 às 16h45)
– Mariana Pescatori, Secretária-executiva de Portos e Aeroportos
– Fabrízio Pierdomênico, consultor
– Paulo Roberto Schiff, jornalista

 

 

Porto do Itaqui recebe Prêmio Antaq em Desempenho Ambiental

O Porto do Itaqui, no Maranhão, foi mais uma vez reconhecido como referência nacional ao conquistar duas categorias no Prêmio ANTAQ 2024: Índice de Desempenho Ambiental (IDA) e Conformidade Regulatória. A cerimônia de premiação aconteceu nesta semana, em Brasília, e reuniu os principais representantes do setor de transporte aquaviário no Brasil.

Pelo segundo ano consecutivo, o Porto do Itaqui recebeu o Índice de Desempenho Ambiental, consolidando sua posição como um dos portos mais sustentáveis do país.  Neste ano, o Itaqui recebeu o segundo lugar na categoria. O IDA é a principal ferramenta de avaliação da gestão ambiental de instalações portuárias, analisando 38 indicadores que abrangem aspectos econômico-operacionais, sociológico-culturais, físico-químicos e biológico-ecológicos. Esse reconhecimento reforça o compromisso do Porto do Itaqui com as melhores práticas ambientais, adequação à legislação e sustentabilidade.

Além disso, o Itaqui também foi premiado na categoriaConformidade Regulatória, que avalia o cumprimento rigoroso das normas e regulamentações estabelecidas pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), levando o terceiro lugar. Essa premiação não requer inscrição, sendo atribuída automaticamente às empresas que apresentam altos índices de conformidade com base em análises de risco infracional e ausência de decisões administrativas transitadas em julgado.

O Prêmio ANTAQ é uma iniciativa criada em 2016 com o objetivo de valorizar o setor de transporte aquaviário e reconhecer práticas de excelência na prestação de serviços à sociedade. As premiações também buscam fomentar a produção técnico-científica e disseminar os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança) no setor portuário.

O diretor de operações do Porto do Itaqui, Hibernon Marinho, destacou a importância do reconhecimento na categoria IDA:“O primeiro lugar no Índice de Desempenho Ambiental, pelo segundo ano consecutivo, reflete nosso compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental, alinhados aos mais altos padrões de gestão portuária”, comemorou o diretor.
Já a coordenadora de regulação, Rita de Cássia, ressaltou a relevância do prêmio de Conformidade Regulatória:“Esse reconhecimento demonstra nossa dedicação ao cumprimento das normas que garantem a segurança, eficiência e regularidade nas operações portuárias, elementos essenciais para o desenvolvimento do setor. ”

Por fim, o diretor de planejamento, Bruno Mota, enfatizou o impacto dessas conquistas no cenário nacional: “O Porto do Itaqui segue como referência no Arco Norte e se consolida como o Porto do Desenvolvimento, gerando valor para o Brasil e promovendo inovação na operação e gestão portuária.”

O Prêmio ANTAQ é um marco para o setor aquaviário no Brasil, com categorias como Gênero e Diversidade, Iniciativas Inovadoras, Artigos Técnico-Científicos, Conformidade Regulatória, Pesquisa de Satisfação dos Usuários e o Índice de Desempenho Ambiental (IDA). Por meio desse prêmio, a agência promove e incentiva boas práticas, sustentabilidade e eficiência no setor.

 

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Condições climáticas favoráveis permitem início da dragagem emergencial no Canal de Itapuã


A Portos RS informa que a dragagem emergencial do Canal de Itapuã foi iniciada após a confirmação de condições climáticas favoráveis para a realização segura e eficiente dos trabalhos. O contrato com a empresa Ster Engenharia foi assinado e as licenças ambientais estavam devidamente aprovadas. Desde a última quinta-feira (21/11) a draga já se encontrava abastecida e posicionada em Porto Alegre, aguardando apenas a liberação das condições meteorológicas para o início das operações.

A obra terá uma extensão de 2.350 metros de comprimento por 110 metros de largura, abrangendo uma área total de 260 mil metros quadrados, e visa remover até 185 mil metros cúbicos de sedimentos. A profundidade de dragagem será de 6 metros, com o objetivo de alcançar um calado operacional de 5,18 metros. O prazo estimado para a execução completa da dragagem é de 90 dias, podendo sofrer alterações de acordo com a produtividade do equipamento e as condições dos sedimentos encontrados. De acordo com o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, “essa obra é mais uma etapa muito importante no caminho de retomada e reconstrução do nosso estado. Com investimentos robustos e muito trabalho, estamos atuando com o objetivo de garantir o pleno restabelecimento do Rio Grande do Sul pós calamidade”. 

As obras de recuperação e desenvolvimento, como a dragagem do canal de Itapuã, estão em andamento graças ao uso de recursos próprios, conforme destacado pelo presidente da Portos RS, Cristiano Klinger. Ele explica que essa estratégia foi adotada enquanto se aguarda a liberação oficial dos recursos do Fundo de Reconstrução do Estado do Rio Grande do Sul (Funrigs), que recentemente aprovou um montante de R$ 731 milhões para iniciativas no estado. “Estamos avançando com as intervenções utilizando recursos próprios, com a expectativa de que o montante aprovado pelo Funrigs permita a quitação desses investimentos e a continuidade de outras ações essenciais”, afirmou Klinger. Essa abordagem garante que as obras prioritárias não sofram atrasos enquanto o processo de liberação formal do fundo é concluído.

O cronograma prevê que, em 20 dias de trabalho, meio canal já esteja em condições de navegação com o calado planejado, o que marcará um importante avanço para a retomada da navegação comercial no estado. Segundo o diretor de infraestrutura da Portos RS, Lucas Cardoso, “em 20 dias de trabalho esperamos ter meio canal navegável com o calado de 5,18 metros. Esta etapa inicial será um marco importante para viabilizar a retomada da navegação comercial no estado”.

