segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Embaixador da Argentina no Brasil manifesta ao Sdaergs "inquietude" com a situação da ponte em Uruguaiana

O vice-presidente do Sdaergs (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul), Fábio Ciocca, entregou documento, em Porto Alegre, nessa semana, ao embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, sobre a situação da ponte internacional entre Uruguaiana e Paso de Los Libres e outros assuntos envolvendo os dois países. "Manifestamos nossa preocupação com o funcionamento de forma parcial da travessia, em virtude de problemas na sua estrutura, que estão sendo consertados, especialmente porque a partir de novembro deverá ocorrer um aumento significativo no fluxo de veículos de turistas que vêm passar as férias no Brasil", relatou o dirigente. 

O embaixador mostrou preocupação com o relato e as fotos exibidas, incluindo imagens de filas excessivas de carros e que evidenciam "a precariedade" da infraestrutura. "Ele prometeu realizar os encaminhamentos necessários junto ao Ministério de Obras Públicas e o "Vialidad Nacional" (organismo da pasta encarregado de garantir as condições das rodovias argentinas) e reafirmar ao seu governo a importância de atender essas reivindicações", revelou Ciocca.

O encontro ocorreu na sede da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul), na capital gaúcha. Participaram, também, o cônsul-geral argentino no Estado, Jorge Perren, uma delegação de Avellaneda, na Grande Buenos Aires e empresários da Argentina e do Brasil. O anfitrião foi o coordenador do Grupo Temático de Negociações Internacionais da federação, Frederico Beherends.

Durante a reunião, o dirigente do Sdaergs ponderou a Scioli a necessidade de que os governos dos dois países examinem em conjunto situações que envolvam interesses comuns às duas nações. "É o caso da importância de investir na reforma da ponte, os contratos de manutenção e conservação da estrutura e as questões migratórias", citou Ciocca. O embaixador, segundo ele, manifestou "inquietude" com os problemas migratórios em ambos os lados da fronteira e com o aumento considerável de veículos que deverão cruzar a ponte a partir do próximo mês como acontece todos os verões.

A ponte unindo Argentina e Brasil apresentou rachadura em um pilar, no mês passado, ainda na parte seca, problema que já está sendo saneado, graças à liberação de verba emergencial para o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre), e deverá levar de seis meses a um ano para ser concluída. O Sdaergs gestionou junto ao Ministério da Economia para que essa medida fosse concedida. O Sindicato manteve igualmente reuniões com a Receita Federal e com a Polícia Rodoviária Federal, buscando soluções para reduzir os problemas causados pela interdição parcial da travessia, que no trecho em que está sendo executada a obra, está funcionando em meia pista.

 

 

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