segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Possibilidade de movimentar soja provoca polêmica em Itajaí

         O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (PMDB), reafirmou que pretende abrir os berços 3 e 4 do porto local à operação de carga geral, não conteinerizada. Contudo, a possível vinda da soja, ensaiada no governo anterior, divide opiniões.É  consenso que o complexo do norte catarinense precisa incrementar a movimentação após ter perdido metade das linhas, em 2015. Mas há preocupação sobre os impactos desse tipo de operação.
         Primeiro, pelo valor agregado. Commodities rendem menos ao porto do que contêineres. Além de os grãos ocuparem um espaço valioso, podem inviabilizar o transporte de outras cargas _ como veículos, por exemplo. Há ainda a questão do trânsito. Em época de safra, o volume de caminhões carregados de soja nas ruas de Itajaí tende a atrasar o fluxo dos contêineres.
         "A médio prazo, entendo que não é uma operação interessante para Itajaí. Podemos perder nossa principal carga, que é o contêiner. E isso seria uma tragédia", diz o vereador Robison Coelho (PSDB), que é portuário. Outra preocupação em relação à soja diz respeito à sujeira que ela deixa pelo caminho _ e se é possível evitá-la.
        No Porto de Paranaguá (PR) a prefeitura teve que instituir multa para caminhões que sujam a cidade. Mas as reclamações continuam, especialmente em relação ao cheiro. O que seria um problema em Itajaí, que tem o porto tão próximo de área residencial.
       Uma maneira de democratizar a decisão sobre a operação de soja no Porto de Itajaí é através de uma audiência pública, com apresentação de prós e contras. Uma decisão conjunta seria bem mais sensata, entendem diversos usuários.

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