Após a conclusão da dragagem do Canal de Itapuã, outros processos de contratação já em andamento garantirão o atendimento dos canais de Pedras Brancas, Leitão, Furadinho e São Gonçalo, para os quais levantamentos hidrográficos e dados sobre volumes de sedimentos já estão disponíveis. Os demais canais sob a responsabilidade da Portos RS serão contemplados após a conclusão do levantamento batimétrico, que já está em fase de contratação. Esse processo permitirá dar sequência imediata à execução das intervenções planejadas, garantindo a continuidade das ações de recuperação e desenvolvimento. (Fonte: Portos RS

 

Mapa reforça atuação dos adidos agrícolas na abertura de novos mercados globais

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu nesta semana, na sede do Ministério, os 29 adidos agrícolas brasileiros em missão, além dos profissionais recém-designados para atuar nas 11 novas adidâncias."Fortalecer as relações diplomáticas e ampliar mercados internacionais são prioridades da atual gestão, conforme orientação do presidente Lula", afirmou ele, destacando as contribuições do Mapa.

"Realizamos mais de 72 missões internacionais para estreitar laços comerciais. A vocês, adidos, cabe identificar as oportunidades de cada país, para fortalecer o agronegócio brasileiro. Juntos, vamos aumentar a eficiência do setor e gerar mais empregos. "O Brasil já abriu 281 novos mercados para produtos agropecuários em 61 destinos. As novas adidâncias desempenharão um papel essencial na identificação de oportunidades e no fomento à cooperação internacional, contribuindo para ampliar mercados e consolidar parcerias estratégicas”, disse Fávaro.

"O trabalho de vocês ao redor do mundo está criando muitas oportunidades para o Brasil. Vamos continuar ampliando mercados e explorando novas possibilidades", destacou Fávaro. "Esses resultados refletem o trabalho conjunto entre o Mapa e o Ministério das Relações Exteriores (MRE)", acrescentou o ministro.

A reunião contou com a presença do secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua; do secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Pedro Alves Corrêa Neto; do secretário-executivo, Irajá Lacerda; do secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart; e do secretário-adjunto de Política Agrícola, Wilson Vaz.

O Brasil possui adidos agrícolas em 29 locais estratégicos, incluindo África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos, França (na Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas em Paris), Índia, Indonésia, Itália (na Delegação Permanente do Brasil junto à FAO e outros organismos internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (na Delegação do Brasil junto à OMC e demais organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia, Bélgica (na Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, com dois adidos) e Vietnã.

Com a ampliação, o Brasil contará com adidos agrícolas em mais 11 países: Argélia, Bangladesh, Chile, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Filipinas, Irã, Malásia, Nigéria e Turquia. Essa expansão reforça o compromisso do Mapa em promover o agronegócio brasileiro em mercados estratégicos e diversificados ao redor do mundo.

 

Autoridade Portuária do Peru espera concluir projeto Callao Anteport em 2025

Após as comemorações da inauguração do Porto de Chancay, a Autoridade Portuária Nacional (APN) do Peru espera concluir o projeto Callao Anteport em 2025. O anúncio foi feito por Juan Carlos Paz, presidente da entidade. O principal objetivo deste investimento de até 100 milhões de dólares será reduzir o congestionamento que afeta o porto e é causado por veículos de transporte público e privado e mais de 3.000 caminhões de carga.

Segundo o executivo, o pré-porto de Callao “funcionaria como um amortecedor para esse fluxo, pois os caminhões chegarão diretamente ao pré-porto e poderão entrar nos dois terminais de Callao com sistema de turnos, reduzindo a possibilidade de congestionamento nas estradas." A infraestrutura está prevista com capacidade para acomodar 729 caminhões em um espaço de 12 quilômetros.

A expectativa é que o projeto reduza o atraso que cada caminhão enfrenta para entrar no porto, processo que atualmente pode levar até 12 horas. Conforme Paz, atualmente, a falta dessa infraestrutura faz com que centenas de caminhões ocupem as principais ruas de Callao, afetando o trânsito. Cabe ressaltar que o porto de Callao movimenta anualmente um volume de 2,7 milhões de TEUs, o que mostra a magnitude do problema.

Além disso, segundo estudo do Ministério do Comércio Exterior e Turismo, os caminhões enfrentam diariamente crimes ligados ao tráfico de drogas e roubo de contêineres, gerando custos adicionais de até US$ 500 por contêiner. Esse valor sobe para US$ 1.000 se for um exportador ou importador menor.

Quanto ao investimento necessário, as estimativas variam entre 40 milhões e 100 milhões de dólares. Porém, para Paz, o mais relevante é o impacto positivo que a nova infraestrutura geraria: “O pré-porto terá rota exclusiva para caminhões entre o pré-porto e Callao, -reduzindo a zero o congestionamento derivado da interação entre caminhões e outros veículos.

Embora ainda não haja um prazo definido para a conclusão do projeto, Paz destaca que o seu andamento depende de uma decisão conjunta entre a APN, o Ministério dos Transportes e Comunicações e a Proinversión. “Gostaríamos que o assunto fosse abordado no próximo ano para podermos dizer: 'vai ter um porto de frente'”, salienta, embora esclareça que está atualmente em fase de planeamento.

Para que o projeto tenha sinal verde, está prevista a promulgação da regulamentação da Lei nº 32.048, que permitirá à concessionária investir além de sua área de concessão, a fim de proporcionar melhorias para a conectividade do porto e aumentar sua competitividade. Com esta aprovação, tanto a DP World quanto a APM Terminals poderão iniciar a construção do Callao Anteport.

Hoje a decisão está nas mãos do Governo, no Ministério dos Transportes e Comunicações, entidade que deve preparar o regulamento sob proposta da APN. Matarani e o aumento da demanda por cobre Outra prioridade da APN é a avaliação de uma importante extensão na concessão do Porto de Matarani, no sul do Peru, que é operado pela Tisur.

Segundo Paz, a concessão atual, iniciada em 1999, expirará em 2029, mas existe a possibilidade de prorrogação por mais 30 anos até 2059. Esta prorrogação requer uma proposta alinhada com o novo plano diretor aprovado. “Queremos reforçar os aspectos de carga mineral, descarga geral e também contêineres com visão de longo prazo”, destaca o executivo, que supervisiona o processo de avaliação das propostas da Tisur.

