terça-feira, 24 de outubro de 2023

Projeto de porto fluvial em Cáceres pretende aumentar escoamento de cargas pela Hidrovia Paraguai/Paraná

O Porto Paratudal, um grande terminal fluvial no Centro-Oeste, está em fase de licenciamento em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, e deve ser entregue em 2026. O complexo integrará um sistema logístico de conexão de Mato Grosso às hidrovias Paraguai-Paraná para transportar grãos, fertilizantes e contêineres, além de outros insumos, e ligará à Bacia do Prata, conectando o Estado ao Uruguai e à Argentina, alavancando a exportação.

Os detalhes foram repassados ao pelo representante da holding Companhia de Investimentos do Centro-Oeste, responsável pelo porto, Luiz Alberto Assy. A obra receberá investimentos de R$ 500 milhões, da iniciativa privada, e já tem a Licença Prévia emitida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), que indica que o projeto tem viabilidade ambiental, e agora aguarda a licença de instalação, que deve ser emitida em até dois meses.

A construção deve começar em julho de 2025, quando as chuvas param e o nível do rio baixa, para que sejam feitos o aterro e os acessos. Uma das principais vantagens da instalação será a capacidade de movimentar grandes volumes de carga de modo mais econômica, com uma demanda reduzida de infraestrutura e menor consumo de combustível, com redução de custos e prazos.

A estimativa é de que o Porto Paratudal movimente em torno de 5 milhões de toneladas de grãos por ano, 3 milhões de toneladas de fertilizantes e 250 mil toneladas de contêineres. “O porto é parte de um sistema logístico que envolve um segundo porto em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e uma frota navegando entre os dois terminais. O objetivo dele é conectar Mato Grosso à hidrovia”, explica Assy.

“Hoje, o estado é banhado pelo rio, mas não tem uma proposta de ligação comercialmente viável. Com esse porto, Mato Grosso vai estar integrado às hidrovias dos rios Paraguai e Paraná e aos países da Bacia do Prata, que são a Argentina e o Uruguai. Então, o Estado poderá exportar direto para esses países através da hidrovia ou comercializar para o próprio Brasil através da ferrovia”, acrescenta o executivo.

 

 

 

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