sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Presidente do Uruguai inaugura terminal da UPM especializado em celulose no Porto de Montevidéu


O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, inauguro, nessa semana, o terminal da UPM especializado em celulose (Tebetur) no porto de Montevidéu. O ato contou também com a presença do ministro dos Transportes, José Falero, do presidente da ANP, Juan Curbelo, do CEO da UPM, Jussi Pesonen, e do presidente e do vice-presidente do Conselho de Administração da UPM, Björn Wahlroos e Henrik Ehrnrooth, respectivamente.

Jussi Pesonen destacou as condições que o Uruguai oferece para projetos dessa dimensão: “Isso é fruto de um caminho muito longo. Exigiu muita perseverança e determinação e se baseia na confiança que construímos com o Uruguai depois de mais de 30 anos. Para tomar decisões de investimento com olhar para o futuro, é preciso encontrar um destino que ofereça condições adequadas de estabilidade e previsibilidade.

O Uruguai provou ser um país sério, confiável, com uma estrutura legal adequada e apoio sustentado ao investimento e desenvolvimento do setor florestal do país”, comentou. Caracteristicas O novo terminal, segundo o El País, está localizado nas águas profundas do porto de Montevidéu. A produção da planta da UPM localizada em Paso de los Toros chegará ao porto via ferrovia.

No momento, não há certeza se as obras ferroviárias ficarão prontas ou se os caminhões serão usados ​​nos primeiros meses, conforme anunciado no início de 2021. O terminal conta com um armazém coberto de 51.000 m2, com vias de acesso à ferrovia, espaços logísticos e escritórios. Sua capacidade de armazenamento de fardos será de cerca de 160.000 toneladas. Os fardos, que pesam duas toneladas cada, são pendurados em cabides da planta industrial até o interior do porão do navio. Movimento.

O terminal de celulose da UPM terá um impacto notório na movimentação do porto de Montevidéu. Funcionará 24 horas por dia e sete dias por semana, envolvendo a movimentação de 100 navios por ano e um aumento de 60% nas exportações pelo porto. Além disso, terá capacidade para movimentar dois milhões de toneladas de celulose por ano e o tempo de descarga de um trem completo levará três horas e o tempo de carregamento de um navio com 50.000 toneladas, apenas dois dias.

A operação do terminal vai gerar 150 empregos diretos e mais 150 para embarque e desembarque de navios. De acordo com a UPM, o terminal foi projetado e construído com base nas melhores técnicas disponíveis, atendendo às normas europeias e uruguaias, e de acordo com os padrões da empresa finlandesa que oferecem "alta confiabilidade" em termos de segurança, desempenho industrial e operacional.

"O nível de automação, com mais de 1.200 loops de controle embutidos em um sistema de controle de processo, é inovador em comparação com as operações portuárias convencionais", disseram as fontes. O terminal da UPM, que deve operar por 50 anos, levou 37 meses para ser construído. Para finalizar a plataforma logística, a UPM precisou realizar 700.000 metros cúbicos de dragagem; 850.000 metros cúbicos de transferência de areia do leito do Rio da Prata; usar 32.000 metros cúbicos de concreto; instalar 1.050 estacas e usar 300 quilômetros de cabos.

A área portuária é propriedade do Estado. Já o terminal de celulose está a cargo de um operador portuário especializado constituído pelas empresas CHR Group e NODUS. No dia 16 de março deste ano, o consórcio DBCC deu início às obras de construção do Centro de Operações e Manutenção de locomotivas e vagões da linha ferroviária central que transportará cargas para a empresa finlandesa UPM. O Centro está sendo construído em uma propriedade localizada em Juanicó, Canelones.

O consórcio DBCC é formado pelo grupo logístico uruguaio Christophersen -hoje Grupo CHR-, a empresa espanhola Cointer Concesiones do Grupo AZVI e a empresa alemã Deutsche Bahn International Operations. A DBCC recebeu o contrato de transporte de carga para produção e suprimentos da UPM por 25 anos. Este é o contrato de transporte ferroviário de mercadorias mais importante do Uruguai e um dos maiores da América Latina: US$ 1.000 milhões. Além disso, foi informado que a DBCC movimentará 2.300.000 toneladas de celulose e produtos químicos para a UPM por ano.

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