O plano contempla um investimento total de US$ 420,62 milhões e é impulsionado principalmente pelo desenvolvimento de importantes projetos de mineração na região sul, incluindo: Antapaccay, Constancia, Inmaculada, Expansão Cerro Verde, Las Bambas, Tambomayo, Expansão Horcona, Expansão de Toquepala, Quellaveco e São Gabriel. A estes acresce o projeto de irrigação Majes Siguas II e a futura exploração de Zafranal.

Matarani movimenta mais de 6,5 milhões de toneladas de minério por ano nas exportações, principalmente cobre. “O que estes mineiros manuseiam no sul é sobretudo cobre”, afirma Paz, que antecipa um aumento sustentado da procura, especialmente tendo em conta a transição energética global e a necessidade crescente deste mineral.

Segundo Paz, até ao momento em 2024, o investimento acumulado em oito concessões é superior a 2,2 mil milhões de dólares, evidenciado no desenvolvimento de portos como Callao, Paracas e Paita. Os oito também mantêm compromissos de investimento de mais 3.447 milhões de dólares. Os prazos variam consoante cada projeto, desde o mais antigo em 1999 (Tisur) até ao mais recente em 2018 (Salaverry).

Embarques de açúcar lideram operações no Porto do Recife em outubro

No mês de outubro, a operação de açúcar no Porto do Recife registrou um aumento impressionante de 31%, destacando-se como um marco significativo para a economia da região. Esse crescimento notável não apenas reforça o papel crucial do porto como um dos principais pontos de escoamento da produção de açúcar, mas também evidencia o empenho contínuo em alavancar seus resultados de maneira constante.

A cada dia, o Porto do Recife reafirma seu compromisso com a eficiência e a excelência operacional, contribuindo para o desenvolvimento econômico do estado e do país. Este avanço é fruto de um trabalho árduo e coordenado, que visa otimizar processos e ampliar a capacidade de atendimento.

Paralelamente, houve também movimentações impressionantes: 40.452 toneladas de barrilha, 18.161 mil toneladas de trigo, 14.826 mil toneladas de malte e 11.183 mil toneladas de produtos metalúrgicos. Esses números destacam o papel fundamental do Porto do Recife como um centro estratégico para a movimentação de diversas mercadorias, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região e do país.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Maersk ampliará capacidade de Suape com novo terminal de contêineres 100% eletrificado


A APM Terminals, subsidiária da Maersk, aumentará em 60% a capacidade de transporte de contêineres do porto de Suape, em Ipojuca (Pernambuco), com investimento de US$ 275 milhões em um novo terminal. Esta será a quarta presença portuária da APM no Brasil, além das operações em Santos (São Paulo), Pecém (Ceará) e Itapoá (Santa Catarina), e a primeira em que o grupo terá 100% de participação.

Leo Huisman, CEO da APM Terminals para a região das Américas, disse que o aumento da capacidade em Suape deverá beneficiar imediatamente as importações do setor têxtil da Ásia, reduzindo os custos logísticos e melhorando a competitividade dos exportadores regionais. Especificamente, o novo terminal portuário terá capacidade para 400 mil TEUs e como foco atender o mercado local e atuar como centro de distribuição de cargas de e para o Nordeste e Norte do Brasil.

Outra característica importanate é que o projeto, totalmente financiado pela controladora da Maersk, será 100% eletrificado, sendo o primeiro terminal do tipo na América Latina. A empresa já investiu inclusive 41 milhões de dólares em 28 equipamentos eletrificados. Da mesma forma, contará com tecnologia e processos de última geração, como operações com controle remoto e portas de acesso programadas com alto nível de automação.

Ricardo Rocha, presidente da Maersk para a Costa Leste da América do Sul, destacou que o novo terminal se alinha ao objetivo da empresa de alcançar a neutralidade de carbono até 2040. Ao mesmo tempo, o canal externo de Suape já foi dragado para 20 metros, enquanto o canal interno deverá atingir 16,2 metros dentro de seis meses, apoiado por um investimento de 56 milhões de dólares que inclui a recuperação do cais.

O financiamento para a dragagem vem do governo do estado de Pernambuco e do governo federal, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC3). A dragagem em Suape também melhorará as operações nos terminais de granéis líquidos, facilitando a saída da Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, cuja construção foi retomada no início deste ano.

Após completar uma fase de demolição de 222 dias, a APM irá agora selecionar as empresas que irão construir o cais, pátio e edifícios. A APM Terminals opera atualmente com capacidade total no Brasil e “precisaremos dobrar nossa capacidade nos próximos cinco a dez anos”, disse Huisman. Além disso, por outro lado, destacou que o crescimento económico de 3% esperado para o Brasil este ano foi uma surpresa positiva e contribuiu para um aumento de 22% nas importações e de 16% nas exportações.

À escala nacional, a infra-estrutura terminal do país está se aproximando do seu limite. O terminal de Suape, que deverá gerar 300 empregos diretos e 2 mil indiretos, é um dos três projetos globais que a empresa tem em andamento, ao lado dos de Rijeka (Croácia) e do Vietnã. Huisman destacou a importância de investir antes da demanda para o crescimento futuro: “Ampliaremos as janelas de atracação para nossos clientes, permitindo-lhes introduzir novos serviços que conectem Pernambuco a múltiplos portos globais”, afirmou. O novo terminal da APM será o segundo terminal de contêineres de Suape e se juntará ao já existente, operado pelo ICTSI.

Portos do Paraná movimentam 57 milhões de toneladas entre janeiro e outubro

Entre os meses de janeiro e outubro, os portos de Paranaguá e Antonina movimentaram 57.633.026 toneladas em mercadorias, representando um crescimento de 8% em comparação com o mesmo período do ano passado.

