terça-feira, 8 de abril de 2025

MSC incorpora navio de 7.872 teus movido a GNL ao serviço Far East Carioca


 

A HD Hyundai Heavy Industries (HHI) entregou o navio porta-contêineres movido a GNL de 7.872 TEU “MSC Le Havre”. A MSC utilizará a nova embarcação em seu serviço Far East Carioca (ECSA), que opera uma frota mista de navios de 6.000 a 12.000 TEU.

Depois do MSC Pantera, MSC Lyon e MSC Rouen, o novo navio é o quarto de uma série de seis navios compactos que o estaleiro sul-coreano entregará à MSC em 2024 e 2025. O “MSC Le Havre” tem 272,20 m de comprimento e 42,80 m (17 linhas) de largura, com 92.000 dwt e 15,10 m de calado.

Ele é equipado com um motor principal MAN B&W série 6G80ME-C9. O número exato de conexões frigoríficas no navio ainda não foi revelado, mas com 14.800 kW de energia auxiliar, ele deve ser capaz de abastecer pelo menos 1.400 contêineres.

Os dois últimos navios da série de 7.872 TEU da Hyundai, o MSC Marseille e o MSC Calais, estarão operacionais em maio e junho. No total, os estaleiros HD Hyundai e HD Hyundai Samho construirão pelo menos 18 unidades desse tipo básico movido a GNL, embora em variantes diferentes para ZIM, MSC e CMA CGM Group.

O modelo de 272,20 m x 42,80 m se tornou um dos dois tamanhos padrão entre os navios modernos da classe de 8.000 TEU. Entretanto, alguns desenhos correspondem a um tipo ainda mais compacto de 260,00 m x 45,60 m (18 linhas).

América Latina avalia impacto das tarifas dos Estados Unidos no seu comércio internacional

 

O governo dos Estados Unidos anunciou a implementação de uma série de "tarifas recíprocas" de pelo menos 10% sobre a maioria dos produtos importados do resto do mundo, como parte de uma estratégia comercial liderada pelo presidente Donald Trump para reduzir o déficit comercial dos EUA.  medida terá implicações econômicas diretas para a América Latina, onde os possíveis efeitos e reações já estão sendo analisados.

A aplicação será mais severa em economias que, segundo Washington, têm desequilíbrios comerciais significativos, como a China, que enfrentará uma tarifa de 34%, enquanto na América Latina, Guiana, Nicarágua e Venezuela serão atingidas com tarifas de 38%, 19% e 15%, respectivamente. Em contraste, países como o México não foram incluídos até agora, devido aos termos do Acordo de Livre Comércio Estados Unidos-México-Canadá (USMCA).

No entanto, de acordo com a Bloomberg Online, especialistas alertam que o país continua sob escrutínio no radar comercial dos EUA. Segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), em 2023, as exportações de bens da América Latina e do Caribe para os Estados Unidos atingiram US$ 611 bilhões, enquanto as importações dos Estados Unidos totalizaram US$ 486 bilhões.

Analistas preveem que as novas tarifas podem desacelerar o comércio regional, gerar pressões inflacionárias — principalmente devido ao aumento dos preços das commodities — e reduzir o crescimento econômico, especialmente nos países mais vulneráveis. Na América Central, países como Honduras, El Salvador, República Dominicana e Panamá estão entre os mais vulneráveis ​​devido à sua forte dependência do mercado dos EUA, migração, remessas e tráfego comercial, de acordo com a BBC Mundo.

A Costa Rica, por sua vez, reconheceu que, embora a tarifa de 10% represente um fardo, ela é uma das mais baixas aplicadas no mundo. "Eles não estão nos punindo nesse sentido", disse o presidente Rodrigo Chaves. Na América do Sul, o Brasil manifestou seu repúdio às medidas. O presidente Lula da Silva garantiu que o país responderá usando as ferramentas disponíveis no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O Brasil exporta produtos importantes para os EUA, como petróleo, soja, minério de ferro e milho, muitos dos quais agora enfrentarão novos custos. O Chile, que tem um acordo de livre comércio com os Estados Unidos desde 2003, também foi incluído no pacote tarifário. O imposto de 10% afetará produtos como salmão, uvas e vinho. Autoridades chilenas indicaram que estão analisando o alcance da decisão, enquanto economistas locais alertam que o impacto será negativo tanto para a demanda externa quanto para o crescimento econômico interno.

No Peru, os setores têxtil, agroindustrial e de mineração podem ser os mais afetados. O governo anunciou que pedirá ao governo dos EUA que reconsidere as tarifas. Apesar do impacto esperado em certos setores, alguns especialistas estimam que o país poderá permanecer competitivo em comparação a países com impostos mais altos. Equador e Colômbia também estudam os próximos passos.

No caso colombiano, a Câmara de Comércio Colombiano-Americana (AmCham) propôs estabelecer um canal direto com o Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) para buscar uma possível exclusão de determinados produtos. Perspectivas Medidas unilaterais dos EUA podem ter consequências mais amplas se outros países decidirem retaliar. Isso aumentaria a incerteza nos mercados internacionais e afetaria o investimento estrangeiro direto, de acordo com vários analistas.

Para a América Latina, a situação abre portas para uma possível reconfiguração das estratégias de exportação. Café colombiano, mirtilos peruanos, vinho argentino e camarão equatoriano são alguns dos produtos que, apesar das tarifas, podem continuar atrativos pela sua relação custo-benefício se conseguirem se diferenciar de concorrentes com cargas tributárias mais altas.

À medida que os detalhes da implementação das tarifas se tornam mais claros, a América Latina está avaliando suas opções. Enquanto alguns países estão optando pelo diálogo diplomático, outros estão considerando ativar mecanismos legais ou retaliação comercial. A região, em qualquer caso, enfrenta um ambiente global mais incerto, no qual a diversificação das exportações e o fortalecimento de alianças multilaterais serão fundamentais para reduzir vulnerabilidades e sustentar o crescimento.

Governo federal vai pagar dívida de R$ 48 milhões do Porto de Itajaí deixada por gestões anteriores

 

O secretário nacional de Portos e Aeroportos, Alex Sandro de Ávila, aunciou, em reunião virtual com a Federação das Indústrias de SC, que o governo federal garantiu o contrato emergencial com a empresa responsável pela dragagem de manutenção do canal de Itajaí e pagará a dívida de R$48 milhões, deixada pelo município e por gestões anteriores, com o fornecedor nos próximos dias.

“Com muita alegria e satisfação, foi confirmado o que já vínhamos anunciando: o Governo Federal pagou a conta deixada pelo município de Itajaí e por gestões anteriores. O valor de R$48 milhões refere-se ao serviço de dragagem do nosso porto”, informou o superintendente do Porto de Itajaí, João Paulo Tavares Bastos.

O superintendente também explicou que o secretário nacional do Ministério de Portos e Aeroportos, Alex Sandro de Ávila, durante a reunião virtual com a FIESC, confirmou a quitação da dívida, o que representa uma garantia para as operações portuárias.

Além de quitar essa dívida herdada, o secretário também anunciou a contratação e prorrogação dos serviços de manutenção do calado, essenciais para o complexo portuário de Itajaí. “É o Governo Federal resolvendo o problema do Porto e atendendo a nossa gente”, concluiu Bastos.