quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Movimentação de cargas nos portos brasileiros cai 1% em 2016

        Os portos organizados e os terminais de uso privado do Brasil movimentaram no ano passado 998 milhões de toneladas. O número representou um decréscimo de 1% em relação a 2015, quando foi movimentado 1,008 bilhão de toneladas. A informação é do Anuário Estatístico Aquaviário 2016 da Antaq, produzido pela Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho e divulgado nesta quarta-feira (15), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
         A divulgação do Anuário Estatístico Aquaviário 2016 da Antaq aconteceu em parceria com a Fiesp e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) nesta quarta-feira (15) e contou também com a presença do ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa.
         A movimentação de carga nos portos organizados em 2016 caiu 2,5%. No ano passado, foram movimentados 343 milhões de toneladas. Em 2015, esse número foi 351 milhões de toneladas. Em relação aos terminais de uso privado, a queda foi de 0,25%. Em 2016, os TUPs movimentaram 655 milhões de toneladas. Em 2015, 657 milhões de toneladas. Entretanto, a movimentação de cargas nos portos e nos TUPs entre 2011 e 2016 cresceu 12,4%.
         Sobre a participação regional na movimentação de carga, o Sudeste ficou em 2016 com 496 milhões de toneladas. Já o Nordeste movimentou 270 milhões de toneladas. A Região Sul movimentou 142,4 milhões de toneladas. O Norte, 86 milhões de toneladas; e o Centro-Oeste, 3,7 milhões de toneladas.
Em relação à movimentação de contêineres nos portos e nos TUPs, Santos (SP) liderou em 2016, com 32 milhões de toneladas (-5,4%). A Portonave (SC) ficou em segundo, com 9,7 milhões de toneladas, aumento de 27,2%. Em terceiro, apareceu Paranaguá (PR), que movimentou 8,2 milhões de toneladas, queda de 5,4%.
         Em relação às mercadorias, destaque para os minérios, com 418 milhões de toneladas movimentadas, aumento de 2,7% na comparação com 2015. O setor portuário registrou aumento na movimentação de açúcar (9,2%), adubos (19,3%) e celulose (31,3%). O ponto negativo foi a movimentação de cereais (grupo que inclui o milho), com queda de 30,6%.
         A movimentação na navegação de longo curso caiu 1,7% no ano passado em comparação com 2015. No entanto, entre 2011 e 2016, houve crescimento de 12,8%. Na cabotagem, houve crescimento de 0,8%. Em relação às vias interiores, a queda foi de 1,5% se comparado 2016 com 2015. Porém, entre 2010 e 2016, registrou-se um aumento de 11,3%.
         Os terminais de uso privado movimentaram 66% das cargas. Os portos organizados ficaram com 34%. Santos (28,3%), Itaguaí (17,1%), Paranaguá (11,7%), Rio Grande (7%) e Suape (6,6%) movimentaram 70,7% das cargas totais dos portos organizados. Em relação aos TUPs, Ponta da Madeira (22,7%), Tubarão (16,5%), Almirante Barroso (7,1%), Ilha Guaíba (7%) e Angra dos Reis (5,8%) representaram 59,1% do total de cargas.
         Para o diretor-geral da Antaq, Adalberto Tokarski, o Anuário Estatístico Aquaviário é um produto bem trabalhado pela Agência. “Mês a mês, os portos devem informar à Antaq sua movimentação. Isso torna nossa estatística segura e atual”, destacou.
         O diretor da Antaq, Fernando Fonseca, ressaltou que a Agência vem avançando no aprimoramento de plataformas para coleta e tratamento de dados aquaviários. “A disponibilização desses números está cada vez mais célere”, disse Fonseca, informando que a Antaq está trabalhando na elaboração de uma plataforma sobre o mercado de transporte marítimo.
         O diretor da Antaq, Mário Povia, afirmou que a Agência vem se consolidando na produção de estatísticas. “A Antaq é referência na produção de dados do setor aquaviário.”, disse.
         A Diretoria da Antaq reiterou que a Agência vem trabalhando para o incremento da infraestrutura do setor portuário, para viabilizar um ambiente competitivo, fortalecer a segurança jurídica e garantir previsibilidade. Além disso, os diretores da Antaq defenderam a redução do Custo Brasil, a simplificação do processo de outorgas e a desburocratização do setor aquaviário.

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