“Estamos continuamente aperfeiçoando nossa infraestrutura, investindo na expansão de nossa capacidade e na administração. O resultado disso é o crescimento constante da produtividade. Atualmente, somos os portos com a melhor gestão portuária do país e trabalhamos duro para manter o alto nível de qualidade exigido pelo mercado”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

A commodity com maior volume no período foi soja, com 12.851.300 toneladas exportadas em 2024, valor 4% maior que no mesmo período de 2023 (12.401.832). A soja em grão é utilizada como matéria-prima para indústrias de diversos segmentos, que vão desde o alimentício até os setores de cosméticos e plásticos.

A segunda commodity com maior volume foi de fertilizantes, com 8.960.380 toneladas importadas este ano. No ano passado, foram 7.908.320 toneladas movimentadas entre janeiro e outubro, um crescimento de 13%. Os portos paranaenses são o principal caminho para a entrada dessa commodity no país, representando 24% da movimentação nacional.

O terceiro segmento com maior operação foi a de contêineres, com 1.306.395 TEUs (unidade equivalente a contêineres de 20 pés de comprimento) movimentados tanto em importação quanto em exportação, representando um crescimento de 31% em comparação com 2023 (1.000.343 TEUs). Os contêineres com controle de temperatura lideram a movimentação, impulsionados pela grande demanda de carne congelada do Oriente Médio.

“Temos que considerar também o incremento da demanda por cargas conteinerizadas em nosso terminal de contêineres, que é o mais qualificado da América do Sul em relação à capacidade de movimentação. Tivemos mais de 1,3 milhão de TEUs movimentados até o final de outubro, um resultado excelente até o momento”, pontuou o diretor de Operações, Gabriel Vieira. 

As importações pelos portos do Paraná foram o destaque do período. Ao todo, foram movimentadas 22.095.672 toneladas entre janeiro e outubro de 2024, em comparação com as 18.161.339 toneladas registradas no ano passado, o que representa um crescimento de 22%. As exportações apresentaram crescimento de 1% no período, passando de 35.198.778 toneladas em 2023 para 35.537.354 toneladas em 2024.

 

Balança comercial tem superávit de US$ 2,1 bilhões na quarta semana de novembro

A Balança Comercial registrou, na 4ª semana de novembro de 2024, um superávit de US$ 2,1 bilhões e corrente de comércio de US$ 11 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,533 bilhões e importações de US$ 4,471 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 21,6 bilhões e as importações, US$ 15,3 bilhões, com saldo positivo de US$ 6,3 bilhões e corrente de comércio de US$ 36,9 bilhões.

No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 306,047 bilhões e as importações, US$ 236,763 bilhões, com saldo positivo de US$ 69,284 bilhões e corrente de comércio de US$ 542,81 bilhões. Esses e outros resultados foram publicados nesta segunda-feira (25/11), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Nas exportações, comparadas as médias até a 4ª semana de novembro/2024 (US$ 1,542 bi) com a de novembro/2023 (US$ 1,394 bi), houve crescimento de 10,6%. Em relação às importações houve crescimento de 14,6% (US$ 1,095 bi) com a do mês de novembro/2023 (US$ 954,87 milhões).

Assim, até a 4ª semana de novembro/2024, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,6 bi e o saldo, também por média diária, foi de US$ 447,31 milhões. Comparando-se este período com a média de novembro/2023, houve crescimento de 12,2% na corrente de comércio.

No acumulado até a 4ª semana do mês de novembro/2024, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho das exportações dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 36,85 milhões (9,9%) em Indústria Extrativa; crescimento de US$ 160,27 milhões (22,5%) em produtos da Indústria de Transformação; e queda de US$ 52,93 milhões (17,6%) em Agropecuária.

Já nas importações, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 3,24 milhões (18,3%) em Agropecuária; crescimento de US$ 138,56 milhões (15,9%) em produtos da Indústria de Transformação; e queda de US$ 3,13 milhões (5,4%) em Indústria Extrativa.

 

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Diretor da Antaq confirma investimentos em hidrovia no Pará e terminal de contêineres em Suape


O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Eduardo Nery, participou de eventos que garantiram mais de 5,6 bilhões de investimentos para o setor aquaviário brasileiro durante a semana. Ele esteve em Belém (PA), onde foram anunciados investimentos superiores a R$ 4 bilhões para o transporte hidroviário de minérios de ferro e manganês pelos rios Paraná e Paraguai. 

O montante será destinado à construção de 400 balsas e 15 empurradores, que serão produzidos e entregues ao longo dos próximos quatro anos. Essa nova frota ficará alocada em seis estaleiros estratégicos, localizados nas regiões Nordeste, Norte, Sul e Sudeste. O projeto deve aumentar o escoamento de minérios em cerca de 6 milhões de toneladas por ano.

Na ocasião estavam presentes, além do diretor-geral da ANTAQ, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; o governador do Pará, Helder Barbalho; o secretário Nacional de Portos, Alex Ávila; a deputada Renilce Nicodemos (PA); entre outros.

Terminal de conteiner 

Na sexta-feira (22), o diretor esteve presente na cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental do Terminal de Uso Privativo (TUP) da APM Terminals no Complexo Portuário de Suape, em Pernambuco. O projeto prevê investimentos de R$ 1,6 bilhão. O terminal está alinhado com as metas globais de sustentabilidade e trará benefícios estratégicos e ambientais, como a otimização da logística.

Além disso, o projeto foi desenvolvido para operar com veículos elétricos, contribuindo para a diminuição das emissões de CO e o controle de poluição hídrica. Participaram do evento, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra; o ministro Silvio Costa Filho; o secretário Nacional de Portos, Alex Ávila; o CEO da APM Terminals Américas, Leo Huisman; e outras autoridades do setor. (Imagem da Hidrovia no Rio Madeira)

 

Movimentação superior a 36 milhões de toneladas consolida recuperação dos portos gaúchos no pós-enchente

Com crescimento nas movimentações de cavaco de madeira, polietileno e celulose, o Porto do Rio Grande encerrou o período de janeiro a outubro com um total de 35.295.995 toneladas em operações de embarque e desembarque de mercadorias, considerando a produtividade tanto do cais público quanto dos terminais situados na área do Superporto.

