sexta-feira, 18 de julho de 2014

O comércio que não é legal

O crescimento do comércio de guepardos para serem explorados como animais "domésticos" de luxo em países do Oriente Médio está levando à extinção das populações, que já eram ameaçadas, de acordo com estudo feito pelo Programa de Conservação dos Guepardos, uma parceria entre a Zoological Society of London e a Wildlife Conservation Society, pela perda do seu habitat natural, imensas faixas de terras hoje ocupadas por fazendas. O estudo, divulgado pelo jornal The Guardian, de Londres, revela números preocupantes deste negócio, apontando que mais de dois terços dos filhotes contrabandeados morrem no caminho das viagens ilegais que saem principalmente do Nordeste da África, e em menor escala do Irã, para a Peninsula Arábica. Os governos das nações envolvidas nas duas pontas deste tráfico admitem a gravidade da situação e prometem a adoção urgente de medidas para coibir a compra e venda dos animais. Segundo o diário britânico, o coordenador do Programa, Nick Mithcel, informou que os guepardos, que são os animais terrestres mais ágeis do mundo, diminuíram em 90% a sua população nos últimos cem anos. Para ele, a possibilidade de estancar este comércio, que não é legal, passa pela determinação de governantes, mas depende muito de mais investimentos, inclusive de grandes empresas, como já acontece no programa que coordena. Isto, sim, é legal.

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