Gana e o lado "b" da Copa

O governo de Gana comprou (melhor dizendo pagou) a briga entre a Associação Nacional de Futebol e os jogadores da seleção, que ameaçaram não entrar em campo na última partida do time no mundial caso não recebessem o prêmio prometido pela entidade, que ficou enrolando, alegando não ter a grana. O presidente John Dramani Mahana encheu um avião com US$ 3 milhões de dólares, que desembarcou no Brasil e o dinheiro foi distribuído aos atletas. No dia seguinte, bolsos recheados, entraram em campo e.... perderam. Eliminados, os craques já voltaram para casa, bem longe de Gana, claro, apesar do amaor à pátria. Estão nas cidades dos clubes em que jogam, a maioria na Europa. Além do inusitado roteiro de comédia pastelão, ficou a inveja entre os brasileiros da excelente qualidade da burocracia e da logística ganenses, que em menos de 24 horas fez toda a operação, algo impensável até em sonho para qualquer cidadão ou companhia brasileira. Questionado, o ministro da Justiça, José Cardozo, negou qualquer irregularidade na ação. Então, já decidi, se eventualmente fizer alguma transação internacional, vou contratar os admiráveis serviços da nação africana.