As operações envolvendo cavaco de madeira registraram um aumento de 12,21%, atingindo 860.998 toneladas. O polietileno teve um acréscimo de 9,06%, chegando a 552.285 toneladas. Já a movimentação de celulose, matéria-prima do papel, variou positivamente em 7,29%, totalizando 3.100.520 toneladas.

A movimentação de contêineres também cresceu no acumulado dos dez meses em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2023, foram movimentados 516.855 TEUs, enquanto em 2024 o número subiu para 652.655 TEUs, representando um aumento de 26,27%. Junho foi o mês com maior movimentação, quando passaram pelo complexo 77.432 TEUs.

As importações pelo Porto do Rio Grande tiveram como principais origens a China (1.445.897 t), a Argentina (1.267.116 t), a Rússia (749.908 t), o Marrocos (647.810 t) e o Canadá (574.031 t). Já as exportações tiveram como destinos a China (9.054.117 t), o Irã (914.194 t), o Vietnã (880.674 t), os Estados Unidos (768.473 t) e as Filipinas (727.876 t).

Porto de Pelotas

Em Pelotas, a movimentação de toras de madeira alcançou 839.361 toneladas. Em seguida, destaca-se o clínquer, matéria-prima do cimento, com 132.549 toneladas, e a soja em grão, com 10.735 toneladas. Juntas, essas operações de embarque somaram 982.645 toneladas

Porto de Porto Alegre

Em Porto Alegre, do total de 592.446 toneladas movimentadas, as cargas de fertilizantes responderam pela maior parte, atingindo 271.473 toneladas. Em segundo lugar ficou o trigo, com 200.840 toneladas. A terceira carga mais movimentada foi a de cevada, que alcançou 57.742 toneladas. O sebo bovino ocupou a quarta posição, com 25.877 toneladas.

Juntas, as três unidades da Portos RS alcançaram 36.871.086 toneladas, números que demonstram a consolidação dos portos gaúchos no período pós-enchente, mesmo diante dos desafios naturais impostos pelos impactos do fenômeno climático. (Fonte: PortosRS)

Maersk destaca oportunidades e desafios logísticos em projetos na América Latina

A geografia única, o ambiente regulatório, a infraestrutura variada e a instabilidade constante da América Latina apresentam oportunidades e desafios para empresas que necessitam de soluções logísticas personalizadas. Roberto Fernaine, diretor regional de Logística de Projetos da Maersk na América Latina destaca que a logística de projetos é como “resolver um quebra-cabeça”, pois envolve entender todos os componentes e descobrir como eles se encaixam para garantir o bom funcionamento.

Ao contrário da logística normal, diz ele, requer soluções abrangentes “sob medida” para enfrentar desafios específicos, como a movimentação de cargas de grandes dimensões, a gestão de entregas urgentes e a coordenação do envolvimento de múltiplas partes, que por vezes pode durar anos num único projecto. Conforme explica, a América Latina é conhecida pelos seus diversos desafios logísticos, desde obstáculos burocráticos até limitações de infraestrutura, a região apresenta barreiras significativas que podem atrasar ou complicar a execução dos projetos.

“A burocracia é um dos maiores desafios”, diz Fernaine. Desenvolver um projeto na América Latina muitas vezes envolve navegar por uma rede complexa de licenças, estudos e documentação, o que pode criar gargalos. Além disso, observa ele, a infra-estrutura da região pode estar subdesenvolvida em certas áreas, com portos e aeroportos nem sempre equipados para receber navios maiores ou cargas pesadas.

Ele também menciona que as comunidades locais podem por vezes apresentar desafios, uma vez que os projetos muitas vezes precisam funcionar em áreas onde a cooperação com as empresas locais é crucial. A instabilidade das regulamentações locais e o clima económico acrescentam outra camada de dificuldade.

Ao enfrentar esses desafios, ele explica que “a Maersk pode desenvolver estratégias customizadas que antecipam e superam possíveis problemas. A colaboração é fundamental. Quanto mais colaboramos com nossos clientes, mais podemos construir sinergias que levam ao sucesso mútuo.” Desafios em infraestrutura e crescimento Fernaine destaca que a região está preparada para o crescimento em infraestrutura e desenvolvimento energético nos próximos anos e que a Maersk se prepara para isso:

“Estamos investindo em novas tecnologias para otimizar as operações e melhorar os protocolos de segurança para proteger nossos projetos e equipamentos”, afirma. Em relação ao atendimento das expectativas dos clientes, ele afirma que “os clientes esperam suporte e visibilidade em tempo real e precisam se sentir confiantes de que seu projeto está sendo gerenciado de forma eficiente do início ao fim”.

Por outro lado, destaca-se a ampla presença e integração global da empresa. “Usamos todos os recursos e experiência global da Maersk para fornecer soluções multimodais completas e integradas”, diz ele. A Maersk já integrou ferramentas avançadas de simulação e projeto para apresentar aos clientes vários cenários, garantindo que as soluções mais eficientes e econômicas sejam selecionadas.

Até 2025, a empresa pretende introduzir sistemas ainda mais sofisticados para otimizar ainda mais os processos logísticos. Igualmente importantes são as associações locais. Essas colaborações fornecem à Maersk informações valiosas sobre as necessidades dos clientes e projetos futuros. “Investimos muito na criação de associações locais porque são essenciais para nos mantermos conectados e informados”, sublinha.

À medida que a América Latina continua a desenvolver-se, Fernaine prevê que os avanços tecnológicos e de infraestrutura serão fundamentais para moldar o cenário logístico, embora o futuro apresente incertezas devido ao crescimento populacional e às mudanças governamentais. “Estamos investindo em capital humano, inovação e tecnologia para permanecermos na vanguarda da indústria em meio a qualquer volatilidade que possa surgir”, conclui.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Argentina aumenta pedágios na Hidrovia Paraguay-Paraná e afeta traslado de minério do Brasil em Nueva Palmira


O governo da Argentina aumentou em 40,5% o pedágio da carga internacional transportada pela Hidrovía com destino ao porto uruguaio de Nueva Palmira (foto). O aumento gerou reações negativas por parte de empresas que investiram em infraestrutura no terminal para escoar a carga de minério de ferro das minas de Corumbá, noBrasil, para outros continentes, e também do próprio Governo em Montevidéu.

