Entrada de novos navios graneleiros na frota mundial seguirá caindo nos próximos anos

       Com uma lista de ordens de construção cada vez mais reduzida, as entregas de navios graneleiros diminuiu significativamente desde o pico de 2011, alcançando em 2017 seu nível mais baixo, em tonelagem de peso morto (TPM) a partir de 2008. Em 2017, as entregas continuaram caindo ainda que pareça ter havido uma melhora nas condições de mercado que levou ao cumprimento de contratos postergados no ano anterior, dando certo impulso aos volumes de entrega dessas embarcações, de acordo com matéria da Clarksons.

      No total, foram entregues 456 navios, equivalentes a 38,4 milhões de TPM à frota global de graneleiros no ano passado, uma redução de 64% em termos numéricos e de 62% em TPM, na comparação com os volumes máximos de 20111. A queda refletiu uma diminuição significativa de 74% em nível mundial desde fins de 2011, quando foram registrados 757 navios, com um total de 80,5 milhões de TPM até início de 2018. Além disso, a não entrega no setor durante esse período foi igualmente alta, passando de 27% em 2011 para 49% em 2016, embora baixando o índice para 34% em 2017.

     Na  comparação com os níveis de 2011, as entregas de graneleiros de estaleiros sul-coreanos diminuíram mais em relação aos outros grandes construtores - China e Japão. A queda foi de 94%, atingindo apenas 1,2 milhão de TPM em 2017. Entretanto, em termos absolutos, a redução mais significativa ocorreu entre os estaleiros chineses, que entregaram 22,2 milhões de TPM à frota global em 2017, queda de 57%, em relação aos níveis de 2011. 

     Segundo a Clarksons, as entregas seguirão caindo nos próximos anos, especialmente entre os estaleiros chineses, e virtude do peso ocupado hoje por essas empresas no mercado internacional. Nos últimos anos, os fabricantes da China superaram os do Japão e depois os da Coréia do Sul, que lideraram o mercado durante décadas.