quarta-feira, 21 de junho de 2023

Uruguai vai licitar seis áreas para implantação de parques eólicos marinhos no 2º semestre

A Administração Nacional de Combustíveis, Álcool e Portland (Ancap) do Uruguai fará no segundo semestre uma primeira chamada internacional com o objetivo de ceder seis áreas para a instalação de parques eólicos offshore, focados na produção em larga escala de hidrogênio verde ou derivados para a exportação de energia, revelou Santiago Ferro, gerente de Transição da entidade. Já em 2022, foram delineados 10 parques offshore, dos quais se decidiu licitar apenas uma parte, dada a recomendação do Banco Mundial de fazer uma primeira oferta para posicionar o Uruguai nesta área sem o risco de saturar o mercado.

As áreas definidas no mar têm um potencial de produção de 3 GW de energia, enquanto a capacidade de produção de hidrogénio é equivalente a 200.000 toneladas por ano. Segundo a Ancap, do ponto de vista técnico, desde o ano passado está tudo pronto para seguir em frente e que agora “está tudo acertado com o Poder Executivo e seguindo o processo administrativo” para a finalização da licitação, segundo o presidente da entidade , Alejandro Stipanicic.

Para tanto, a Lei de Responsabilidade Civil de 2021 definiu a ampliação dos poderes jurídicos da Ancap para a produção, distribuição, comercialização, importação e exportação de hidrogênio verde e derivados (combustíveis sintéticos, metanol, amônia, líquidos orgânicos portadores de hidrogênio, entre outros) sob regime de livre regime de concorrência. Ferro, ao detalhar a oferta, indica que "estamos a falar de hidrogénio ou derivados, da possibilidade de gerar energia no mar, mas produzir hidrogénio em terra ou pode ser tudo centrado no mar.

Essa flexibilidade é precisamente uma das pontos fortes do projeto e é uma das coisas que mais interessam aos desenvolvedores", disse ele durante uma conferência. As áreas marítimas serão fornecidas gratuitamente e estima-se que a conclusão dos projetos exigirá investimentos entre US$ 2.000 e US$ 3.000 milhões, e que estão atrelados a uma demanda de produtos previamente assegurada.

O Uruguai definirá os requisitos para o cumprimento dos planos de trabalho e normas ambientais. O modelo de contrato incluirá diferentes etapas de pesquisa e análise, para que as empresas de energia façam estudos de viabilidade e avaliem o potencial das áreas. Os períodos de avaliação podem ser alargados entre 2 e 10 anos, antes de a empresa decidir se passa para uma fase de investimento e desenvolvimento para produzir na área adjudicada. A Ancap pode eventualmente ser associada a um projeto quando um plano de desenvolvimento é apresentado.

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