Nesse sentido, o subsecretário do Ministério dos Transportes do Uruguai, Juan José Olaizola, afirmou que aumentos de custos em percentual tão significativo e de forma abrupta, “não são benefícios” para o transporte na hidrovia navegável utilizada pelo Uruguai, Argentina, Brasil, Paraguai e Bolívia. Ele revelou que neste momento está sendo realizada uma rodada de consultas com os atores marítimos envolvidos para que o governo tenha uma visão global do assunto antes de fazer uma proposta em nível regional.

Esta não é a primeira vez que o governo argentino aumenta os pedágios unilateralmente, já que em 31 de julho de 2024 anunciou aumentos nos pedágios do trecho da hidrovia ao norte da cidade de Santa Fé até a confluência com o rio Paraguai, ficaria entre 46% e 63%. O conflito só conseguiu ser desbloqueado com intervenções em nível diplomático em 6 de setembro de 2024. Olaizola alertou que todos os países “devem ter clareza” de que a Hidrovia deve ser preservada como eixo central para o transporte regional de mercadorias.

“Os países têm necessidades e visões diferentes. A questão (do aumento das portagens) será analisada nas comissões hidroviárias”, reiterou o líder do governo. Por outro lado, o embaixador argentino no Uruguai, Martín García, afirmou que o aumento do pedágio é necessário para a manutenção e sinalização da Hidrovia e que alertou que “não há negócios” a favor da Argentina.

 

Porto de Santos alcança recorde entre os meses de outubro e projeta melhor marca anual da sua história

O Porto de Santos consolidou, em outubro, a maior movimentação de cargas já registrada na série histórica desse mês. Foram 15,5 milhões de toneladas, um aumento de 8,4% em comparação ao mesmo período de 2023. No acumulado de janeiro a outubro, o porto já soma 153,0 milhões de toneladas movimentadas, o que representa um crescimento de 7,7% frente ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado é recorde histórico para o período, reafirmando o protagonismo do complexo paulista no setor portuário brasileiro.

Os embarques, que totalizaram 10,9 milhões de toneladas em outubro, cresceram 1,4% em relação ao mesmo mês de 2023, enquanto as descargas tiveram alta expressiva de 30,0%, alcançando 4,6 milhões de toneladas. No acumulado do ano, os embarques somaram 112,9 milhões de toneladas (+6,0%) e as descargas, 40,0 milhões de toneladas (+13,0%).

A movimentação de contêineres continua aquecida e foi outro recorde importante, com 493,7 mil TEU movimentados em outubro, 12,3% a mais que em 2023, e 4.548 mil TEU no acumulado do ano, alta de 15,4%.

As cargas do agronegócio continuam a destacar-se, com a soja em grãos atingindo 27,8 milhões de toneladas, o açúcar 23,4 milhões de toneladas e o milho 11,5 milhões de toneladas.

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, celebrou os números recordes, afirmando que “os resultados alcançados até outubro de 2024 são fruto de uma operação eficiente, aliada a investimentos estratégicos que ampliaram nossa capacidade e competitividade. A movimentação de cargas, contêineres e o fortalecimento do agronegócio destacam a relevância do Porto de Santos para o Brasil e o mundo. Estamos confiantes de que alcançaremos um novo recorde anual, reafirmando nosso papel como agente estratégico para o comércio exterior brasileiro.”

Os granéis sólidos somaram 7,6 milhões de toneladas em outubro (+7,7%), impulsionados pelo aumento nas exportações de açúcar a granel (+47,4%) e farelo de soja (+31,3%). No acumulado, foram 79,2 milhões de toneladas (+2,2%), com a soja em grãos respondendo por 35,1% desse volume, o açúcar por 25,4%, o milho por 14,5% e a soja peletizada por 10,5%.

Os granéis líquidos atingiram 1,8 milhão de toneladas em outubro (+5,8%) e 16,3 milhões no acumulado (+2,4%), com destaque para gasolina (+60,7%) e óleo combustível (+25,4%). No acumulado do ano as maiores participações ficaram com o óleo diesel e gasóleo (4,9%), óleo combustível (3,5%) e sucos cítricos (2,4%).

O segmento de carga geral solta movimentou 838 mil toneladas no mês (+3,7%) e 7,7 milhões no acumulado (+6,3%), puxado, principalmente, pelos embarques de celulose (+25,6%).

O fluxo de navios de janeiro a outubro somou 4.660 embarcações, um crescimento de 3,6%.

Corrente Comercial

A corrente comercial brasileira, via Porto de Santos, também cresceu, atingindo US$ 147,3 milhões de janeiro a outubro, correspondendo a 29,0% do total nacional. Os demais portos do país juntos operaram 51,6% da corrente comercial (US$ 262,2 milhões). A China segue como principal parceiro comercial (27,9%), enquanto o estado de São Paulo concentra 53,6% das transações externas realizadas pelo porto.

 

Dragagem emergencial do Canal Itapuã em Porto Alegre, está pronta para ser iniciada

A dragagem emergencial do Canal Itapuã, na Laguna dos Patos, está totalmente preparada para ser iniciada. O contrato foi devidamente assinado entre o governo gaúcha e a empresa escolhida, as licenças ambientais necessárias estão aprovadas e a draga já está abastecida e posicionada em Porto Alegre, próxima do local dos trabalhos.

O Relatório de Viabilidade Operacional da empresa de Navegação Turistinha Ltda, que realizará a obra, ressalva que o início da obra depende de condições meteorológicas favoráveis para garantir a segurança e eficiência das operações. As condições climáticas seguem sendo monitoradas atentamente para que os trabalhos iniciem assim que possível.

