sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Ministro dos Transportes assina OS para início da dragagem no Porto de Paranaguá

         O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, assinou nesta quinta-feira (02/02) a ordem de serviço para início das obras de dragagem do Porto de Paranaguá (PR). A execução do projeto compreende o aprofundamento do canal de acesso aquaviário, bacia de evolução e berço público do Porto. O Ministério dos Transportes vai investir um total de R$ 394 milhões nos serviços de dragagem. Na oportunidade, o ministro assinou também a aprovação do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Paranaguá.
         Para o ministro Quintella, a obra vai propiciar a melhoria da segurança de navegação, evitando a espera das janelas de entrada de navios de grande porte, o que vai ao encontro da meta da autoridade portuária em manter o nível de espera zero. “Além da ampliação de cargas em mais de 10,5 mil toneladas, com o aumento de profundidade em 1,5 metro nos berços. Esta dragagem vai impulsionar o crescimento da capacidade portuária do Estado”, explica o ministro.
          O prazo previsto para a conclusão da obra é de 11 meses, contrato que será executado pela empresa DTA Engenharia Ltda, que venceu a licitação. Há 20 anos que o porto não passava por dragagens de aprofundamento – foram feitas três dragagens, de manutenção, entre os anos de 2012 e 2016. “O porto não poderia esperar mais por esta obra pelo alto grau de influência de Paranaguá para o setor produtivo do país”, afirma Quintella. Com 1,5 metros a mais de profundidade, apenas no Terminal de Contêineres, será possível carregar 1.050 Unidades de Contêiner a mais por navio.
         Todos os investimentos em infraestrutura realizados ao longo dos últimos em Paranaguá pela Appa e Governo do Estado, bem como a condução do processo de obtenção de licenciamento da obra, foram essenciais para que o porto recebesse a dragagem de aprofundamento. “Nos preparamos para dar este passo. Já repontencializamos o porto desde seu Pátio de Triagem, suas entradas e balanças, até o cais de atracação, que passou pela sua maior reforma em 80 anos”, explica o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
         A dragagem ocorrerá em três áreas que permitem o acesso de navios numa extensão de, aproximadamente, 45 quilômetros. Ao todo, serão dragados 14,2 milhões de metros cúbicos de areia, quantidade suficiente para encher 15 estádios de futebol como o Maracanã. Todo o processo de obtenção do licenciamento ambiental junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) foi conduzido pela Appa. Com a nova dragagem, o canal de acesso ao Porto de Paranaguá, chamado canal da Galheta, passará a ter 16 metros de profundidade. Hoje, o canal possui 15 metros.
         A Bacia de Evolução do canal – área utilizada pelos navios para manobra e atracação – ganhará mais dois metros de profundidade com a nova dragagem, passando de 12 para 14 metros. Já as áreas intermediárias, localizadas entre o Canal da Galheta e a Bacia de Evolução, passarão a ter entre 14 e 15 metros de profundidade.
         Com o aumento da profundidade em 1,5 metros nos berços, cada navio que atraca no Porto de Paranaguá poderá ter a sua carga ampliada em 10,5 mil toneladas. Isso representa um aumento mensal, apenas no Corredor de Exportação, de 315 mil toneladas que poderão ser carregadas a mais. (veja o infográfico)
         O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, explica que o principal benefício da dragagem de aprofundamento é a segurança para a navegação. “A dragagem trará maior segurança para a navegação, independente da maré. Além disso, permitirá promover ganhos de escala para redução do custo Brasil”, reforçou .
         O assoreamento dos canais de navegação é um fenômeno natural de recomposição dos materiais no fundo dos canais. O canal de Galheta, que dá acesso aos portos do Paraná, é artificial e foi aberto na década de 1970, o que possibilitou ao Porto de Paranaguá se posicionar como o segundo maior porto público da América Latina e uma das maiores plataformas de exportação de grãos do mundo.
          O Porto de Paranaguá fechou o ano de 2016 com 45,1 milhões de toneladas movimentadas. O resultado é 2% superior ao alcançado em 2015, quando 43,9 milhões de toneladas de cargas foram movimentadas. Ao todo, foram exportadas 27,9 milhões de toneladas por Paranaguá em 2016. O crescimento mais significativo foi no embarque de açúcar, que movimentou 5,1 milhões de toneladas e registrou 19% de aumento em relação a 2015.
         A marca foi alcançada em função dos recentes investimentos, no valor de R$624 milhões, realizados pelo Governo do Estado em obras de infraestrutura, entre elas, o reforço do cais e as dragagens de manutenção.
         Outro tipo de mercadoria que impulsionou o resultado do porto em 2016 foi a exportação de carga geral. As 5,8 milhões de toneladas embarcadas conferiram à carga um aumento de 5% em relação ao ano anterior.
         O ministro Maurício Quintella também assinou a aprovação do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Paranaguá (PDZPO). Formulado em parceria com a comunidade portuária, usuários, entes públicos e privados, o Plano é a linha mestra de desenvolvimento dos portos. Este é o primeiro plano de desenvolvimento e zoneamento feito em total consonância com o Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), do Governo Federal, e em conformidade com todas as resoluções ambientais vigentes.
         A partir dele, são estabelecidas as diretrizes para o crescimento da estrutura portuária e da expansão das áreas dos terminais. Nele está previsto o aumento da demanda pelo porto até 2030.
PRESENÇAS - Estiveram presentes na solenidade o secretário de Infraestrutura Portuária do Ministério dos Transportes, Daniel Maciel; o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski; o prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque; o deputado estadual, Tião Medeiros; o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Antônio Carlos Bonetti; empresários do setor, vereadores e representantes dos sindicatos portuários.

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