A PortosRS, que administra os portos de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre e a hidrovia Patos/Guaíba/Jacuí, divulgou nota informando que reforça o seu compromisso de executar as iniciativas necessárias para manter a plena navegabilidade do sistema. Nas últimas semanas, devido ao nível das águas, ocorreram encalhes de navios na região.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

ONE suspende escalas no porto colombiano de Cartagena devido ao congestionamento no terminal


A ONE informou aos seus clientes que suspendeu temporariamente as escalas no porto de Cartagena, Colômbia (CTG), do serviço ‘EC2’ com destino à Costa Leste dos EUA (USEC). A medida foi adotada devido ao forte congestionamento que afeta o terminal.

A decisão busca garantir a recuperação do itinerário de suas operações, mas terá impactos nos embarques dos serviços ONE na América do Sul, Caribe e América Central destinados à USEC.  Serão imediatamente suspensas as chamadas dos serviços em diferentes pontos de origem e destino: 'ANG'/ 'AN2': Origem, Costa Leste da América do Sul. 'CX1': Origem, Amazônia (Manaus) - Destinos via Cartagena: Savannah, Norfolk, Charleston e Wilmington. 'CX2', 'CX3' e 'CX4': Origem, Caribe e América Central.

A ONE asseguou que continuará a embarcar para os portos de Nova Iorque e Filadélfia utilizando o seu serviço ‘FLX’. O armador, além de lamentar os incômodos causados ​​pela situação, adiantouou que está trabalhando para minimizar o impacto desta situação.

Codeba quer reverter a notificação de suspensão do alfandegamento de portos pela Receita Federal

A Autoridade Portuária da Bahia – Codeba, informa que, desde a notificação da possibilidade de suspensão do alfandegamento dos portos federais do Estado em agosto deste ano, por problemas pendentes de solução há mais uma década, não resolvidos por sucessivas gestões passadas, iniciou imediatamente um diálogo com a Receita Federal para buscar soluções. Uma força-tarefa foi criada para cumprir os acordos necessários e garantir a manutenção das operações.

Desde que assumiu a gestão em dezembro de 2023, a atual diretoria vem implementando melhorias substanciais nos controles de acesso, vigilância, monitoramento e segurança dos portos. Antes mesmo da notificação da Receita Federal, a Codeba já havia iniciado reparações de problemas históricos, com décadas de existência. Além disso, a atual gestão mantém reuniões frequentes com a Cesportos (Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos), Receita Federal e Polícia Federal, com o objetivo de alinhar ações e elevar o nível de segurança e eficiência operacional.

Estão previstas no cronograma orçamentário de 2025, inclusive, contratações de sistemas complementares de vigilância, monitoramento e integração fiscal, terrestres e aquáticos dentre os mais avançados disponíveis.

 

Essas medidas buscam tornar os portos da Bahia mais competitivos e alcançar selos internacionais de certificação. O impacto positivo já pode ser percebido, com um aumento no volume de cargas e novos negócios, como a recente inauguração da rota transoceânica Brasil-China, conectando diretamente a Baía de Todos-os-Santos ao mercado asiático.

No entanto, a suspensão do alfandegamento, caso ocorra, representará um grande prejuízo para a economia do Estado e do país. A redireção de cargas para outros portos pode causar um revés significativo para a economia baiana.

Importante frisar que o problema remonta a 2011, quando gestões anteriores foram alertadas sobre a necessidade de melhorias, mas não tomaram as medidas necessárias. A atual diretoria da Codeba está empenhada em solucionar as questões pendentes, mas as restrições administrativas da gestão pública limitam a velocidade das implementações. 

A Codeba considera que a decisão de suspensão é intempestiva, visto que está adimplente com as medidas acordadas com a SEF, que correm dentro do prazo, e adotará todas as medidas judiciais, legais e administrativas para buscar sua reversão, solicitando um prazo adequado para concluir as melhorias necessárias. Ressalta que gestores anteriores, cujas ações ou omissões contribuíram para a situação atual, serão responsabilizados conforme prevê a legislação vigente.

 

 

 

 

China abre mais quatro mercados para importação de produtos agropecuários do Brasil

Principal parceiro comercial do Brasil, a China abriu quatro mercados para produtos da agropecuária brasileira em acordos firmados por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping nesta semana, em Brasília.  Com isso, o Brasil registra a conquista de 281 mercados agropecuários desde o início de 2023.

São quatro protocolos firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) que estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos. Em uma pauta diversificada, que beneficia produtores de diferentes regiões do Brasil, uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal poderão ser comercializados na China.

O anúncio foi feito pelo presidente Lula em declaração à imprensa após a reunião ampliada com o presidente chinês, no Palácio do Alvorada. "O agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos da China", ressaltou o presidente Lula.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou das cerimônias por ocasião da visita oficial e destacou a importância da retomada da boa relação diplomática entre Brasil e China, que completou 50 anos neste ano de 2024. "O Brasil já se mostrou um país confiável na posição de maior fornecedor de alimentos e energia renovável e podemos continuar ampliando cada vez mais as parcerias, pois temos gente vocacionada, tecnologia e condições de intensificar nossa produção com sustentabilidade", destacou.

Considerando a demanda chinesa dos produtos frutos dos protocolos assinados ao longo de 2023 e a participação brasileira nesses mercados, o potencial comercial é de cerca de US$ 450 milhões por ano, conforme estimativa da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa. “Mas se levarmos em conta outras variantes de mercado e o potencial brasileiro, podemos comercializar muito mais, ultrapassando a cifra de US$ 500 milhões por ano. Nestes 4 produtos a China importa quase US$ 7 bilhões e o Brasil vem se consolidando cada vez mais como um parceiro estratégico, confiável e seguro para a China", explicou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua.

Maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas importações globais do produto, a China desembolsou US$ 1,53 bilhão em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou a sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulse.  Da mesma forma, o país asiático é o principal importador da farinha de pescado (US$ 2,9 bilhões em importações em 2023).  O Brasil registrou participação de 0,79% das exportações mundiais no ano passado.

No sorgo, a participação brasileira é de 0,29% no mercado mundial. A China importou US$ 1,83 bilhão deste produto no ano passado, sendo a maior parte dos Estados Unidos. Após crescimento exponencial e recorde de exportações de uvas frescas, o produto brasileiro chega aos consumidores chineses com registro de 2% no comércio mundial desta fruta. A China é um grande consumidor de uvas premium e importou mais de US$ 480 milhões deste produto no ano passado. No caso das uvas frescas de mesa, deverão ser exportadas frutas majoritariamente dos estados de Pernambuco e da Bahia. Pomares, casas de embalagem e instalações de tratamento a frio devem cumprir boas práticas agrícolas e ser registrados no Mapa.

Já as empresas exportadoras de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal devem implementar o sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ou sistema de gerenciamento com base nos princípios da APPCC; estabelecer e executar um sistema para garantir o recall e a rastreabilidade dos produtos; ser aprovadas pelo lado brasileiro e registradas pelo lado chinês. O registro será válido por 5 anos. As matérias-primas devem ser provenientes de pescado (exceto mamíferos marinhos) capturados na zona marítima doméstica ou em mar aberto e da criação de pescado em cativeiro, ou de subprodutos de pescado provenientes de estabelecimentos que manuseiam pescado para consumo humano.

 

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Rota Ásia/Costa Leste da América do Sul registra volumes e oferta de capacidade recordes


As grandes mudanças nos padrões do comércio global em 2024 tornaram a tarefa de gestão e otimização das cadeias de abastecimento ainda mais complexa. Isso fica demonstrado na rota do Extremo Oriente à Costa Leste da América do Sul (ECSA), onde foram embarcados um recorde de 1,6 milhão de TEUs nos primeiros nove meses do ano, impulsionados pelas exportações da China, que aumentaram 14,8% em relação para 2023, relata Xeneta.

Ao lado do volume recorde nesta rota, há um máximo histórico na capacidade oferecida, que foi em média de 63,9 mil TEUs nas primeiras quatro semanas de outubro (de 30 de setembro a 27 de outubro). Trata-se de um aumento de 73% em relação ao mesmo período de 2023, segundo a Sea-Intelligence. Antes de 2024, a capacidade média de quatro semanas nesta rota nunca tinha ultrapassado os 50.000 TEUs, mas agora essa marca foi ultrapassada 13 vezes.

Mudanças desta magnitude podem trazer incerteza e consequências indesejadas. Ter visibilidade das taxas de frete de longo e curto prazo é essencial, mas as transportadoras também devem ter dados sobre capacidade, tempos de trânsito e confiabilidade de cronograma. Quer um importador já utilize esta rota ou esteja considerando transferir volumes para ela, sem estes dados e conhecimento não poderá compreender e medir totalmente o impacto destas mudanças nos padrões comerciais, destaca a consultoria.

Os dados da Xeneta mostram aumentos anuais na capacidade oferecida em todos os serviços que operam entre o Extremo Oriente e a ECSA no período de quatro semanas que termina em 27 de outubro. O maior aumento ocorreu no serviço 'ESA'/'SA3'/'ASE1', operado conjuntamente pela CMA CGM, Cosco Shipping, Evergreen e PIL. A capacidade oferecida neste serviço mais do que duplicou em relação ao mesmo período de 2023, com quatro navios mobilizados em comparação com apenas um no ano passado.

O ‘Carioca’ operado pela MSC é o único novo serviço a operar nesta rota em 2024. No período de quatro semanas que terminou na semana 43, registrou uma média semanal de 11.100. TEUs implantados. O serviço Carioca conecta Coreia do Sul e China ao Sul do Brasil e inclui ligações em Singapura e Colombo.

Esta rota quase duplica a presença da MSC na rota do Extremo Oriente para a América do Sul. Seu outro serviço, oferecido em parceria com a Hapag-Lloyd e a ONE, teve capacidade média semanal de 11.500 TEUs no mesmo período de quatro semanas. Embora os importadores possam estar desfrutando de uma capacidade recorde entre o Extremo Oriente e a ECSA, os dados da plataforma Xeneta mostram os tempos de trânsito mais elevados registrados para esta rota e a menor fiabilidade do itinerário alguma vez registada.

No segundo semestre de 2024, os importadores prometeram um itinerário médio de 38 dias num intervalo de 34 a 42 dias. No terceiro trimestre deste ano, o tempo real era de 47 dias. Isto é significativamente superior à média de 42 dias para o segundo trimestre, apesar das companhias marítimas não terem anunciado quaisquer alterações. Este aumento nos tempos de trânsito reais fez com que a fiabilidade dos horários caísse para um nível recorde para esta rota em setembro, quando apenas 19,5% dos navios chegaram a tempo.

Esta é uma deterioração significativa em comparação com o início do ano, quando pouco mais de metade dos navios (53%) fizeram escala atempadamente. Antes de 2024, a fiabilidade dos itinerários nesta rota não tinha caído abaixo dos 33%, destacando a magnitude do desafio enfrentado pelos importadores, especialmente considerando que esta rota não é diretamente afetada pelas perturbações no Mar Vermelho. Mesmo a transportadora com melhor desempenho nesta métrica, a ZIM, só alcançou uma confiabilidade de 30,4% em setembro.

A HMM registrou a menor confiabilidade, com apenas 10,3% de seus navios fazendo escala no horário. Apesar da deterioração dos tempos de trânsito e da fiabilidade, a capacidade recorde oferecida na rota Extremo Oriente – ECSA contribuiu para suavizar o mercado spot desde Julho. É assim. A taxa spot média caiu para US$ 6.610/FEU em 18 de novembro, queda de 33,8% em relação a quando o mercado atingiu o pico de US$ 9.840/FEU em julho.

Apesar das recentes quedas, as taxas à vista permanecem 80,7% mais altas do que no ano passado. A taxa média de longo prazo também aumentou substancialmente em comparação com o ano passado, com um aumento de 84,6% que a deixa em 4.200 dólares/FEU. Esta recuperação só ocorreu no segundo semestre de 2024, sendo Novembro o primeiro mês em que as taxas de longo prazo (ou contratuais) caíram ligeiramente, algumas centenas de dólares desde o final de outubro.